fifty-eigth

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Dom...

Eu não aguentava mais ler e reformular um único parágrafo de apenas três linhas de um contrato. Qual a dificuldade e defeito que a nessa porra? Nora bateu na porta da minha sala, entra logo em seguida.

- Senhor, me pediu mais cedo para remarcar a reunião de agora a tarde, mas não teve como eu sinto muito. Mas o máximo que pude, liguei para o número de pessoas que pude, mas não teve como, foi remarcada duas vezes e uma delas foi requerente sua a viagem da semana passada. Só o senhor poderia resolver essa situação.

- Eu entendo. Tudo pronto para ela então?

- Sim, senhor. Deseja mais alguma coisa?

- Obrigada Nora pode sair.

Tentei remarcar reunião de agora tarde para amanhã mesmo, a diferença não era tanto de horário, mas pensando bem já que foi remarcado duas vezes uma terceira seria trágico. Fiquei de falar com a Luna agora a tarde, mas pelo visto vou ter que adiar.

No fim da tarde, Stanley apareceu na minha sala.

- Rola um rap hauer hoje? - neguei com a cabeça.

- Não vai dar, tenho um compromisso.

- Qual é Dom? Faz tempo que não saímos só nós dois.

Olhei para ele de cima baixo.

- Só nós dois? Tem certeza que seria só nós dois?

Ele deu de ombros mexendo na gravata.

- Eu chamei algumas pessoas.

- Então não seria só nós dois. De qualquer forma não dá para remarcar o meu compromisso de agora. Quem sabe amanhã? - Sorri para ele, que negou com a cabeça.

Arrumei minhas coisas, saindo do prédio, o que demorou bastante já que no caminho encontrei algumas pessoas que cumprimentei algumas, outras puxaram assunto e eu tive que ficar.

Cheguei na portaria do prédio em que Luna mora, é a primeira vez que eu venho aqui. E não subi, ficamos na portaria mesmo, na verdade, na recepção. Ela disse que se sentiria mais segura tendo alguém por perto e esse alguém é o porteiro. Eu fiquei me sentindo uma pessoa terrível, como que ela não se sentiria segura estando comigo?

O porteiro se afastou, porém, mantendo uma distância "segura", me sentei no sofá que tinha ali enquanto Luna também se sentou numa poltrona na minha frente.

- Desculpa tudo... - Ela gesticulou para o ambiente. - Mas eu achei melhor decorrente da situação.

- Decorrente?

- Eu sei que você veio aqui terminar. Desde que você começou a ignorar as minhas mensagens e ligações, eu sabia.

- Por isso você me trouxe aqui para uma conversa, em que você não está se sentindo a vontade e nem segura. Hum! Entendi.

- Está dizendo que preferia que conversássemos por telefone ou por mensagem? O que seria impossível já que você não me atendia e não respondia.

- Eu não estou dizendo isso Luna. Eu só estou surpreso eu acho...

- Você não está se sentindo confiável. Eu sei. Mas a intenção não era essa. Eu confio, ou melhor, eu confiava em você.

Eu quero terminar com isso logo e embora daqui.

- Como estou me sentindo eu suponho que não importa não é mesmo? Bom, desde o início eu deixei claro, deixamos claro que poderia ser uma relação a longo prazo, porém indefinida. Nada de... digamos que relacionamento sério, como namorados. Não. - Comecei a falar, ela balançava cabeça em concordância.

A novel about usOnde histórias criam vida. Descubra agora