Hoje eu acordei cedo, eu não consegui tirar Dom da cabeça a noite noite, ,eu acho que passei mais a noite pensando nele do que eu dormi.
Nesse momento eu estou no carro com a tia Rebeca voltando para casa, ela me ajudou a resolver as coisas da escola, já peguei os meus horários e tudo mais do que eu precisava.
— Tia... você me acha insistente? — perguntei enquanto olhava pela janela no caminho de volta para casa.
— Se você está falando sobre os seus sonhos, eu acho que sim querida, tem que ser insistente pelos seus sonhos e objetivos até eles serem realizados. Nada vem de mão beijada. — Tia Rebeca disse com o seu típico sorriso no rosto.
— Não tia! Eu tô falando do Dom. — Dei um leve suspiro — Eu tentei fazer ele se abrir comigo ontem mas não deu muito certo, sabe. Acho que forcei muito a barra. — Tia Rebeca parou o carro na frente de sua casa
— Mia, a culpa não é sua do Dom não querer se abrir tanto, ele é assim isso é dele, não ache que é só com você querida. — tia Rebeca colocou uma mexa do seu cabelo atrás da orelha. – As coisas vão se encaixando, vocês irão se adaptar um ao outro.
— Vou ir falar com ele, e tia obrigada por me receber na sua casa. — sai do carro e entrei na casa, subi a escada correndo fui até o meu quarto, joguei as coisas na cama, e fui até o quarto do Dom e bati três vezes na porta. Pelo o que fiquei sabendo no café da manhã, ele só tem aula a tarde, então está em casa.
— Já vai, calma. — escutei a voz do Dom e não demorou muito até a porta se abrir.
— Dom preciso falar com você. — confesso que eu tenho medo dele não querer falar comigo e fechar a porta do quarto na minha cara. Passo por isso quase sempre com Isac. Não é uma sensação muito boa.
— Eu também preciso, Mia. — ele abriu espaço acho que ele quer que eu entre, dei um sorriso e entrei no quarto dele, eu nunca tinha entrando ainda no quarto do Dom, e, ele é bem grande e espaçoso, me sentei na ponta da cama do Dom, fiquei olhando para ele que se sentou do meu lado e mordeu o lábio, acho que ele tá pensando em como começar essa conversa, eu também estou pensando em como começar isso, falar que vai fazer é fácil mas na hora de fazer parece uma coisa de outro mundo.
Aí Deus por que tudo tem que ser tão complicado, é só eu ser eu mesma e vai dar tudo certo
— Dom...
— Mia...
Acabamos falando ao mesmo tempo se fosse em outra ocasião teria arrancado um sorriso ou uma boa gargalhada, mas dessa vez não foi o caso, esse silêncio tá me matando ninguém fala nada, aí Deus...tá eu vou falar.
— Dom eu queria pedir desculpas por ontem eu não devia ter insistido tanto no seu assunto. Afinal ele é seu. E não temos intimidade para tanto, mas achei que tiamos me enganei pelo o visto. — disse e o Dom deu um sorriso.
— Nossa, você fala rápido, hein. - rimos.
— Me desculpa?
— Só se você também me desculpar. Na hora acho que não soube aceitar muito que você estava certa. Você está certa. Mas não é simples como pensa que é.
— Eu sei. - comecei a mexer o pé no chão - Na hora eu sabia também. Mas é que...você não pode se fechar.
— Eu sei. - ele baixou a cabeça.
— Se acontecer alguma coisa parecida novamente, pode me dizer que estou passando dos limites que eu paro.
— Direi sim.
Acabamos que ontem meio que nos desentendemos e ao mesmo tempo também não, confuso eu sei.
— Eu só quero que saiba, que estou aqui. - estendi a mão para ele que segurou.
— Obrigado. E me desculpa também, por fazer você presenciar o show da Ully ontem.
— Nem me fale. - tentei rir - Que mulher é aquela. - dessa vez ele riu, mas o sorriso não chegou aos olhos.
— Você não é nem de longe uma coisinha depenada e sem graça. - ao dizer isso, Dom levou minha mão aos lábios, deixando um beijo no dorso.
— Ela é linda demais. Dá para entender por que... - me calei.
Dom não parece o tipo de cara, que se envolver com uma pessoa apenas pela a aparência. Não mesmo.
— Ela é mais que nervos a flor da pele e beleza, só que as vezes ela não repara.
Ele ainda gosta dele. Céus e isso não me deixou bem.
— Você não seria o tipo de cara mesmo.
— Aparência é só um bônus na maioria das vezes. Esse é seu caso. - olhei para ele ao ouvi-lo. Ele me acha bonita? - Sua beleza de fada, fica em segundo plano comparado a todo resto. - fiquei sem ar - Você é gentil, compreensiva, sabe a hora de pedir desculpas, engraçada, divertida e tanta outras coisas que estou louco para descobrir, sem dúvida você não é sem graça.
Ninguém além da minha família me elogiou assim. Nas vezes que aconteceu, era só "você é linda" Ou "parece uma boneca" Ou pior "você não precisa trabalhar com toda essa beleza".
— Dom... - seu nome saiu como um sussurro.
— Sua parte que eu mais gosto, é seu sorriso, o tímido quando realmente está tímida e aquele que deixa seu rosto todo iluminado. - ele beijou de novo o dorso da minha mão, o que dessa vez me causou um arrepiou mais duradouro - A sua voz, eu poderia ouvi-la cantar pra sempre.
E eu não sei o que dizer. Eu só, estou parada feito um peixe afogado no oxigênio com a boca aberta.
— Dom eu... - ele sorriu sem mostrar os dentes, fazendo um barulhinho pelo o nariz no processo. – Estou indo buscar meu pai no aeroporto, de lá vamos na CCH, quer com a gente? Minha mãe também vai.
Dom...
Eu não sei o que me deu. Quando vi já estava a elogiando na cara dura, enquanto ela corava lindamente.
Meu Deus do céu.
Eu sou um homem horrível.
Eu só tenho que manter a calma. A minha mãe faz isso o tempo todo. E olha que é difícil numa casa com tanta gente imperativa.
Torcendo para ela dizer não, ela disse sim. Fomos nós três buscar meu pai, depois fomos na empresa da família, almoço as uma, de lá fui para a faculdade. Quem disse que conseguir me concentrar em algo. Não mesmo. Mais para o fim das aulas, encontrei Stanley e uns amigos nossos, meu e dele que agora é mais um grupão, fomos para um drink de fim de tarde, o que se arrastou noite a dentro, chegamos em casa mais de meia noite. Minha mãe vai matar a gente, dia de semana temos que focar nos estudos, final de semana que pode extrapolar um pouco. Até já estou ouvindo ela reclamando de manhã cedo.
Stanley quase derrubou um vaso no corredor, me segurei praticamente na minha alma para não rir dele. A cena foi engraçada. Mas já é tarde. Estão todos dormindo. Menos ela. Depois que Stanley conseguiu chegar no seu quarto, sem se matarem acordar a casa toda no processo, fui para o meu. Tomei banho e vestir apenas uma calça de pijama, deu para ouvir uma melodia. Ela ainda está acordada. Meus pés coçaram para ir lá, pedir para que cante para mim. Apenas para mim e mais ninguém.
Em parceria com a edrianamaria
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A novel about us
FanfictionMia, uma adolescente com seus 16 anos recém completados. Com um sorriso no rosto sempre animada contagiando quem estiver ao seu redor. Com suas fiéis amigas indo de festa em festa, curtindo ao máximo, com limitações da adolescência é claro. Mas bem...