A novel about us

sixty-nine

Dom…

Minha cabeça pesou quando fiquei de pé. Cocei os olhos os sentindo arranhar.

— Droga! Um resfriado agora não. — falei comigo mesmo ao me levantar.

Verifiquei as horas já desanimado para enfrentar a cidade de Nova Iorque hoje.

— Está com uma cara péssima. — Maggie falou me entregando uma xícara, olhei dentro. Chá. — Não faz essa cara feia. Receita da sua mãe. Tiro e queda.

Stanley riu.

— É à queda que me preocupa.

— Maggie tem razão, tá com incaracterística terrível. Fica em casa, hoje. — neguei tomando o último gole de chá fazendo uma careta.

— Não posso. Tenho um… — olhei feio para minha cunhada quando ela me entregou novamente a xícara — Uma reunião que não pode ser adiada.

— Você trabalha demais. Nem agora que tem namorada, descansa. — Maggie resmungou algo, não entendi direito — Quando é que vocês tem tempo para ficarem juntos, se a agenda de vocês é uma loucura?

— Não vou te responder a frequência que fico com… — tive um ataque de espirro — Jesus! Essa chá não está funcionando.

— Vocês são os “donos”, podem mandar alguém fazer o trabalho pesado. Fica em casa, Dom. Quando voltar a empresa vai continuar lá.

— Vai continuar e a quantidade de trabalho dobrado.

..

—Bom dia, senhor! — Nora ficou de pé assim que me viu. — O CEO da “Empire Corporation” está … — parei espirando várias vezes, Nora fez uma cara engraçada — Está na sua sala.

— Ele estava na agenda hoje? — funguei, ela deu dois passos para trás.

— Não para hoje. Mas para essa semana.

— Tenho mais algum compromisso… — mais outra crise de espirro — Pra esse horário?

— Não. Por isso não o dispensei.

— Tá ok. Obrigado Nora.

O pouco da reunião parei uma eternidade, não conseguir me concentrar e segurava o espirro a toda hora. Me esparramei não cadeira e acho que cochilei, por que despertei com Stanley parado na minha frente. Dei um pulo de susto, o que me causou uma dor nas costas.

— Tá pior do que de manhã.

— Obrigado. — me arrumei na cadeira.

— Liguei para o Tonny. Ele já estar a caminho.

— Eu estou…

— Bem? — riu — Parece que um gato selvagem de pegou numa encruzilhada, te meteu a porrada depois saiu te arrastando até o pântano mais próximo.

Tonny veio, fez os exames de praxe constatando o óbvio, resfriado e me receitou alguns remédios. Pedir para Nora comprar. Coloquei de lado uma papelada que terei que ver do que se trata outra hora, quando meu celular apitou. Uma mensagem da Mia.

Mensagem…

Mia: Bom dia meu amor

Dom: oi!
Bom dia amor

Mia: Dormiu bem?

Dom; Não tanto como estivesse com você.
Opa!
Ainda tô dormindo parece.

Mia: você acha?

Dom: Mas eu dormir bem sim, linda.
Talvez eu esteja um pouco doente.
Resfriado 🤧

Mia: nossa que ruim.

Dom: A minha alma ficou na cama e só estou aqui por força de vontade

Mia: Eitaaaa preguiça atacou né

Dom: Eu só tô existindo aqui
Mas tá tudo certo.
Nora foi comprar uns remédios.

Mia: Quem é Nora?

Dom: Minha secretária.

Mia: Aah

Dom: Hum
Você não quer vim aqui?
Assim você conhece Nora e os outros da equipe.
Ah, esqueci que você deve tá com a agenda cheia.

Mia: De manhã é bem corrido mesmo.
Só se eu for a tarde e se não for atrapalhar aí também.

Dom: Não vai atrapalhar não.
Eu mando eles pararem só pra te ver passando e o quanto você é linda e é o meu amorzinho.

Mia:Então tá.
você também é muito lindo
meu amor

Rir olhando a tela do celular. Alguém pigarreou, olhei para a pessoa, meu irmão. Eles está com seu maldito sorriso sacana no rosto. Até já sei o que ele vai dizer.

— Da pra vocês se encontrarem e apagar o fogo? Assim não precisam ficar de sassaricagem pelo o telefone. — ele sentou cruzando as pernas — E no trabalho.

— Nem vou te responder.

— A se vai! Agorinha mesmo na reunião que estar atrasado.

Olhei as horas na tela do computador, puta merda! Estou mesmo atrasado.

— Nora? — gritei, ela não está na mesa dela.

— Certo que já passa do meio-dia, mas não grita. — Stanley falou parando ao meu lado.

Porra! Esse dia está longo demais!