O clima ficou tenso. Ninguém falou mais nada depois que o Dom saiu. E falariam o que? Nada. Desliguei o computador deixando-o no sofá, subi a escada fui para meu quarto.
Eu quero ir falar com o Dom, mas acho melhor deixar ele lá sozinho, ele precisa ficar no canto dele. Eu ainda não acredito que aquela menina me chamou de depenada, a sorte dela que eu não queria arrumar mais confusão do que já estava rolando se não ela teria visto a depenada, e minha gente agora que eu me toquei, a Anarys disse que eu e o Dom estamos namorando! Minha nossa agora essa menina toda vez que me vê vai infernizar a minha vida, mas eu não tô nem aí. Ela que venha. Não vim do lixo pra perder pra bagulho nem a pau.
Peguei meu caderno e estojo, me sentei na cama comecei a desenhar, estava tão concentrada no desenho que me assustei quando bateram na porta, me levantei da cama tropeçando em algumas coisas, fui até a porta e abri. Dom ali parado.
—Oi...— a voz dele saiu baixa parecia que não estava bem, também depois do que aconteceu — Fosso ficar um pouco com você?
— Ah, claro entra aí. — dei espaço para ele, que entrou no quarto fechei a porta devagar. Ele se sentou na cama, viu o meu desenho que estava quase pronto.
— Você desenha tão bem quanto canta. — ele disse olhando o desenho.
— Obrigada. Tem outros, se quiser posso te mostar. — ele negou com a cabeça e eu me sentei do seu lado.
— Eu só preciso conversar com alguém sobre o que aconteceu, e você me parece uma boa companhia, não sei dizer ao certo. Talvez por você está olhando de fora. — ele diz ainda com a voz baixa e eu apenas concordei.
— Pode falar, Dom. — coloquei a minha mão sobre a mão dele que estava apoiada na cama — Eu sou toda ouvidos.
— Bem, você ouviu ela dizendo que eu e ela estamos namorados, mas como o Stanley disse a gente não era, não por que eu não quis, era ela. — ele respira fundo eu me aproximo mais dele na cama e passo minhas mãos nas costas dele. É o mínimo que posso fazer.
Ele olhou para mim e deu um meio sorriso. Ve-lo assim me parte o coração.
— Toda essa situação é bem complicada, a Ully sempre foi daquele jeito que você viu. As vezes bem pior. — ele passou as mãos no cabelo.
— Você tá muito estressado, já sei do que você precisa! — me levantei da cama.
— Do que?
— Música! Notei que você gosta bastante e eu só posso fazer algo de que também gosto. Também vai relaxar seus nervos. — peguei o violão e voltei para a cama — Essa música sempre me ajuda a me acalmar. — comecei a tocar a música e cantar, aos poucos fui vendo a expressão do Dom relaxando ele estava ficando mais calmo.
Não saberia o que fazer se estivesse numa situação dessas. Pela a reação dele na hora e agora, ele deve gostar muito dela. Ele merece coisa melhor. E o que eu vi, não é pra ele.
Realmente ele ficou mais calmo, até pensei que estivesse dormindo. Lhe cutuquei.
— Estou vivo. - disse abrindo os olhos.
— Eu sei. Só que... - coloquei o violão de lado. – Eu não queria que você viajasse para muito longe aqui. - me inclinei sombre ele tocando sua testa.
Dom ficou me encarando de um jeito estranho.
— Falei alguma coisa enquanto...
— Não. Você não falou nada. Também não é necessário ser vidente. Você é bem transparente.
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A novel about us
FanfictionMia, uma adolescente com seus 16 anos recém completados. Com um sorriso no rosto sempre animada contagiando quem estiver ao seu redor. Com suas fiéis amigas indo de festa em festa, curtindo ao máximo, com limitações da adolescência é claro. Mas bem...