Mia…
Olhei as horas na tela do celular, constatando que meu irmão está atrasado 30 minutos. Combinamos de nos encontrarmos na mesma cafeteria em que ele armou de eu encontrar com o Dom, a quase dois anos atrás. Parando para pensar, é como se tivesse acontecido a muito tempo. Sorri com a lembrança, que no dia foi bem constrangedora e também foi muito legal encontrar um amor do passado, que não era do passado. Toquei a minha aliança girando-a no dedo.
— que sorriso bobo é esse? Está com cara de apaixonada. — Miguel falou se sentando na cadeira ao meu lado, se inclinou sobre mim beijando minha testa. — Desculpe a demora.
— Tudo bem, já chegou mesmo. Mas a próxima vou te arrancar as bolas. — Ele riu alto chamando atenção para a gente, neguei.
— Seu marido não ver que você está com a boca suja? — Continuou rindo.
— Já que você já chegou tocando no assunto, vamos falar direito. — ele fechou a cara. Respirei fundo.
— Sabia que seria por isso que me chamou aqui. Nosso último encontro a duas semanas atrás não foi um dos melhores. Luna ficou me infernizando a semana toda por isso.
— não sei mais o que fazer para resolver essa situação.
— Não tem que fazer nada. — Ele falou arrumando o punho da camisa. Me fez lembrar o meu marido que faz exatamente isso.
— O que realmente aconteceu entre vocês? — Ele negou. — Stanley disse que apenas eu consegui resolver essa situação! Tanto você quanto Dom dizem que se for resolvida, tem que ser com vocês mesmos. Mas o motivo sou eu, não é?
Ele fez um movimento chamando a garçonete, e nesse momento meus olhos encheram de lágrima, olhei para o lado não querendo que ele notasse que estou mal com isso.
— Não gosto do jeito que ele te trata.
— E como é? Porque na minha concepção, eu que convivo diariamente com ele, não vejo diferença.
— por que quem está na relação não percebe, o que acontece apenas quem está de fora.
— Miguel, por favor não faz isso. lembra que você foi o primeiro a tentar nos juntar?
— Não sabe o quanto me arrependo por isso.
— Não falar isso. — Minha voz denunciou as minhas emoções. Imediatamente ele segurou na minha mão com carinho. — Talvez o meu cunhado esteja certo, em dizer que apenas que eu posso resolver isso, não totalmente, mas uma coisa acredito… — Suspirei limpei as lágrimas que estão insistindo em cair. Olhei as horas novamente na tela do celular.
— Tem algum compromisso por agora?
— Tenho. Vou sair com algumas amigas para, gasta dinheiro. — Rimos. — elas insistem em fazer um chá de bebê. Só as meninas.
— Isso é bom para te distrair.
— Sim. — Funguei. Arrumei a bolsa no ombro e me levantei. — Sou uma mulher adulta, sei o que é bom e ruim para minha vida e eu estou dentro da minha relação com meu marido, eu escolhi ele independente de ter insistido que éramos um casal perfeito, que somos feitos um para o outro, escolhi ele e ele me escolheu. Dito isso, eu decido se vamos ou não continuar, se vamos ou não terminar, o que pode acontecer daqui a 1, 2 ou 10 anos, mas é escolha minha, escolha nossa estarmos juntos. Somos felizes o amo tanto, amo nossa família, o companheirismo dele, a dedicação e ele trabalha tanto para que os nossos filhos tenha um futuro, mesmo não sendo tão necessário já que minha conta bancária é o triplo da dele. Estamos um com outro, por amor. Dempre foi por amor. Ele sempre vai ser o amor e o homem da minha vida. E quero muito, desejo que voltem a ter o que tinham, porque era tão lindo, tão raro.
— Eu sei de tudo isso. Mas eu não posso...
— O que você não pode, é tomar as minhas dores o tempo todo. Você fazia isso quando éramos crianças, quando éramos adolescentes mas… agora sou adulta, posso me defender. Meu marido não é um homem ruim. Pelo contrário. Ele é um dos casos raros em que... — Sorrir.
— Entendi. Me desculpe. Mas nada garante que eu não vá...
— não sei se você é mais fofoqueiro ou intrometido. — Rimos. Ele ficou de pé me abraçando carinhosamente.
Dom…
Encontrei a minha mulher na portaria do prédio. Ela sorriu quando me viu.
— O que aconteceu com seu carro?
Ela perguntou quando me viu descendo do táxi. Vai ter com a mão na testa.
— Esqueci.
Ela riu de se segurar na parede.
— Você detesta mesmo dirigir em Nova Iorque.
— Odeio. — Me aproximei dela me agachando para lhe beijar os lábios. — Você está linda hoje. Ontem também. Amanhã provavelmente.
— Não precisa exagerar.
A noite foi tranquila, saímos para passear com o cachorro o que acabou nos levando a um boliche e voltamos para casa já era madrugada.
— Sua sorte que amanhã é sábado. — Mia falou com o peno meu peito, estamos na banhe, espuma para todo lado.
— Hoje. — Comecei a massagear seu pé.
— Hoje. — riu.
— Mas você tem um podcast às 9h00 da manhã, depois disso almoço com o mesmo pessoal e à tarde uma entrevista. — Ela fez uma careta fofa, que me fez rir.
— Pensei que essas coisas tivesse diminuído.
— A correria? — ela balançou a cabeça.
— Sim.
— Mas você gosta disso. Ama isso.
— Sim. — suspirou alto. Sei que ela quer me dizer algo. — Me encontrei com meu irmão hoje.
— Qual deles?
— você sabe de quem estou falando. — Balancei a cabeça mesmo ela estando de olhos fechados. — Acho que dessa vez ele entendeu.
— Não precisava fazer nada disso.
— Entendi que ele quer o meu melhor, assim como você e que seus pontos de vistas se bicaram. — Ela tirou o pé do meu peito, se arrumando melhor na banheira, abriu os olhos me olhando diretamente. — Não sou a garota defesa que ele e nem você tem que defender o tempo todo. E o que se passar no meu casamento será resolvido entre nós dois.
— Então não posso reclamar de você com outras pessoas? — Ela bateu na água espalhando a água no meu rosto. Rimos.
— Quero outro filho.
— Quer? — sorrir a puxando para mais perto. — Quantos?
— Quero. Quando a Jade tiver uns cinco ou quatro, tentamos outro. — lhe beijei a apertando em mim.
— Que tal mais que isso. — Mia gemeu quando a toquei entre as pernas.
— Vamos ver.
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A novel about us
FanfictionMia, uma adolescente com seus 16 anos recém completados. Com um sorriso no rosto sempre animada contagiando quem estiver ao seu redor. Com suas fiéis amigas indo de festa em festa, curtindo ao máximo, com limitações da adolescência é claro. Mas bem...