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— Com quem está falando, que está com essa cara? - olhei para Luna agachada bem na minha frente

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— Com quem está falando, que está com essa cara? - olhei para Luna agachada bem na minha frente.

— Nada importante.

— Deixa eu ver! - tentou pegar meu celular. Segurei seu pulso.

— Por que não volta para seu lugar. Já vamos decolar. - falei guardando o celular no bolso.

— Já estou indo. - olhou feio para a comissária de bordo, que passou e disse a mesma coisa que acabei de dizer. – Por que me convidou para conhecer sua família?

Toquei seu rosto, me inclinei sobre ela lhe beijando os lábios.

— Gosto da sua companhia, Luna. - ela sorriu ficando de pé.

— Uma boa resposta, por enquanto.

Minha cabeça está explodindo. Meu celular vibrou, mais uma mensagem do Miguel.

— O que foi isso? - Stanley se inclinou sobre mim, falando no meu ouvido.

A inclusão da Luna na viagem foi de última hora. A convidei para que eu não seja o assunto 100% do tempo na minha casa, já que é como se a Mia estivesse de volta.

— O que?

— Quanto mais rápido você aceitar o que ainda está aqui… - bateu no meu pro - menos doloroso será.

Graças a Deus conseguir dormir durante o voo. Pegamos um táxi até em casa. Anarys se jogou nos meus braços.

— Demoraram! Stan, você trouxe a Maggie! - Anarys deixou Stanley de lado e abraçou Maggie.

— Magoei! - meu irmão fez bico.

— Ninguém acredita… - a mais nova da nossa família olhou para Luna depois para a gente – Quem é essa?

— Oi. – Luna sorriu.

— Um “oi” não é a resposta para minha pergunta.

Stanley segurou a risada. Anarys é uma cópia fiel da Hope e Stanley.

— Vocês chegaram! - minha mãe disse descendo as escadas.

Vou resumir parcialmente o que se seguiu durante o resto da tarde e noite.

Luna se saiu bem, de modo geral claro. Minha mãe avisou logo para não fazerem ela passar vergonha, é nem precisou falar de fato, só olhou para a Hope quando ela mediu Luna de cima a baixo, cruzou os braços. Apresentações, histórias contadas e história lúdicas demais, como por exemplo, minha mãe dizer a Luna que a Mia é minha ex, quando foi questionado por que ela está em várias das fotos espalhadas pela a casa. Perguntei minha mãe por que ela disse isso, ela só deu de ombros e disse, “mentir?”. Não é que ela mentiu, não ou…eu e a Mia não tivemos uma história que se enquadra na questão “relacionamento” para sermos ex.

— Dom…? - Hope bateu na minha porta.

— Já é tarde.

— A gente meio que não conversamos direito. - disse fechando a porta atrás de si.

— Eu entendo vocês. Mas…

— Eu sei. Stanley e Miguel já te disseram isso, era de certa forma a coisa certa.

— Disseram.

— Não fica bravo com a gente. - se aproximou.

— Não estou.

— Não parece.

— Não estou. - estendi a mão para ela, que correu até mim.

— Desculpa. - nos abraçamos.

— Tudo certo.

Depois que a Hope saiu do meu quarto, Luna veio. Ficou implícito, que já que a apresentei como amiga, ela iria ser tratada como tal sendo assim, ela ficou com o segundo quarto de hóspede. O outro Anarys não deixa ninguém tocar em nada, é como se fosse o estúdio de pintura.

— Sentir um clima estranho. - Luna falou vestindo uma camisa minha, após tomar um banho depois que transamos.

— Do que está falando?

— Ninguém me tratou mau, nem nada do tipo, mas me sentir sendo julgada. Sei lá.

— Nunca trago ninguém.

— Não estou pedindo que me conte nada, Dominic, nem estou te cobrando também, mas você bem que podia ser menos arrediu.

— Luna…. - estendia a mão para lhe puxar para meu colo, ela se esquivou.

— Não, Dominic. Você me usou. - me apontou o dedo – Pensei que estávamos construindo algo legal. Pensei, nossa ele me convidou para conhecer sua família, maior iludida aqui! - bateu no próprio peito.

— Luna…. - fiquei de pé indo até ela, que tentou desviar, mas a prendi entre minha antiga escrivaninha e a parede – Me desculpa se te fiz se sentir assim, não foi minha intenção. Me desculpa mesmo. - segurei seu rosto entre as mãos. Ela está com os olhos lagrimejados.

— Você me usou.

— Não. - limpei suas lágrimas – Não bonequinha. Eu estou com você por que quero e você também.

Seu queixo tremeu. Lhe beijei a testa, têmporas, as bochechas, nariz e é por fim lábio, demorando mais.

— Não faz mais isso. - nos abraçamos.

A novel about usOnde histórias criam vida. Descubra agora