seventyn-Eigth

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Mia…

Acordei um pouco enjoada, meu desejo é ficar na cama o dia todo, mas não posso estar em Madrid cinco de Madrid. Forcei-me paradora da cama, resmungando a cada passo até o banheiro.
— Mia? — Dom me chamou do quarto.

— Estou aqui no banheiro. — terminei de escovar os dentes e fazer hidratação no rosto, retornei para o quarto, encontrando meu noivo arrumando a cama. Ele é tão organizado e acho que isso aflora a minha da desorganização. — O que você está fazendo? — Ele me olhou como que mostra o óbvio e realmente está óbvio que ele está fazendo. — Tem uma moça que trabalha aqui em casa, ela faz essas coisas.

— Já comecei agora vou terminar.

Balancei a cabeça negando.

— Vamos tomar café? — abre a porta do armário, pegando veste de um solto, após tirar o pijama ou vestir.

— Vamos sim! Seus pais saíram a propósito.

— Para onde foram? — Ele deu de ombros.

— Não sei.

Não enrolamos tanto no café da manhã e fomos para a praia. Conhecemos alguns pontos turísticos, meu noivo ficou radiante, ele gosta dessas coisas de conhecer lugares novos e principalmente lugares com praia. Amanhã inteira, foi muito legal, mas o jogo não me deixou. Eu realmente deveria estar na cama, mas nada me impediu de aproveitar esse momento, não sei quando sera a próxima vez que viremos para Madrid, agora com bebê o casamento talvez demore bastante. Almoçamos com nossos pais e saímos os seis, no finalzinho da tarde minha mãe reuniu as amigas dela e algumas minhas para fazer tipo um chá da tarde, que acabou virando jantar. Foi tão legal ver um pouco da convivência delas, tia Rebecca se enturmou rápido e parecíamos o mesmo grupo, como se não tivemos anos, gerações diferentes.
Os outros dias antes de irmos embora, foi regado dessa mesma energia caótica que é quando amigos se reúnem. O assunto da vez foi meu casamento, confesso que me sentir pressionada. O fato de ser meu/nosso grande dia, o dia mais especial das nossas vidas me deixou tão ansiosa, preocupada real.

— O que estar fazendo? — ouvir a voz de sono do Dom. Olhei por cima do ombro o vendo apoiado no cotovelo esfregando os olhos.

A versão não consegui dormir então decidi vim um pouco aqui para fora e ver as coisas do casamento. — As coisas do casamento? — Balance a cabeça concordando — ainda falta muito tempo não se preocupe com essas coisas agora. Suspirei voltando olha a tela do computador.

— Não falta pouco tempo Dom! Será daqui a quatro meses. Não quero me casar com a barriga enorme, vai estragar tudo.

Ele não falou nada de princípio, só ouvir os lençóis farfalharem, ele veio até mim, segurou meu rosto entre as mãos.

— Olhe para mim, por que você está tão aflita com isso? Se quiser podemos adiar, para depois que o bebê nascer, assim você sente mais confortável.

Fiquei me sentindo mal por um momento me deixei levar pela situação aí falei que o bebê iria estragar tudo. Não penso assim dê jeito nenhum.

— Não é nada disso, é só que fiquei pensando... — Consegui me conter, comecei a  chorar me agarrando a ele. — Só quero que tudo saia perfeito. Que tudo dê certo.

— Acabamos de contar para nossos familiares e amigos, não tem que pegar toda responsabilidade para você, estou aqui. Estou aqui para tudo. Sempre estarei. — Ele me abraçou apertado.

— Eu sei. Eu só fiquei com muita coisa na cabeça e... Me desculpa por falar que o bebê vai estragar tudo.

— Eu sei, ele também sabe que só foi coisa do momento.

— Sim, não quero que ele pense que eu já comecei sendo a mãe horrível. — funguei.

— Você não vai ser uma mãe ruim, será a melhor do mundo.

— Não posso discordar de você. — Rimos.

— Você é pior que o seu irmão na questão modéstia. — O afastei tocando seu rosto com carinho.

— Você se referiu ao bebê como ele. — Dom ficou de pé me puxando de volta para cama.

— Acho que é um menino.

Deu para notar empolgação e o sorriso em sua voz.

— É? Pois, eu acho que é menina.

— Como você sabe? Alguma coisa de intuição feminina? Coisa de mãe? — Dei de ombros rindo. Nos acomodamos na cama, as cortinas e janelas da varanda continuaram abertas.

— Não sei. Só sei que sei.

Dom…

Minha cabeça está explodindo, passei rapidamente no escritório antes de vir para casa e começar arrumar minhas coisas. Não levarei tudo de imediato, para apartamento da Mia, já que ela tem bastante coisa ainda precisamos olhar essa parte, para vermos onde que eu irei colocar o pouco que tem comparado a ela, minhas coisas são duas três.

Maggie colocou a cabeça no vão da porta.

— Nossa! — Ela entrou totalmente no quarto com a mão sobre o peito — Você já chegou. Levei meu susto quando ouvi um barulho em casa.

— O que está fazendo em casa essas horas? Não era para ser um trabalho?

— Sim. Era, mas estou um pouco... — Ela foi até o criado mudo pegando um porta retrato com a foto da família.

— Não está grávida não é?

— Não. Deus que me livre. Quer dizer... Não é que eu não queria ter filho, eu quero muito. Mas não agora. Nem sei se vamos nos casar por esses anos.

— Vocês brigaram?

Ela suspirou visivelmente esgotada.

— Talvez.

— Como assim talvez? Você sabe se brigou com alguém ou não.

— É. Pode ser que não estamos bem.

— O que aconteceu?

— Não sei. Pode ser que com essa história de casamento e filhos,  você vá embora,  meio que causou um choque na gente. 

— Não estou entendendo Mag.

— Vocês são praticamente unha e carne, e a sua “distância“ desde que começou a namorar a Mia, meio que está incomodando ele. Ele nunca que iria falar uma coisa dessas, eu não sei porque estou falando isso, não quero colocar vocês um  contra o outro nem nada do tipo, é que… Ele sente sua falta e isso está afetando ele de alguma forma, acabamos que brigamos sobre isso.

— Então, eu sou motivo da briga?

— Se encaixa no fato.

— Meu afastamento não tem nada a ver com meu relacionamento e acho que não existe um afastamento. Muito antes do meu namoro/noivado com a Mia acontecer, isso não mudou nada a minha rotina de trabalho e de sair. A única diferença é que agora, quando saio é com ela. 

— Sim. Mas isso não anula o fato dos sentimentos existirem, Dom. 

— Você tem razão. Vou conversar com ele. Mas isso não diz o motivo de você também estar em casa. 

Ela riu envergonhada.

— Eu queria fazer uma surpresa.

Sorrir.

— Claro. Não irei ficar muito tempo a ponto de atrapalhar essa sua surpresa. Só vim pegar algumas coisas e depois para o apartamento da Mia.

A novel about usOnde histórias criam vida. Descubra agora