seventy-six

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Mia

No dia seguinte…

Meus pais ontem optaram por jantar em casa, devido a viagem e acabamos dormindo cedo. Dom queria conhecer mais de Madrid, então minha mãe sugeriu que jantamos hoje a noite em um restaurante que amo daqui da Espanha, conhecido como Restaurante DCorazon, Dom agora está lá em baixo com o seu pai e o meu, enquanto estou no quarto da Lara. Peguei um porta retrato ao lado da cama dela, é uma foto dela com Daniel. Olhei em volta, tudo está exatamente igual desde que ela foi embora de Madrid.

— Mia, oi querida, esse é o seu quarto? — tia Rebecca apareceu na porta, olhei para ela, a semelhança entre ela e o meu noivo é escandalosa, sorri coloquei o porta retrato no lugar.

— Na verdade não. Esse é o da Lara. Quando estou por aqui que os meus irmãos não estão, meio que vou no quarto deles para senti-los um pouco mais perto. É para entende-los melhor. — Me sentei na ponta da cama.

— O que te preocupa tanto? — tia Rebecca entrou, sentou-se do meu lado, passou a mão em meus cabelos.

— Prestei um pouco de atenção na minha irmã e... Quatro anos se passaram e ela ainda não conseguiu superar a morte do Daniel, mesmo indo para longe. Me sinto incompetente. 

— Entendo. Pense dessa forma, seria como se o seu pai tivesse morrido, sua mãe nunca iria de fato supere a morte dele, apenas se conformar entende? Com a Lara é a mesma coisa. Nessas situações, não tem como você entender o sentimento e a forma que a pessoa resolve lidar com ele, porque cada pessoa reage diferente. No final das contas não tem muito o que entender, meu amor.

— Verdade.

— As vezes pensamos tanto em querer resolver, amenizar o sentimento de alguém que esteja sofrendo, principalmente alguém que é próximo da gente que amamos muito, que não pensamos além da situação. Mas não se preocupe, sua irmã é forte, em algum momento ela vai conseguir lidar com tudo o que ela sente. 

— Sim.

— Que tal você  e o meu netinho irem descansar um pouco? Mais tarde vamos sair para jantar.

— Já iria fazer isso, só me distrai um pouco.
Obrigada tia Rebecca — dei um abraço nela. No caminho de volta passei pelo quarto do Miguel, sorrir com a lembrança do meu irmão. Assim que eu abri a porta, vi meu pai, Dom e tio Scott.

— Todos esses troféus, são do Miguel? Ele falava que jogava mas não achei que ele era tão bom. — Dom perguntou olhando para o meu pai.

— Ele gostava muito, mas não era algo que ele amava, entende? Costumava dizer que isso não era para ele.

......

Acordei, logo me sentando na cama, olhei as horas no celular, são quase sete da noite, olhei na direção da porta do banheiro Dom saindo dando um laço no roupão.

— Olha quem finalmente acordou, dorminhoca. — ele veio na minha direção.

— Pois é. — meu celular apita, pego-o, mas, Dom tira o celular da minha mão e me beija — Temos que nos arrumarmos. Agora não é hora para isso.

— Ontem quando chegamos, não foi o que você pensou. — sentir minhas bochechas esquentarem.

— Ontem foi ontem, hoje é hoje. Agora vai terminar de se arrumar, que eu vou tomar meu banho. — empurrei ele para o lado. Deu risada, me levantei da cama peguei minhas coisas, fui para o banheiro.

O look foi, calça jeans, camiseta social na cor vinho, um sobretudo preto e um scapin nude. Cabelos com baby Liss, maquiagem leve, batom combinando com o sapato e a bolsa não muito diferente da paleta da cores.

A novel about usOnde histórias criam vida. Descubra agora