Are you lost Baby Girl? (Parte 1)

Capítulo 63 - Fazer valer

Laura:

No quarto de hotel em roma, observava da varanda a paisagem...
Massimo foi para um quarto ao lado, onde montaram um quase escritório, enquanto eu prometi me comportar na ausência dele, mas já tomei os antibióticos receitados, e não conseguia parar quieta na cama...
A brisa leve bate em meu rosto, balançando meu cabelo solto apesar do sol forte no céu, e penso que está um dia tão maravilhoso e insolarado, perfeito para bronzear a pele...
Sinto-me sozinha já tem um tempo, Massimo desde que cheguei aqui na Itália ele nunca mais foi o mesmo...
Sinto falta do que um dia me fez feliz, dos momentos simples e bobos que me arrancavam sorrisos espontâneos, da confiança que ele depositava em mim, e da segurança que eu sentia ao estar ao lado dele...
Na verdade tenho passado mais tempo sozinha do que gostaria, Olga e Ayla viraram melhores amigas, e parece que meu afastamento serviu para uni-las mais ainda...
Um incômodo gigante toma meu corpo, como se eu tivesse aqui apenas para atrapalhar, sinto uma lágrima solitária escorrer de meus olhos, e os braços de Massimo abraçarem minha cintura...

- Está gostando da vista? - Ele beija o topo da minha cabeça...

Não respondo, apenas balanço a cabeça e com isso ele percebe ter algo errado...

- Viida o que foi? - Ele segura em meus ombros, e me obriga a girar meu corpo... - Está chorando? O que houve? Está sentindo dor? - Ele pergunta preocupado...

- Não é nada, estou bem... - Limpo os olhos, e passo por ele me sentando na cama...

- Não faz isso, não mente pra mim... - Ele se aproxima e se ajoelha na minha frente... - Sabe que pode conversar comigo, me conta o que está acontecendo... - Insiste...

Bato as mãos nos joelhos fazendo barulho...
Não sei como posso explicar isso a ele...

- Eu só estou cansada de ficar a maior parte do tempo sozinha, sinto falta do meu trabalho e de ocupar meu tempo, falta daquele apego todo que tinhamos a alguns meses atrás antes de vim pra cá...

- Amor eu te entendo, mas... - O corto me levantando e me afastando dele...

- Não quero que pense que estou exigindo algo Massimo, eu sabia o que aconteceria quando viemos para cá, e admito no começo estava perfeito, você trabalhava quando necessário, e o restante do tempo se dedicava a diversão e lazer, mas e agora? - O olho sentindo uma profunda tristeza... - Nick está longe, Olga está longe, e você eu nem reconheço mais...

- Eu sei, mas tudo o que tenho feito é para mante-la segura... - Ele tenta se justificar, parece chateado...

- E se eu não quiser ficar segura? - Cruzo meus braços...

- Não diga isso, nem de brincadeira... - Ele levanta um dedo... - Sabe que seu bem estar é a minha maior prioridade...

Me exalto com seu comentário, não quero parecer ingrata...

- Eu só queria uma vida normal, e quando você apareceu foi minha libertação, pensei que estava tudo bem, mas agora me sinto uma boneca que está na prateleira apenas pra enfeite, estou melhorando a cada dia que passa, mas e quando eu melhorar de vez? O que vai acontecer? Vou voltar a me ocupar com compras, enquanto você passa o dia trancado no escritório?

Encarei seus olhos, e vi chateação neles, era justamente o que eu queria evitar...
Ele não falou nada, não demonstrou reação, não respondeu, não gritou, nem surtou, apenas me olhava...

- Me Desculpe... - Peço sincera, e envergonhada... - Sinto falta de casa, e daquele jardim maravilhoso feito para mim, qual eu nem pude aproveitar... - Esfreguei meu rosto... - Eu só preciso distrair a cabeça, é melhor eu ir dar uma volta...