eighty

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Dom…

Acordei com mundo caindo lá fora, me espreguicei sentindo minhas costas e pescoço me matarem, novamente dormir no sofá enquanto trabalhava. As portas da varanda estão abertas o que fez a chuva molhar bastante coisa., Praguejei pisando numa poça d’água.

— Dom? — me levantei olhando na direção que ele está. Seu cabelo está no coque bagunçado algumas mechas caindo sobre seu rosto, um top i mostrando a barriga que já está para ser notado

— Esqueci as janelas abertas. Mas já está tudo resolvido não preocupe.

— Você sempre faz isso.

— Já está resolvido, volte para cama. — Ouvir ela bufar e com certeza revirou os olhos. Esses dias, na verdade ontem tivemos meio que uma discussão. Ela reclamou que estou trabalhando demais e que não estou lhe dando atenção, para ela nem para a questão dos preparativos do casamento. Estou tentando adiantar o que posso e o que não posso parar quando chegar o casamento eu tenha tempo livre, principalmente quando bebê nascer, mas parece que ela não nota o tanto que estou me esforçando.
Terminei de secar tudo, aproveitei para limpar a cozinha e organizar todo o resto. Cheguei no quarto a encontrando com o notebook no colo. — Estou tentando.

— Eu também. — Retrucou visivelmente brava. — Vejo isso, mas diferente de você não estar o tempo todo passando na cara o que você deixa de fazer. — Sério que vamos ter essa discussão de novo essa hora da noite? — É sério que você não fazer isso a essa hora da noite? — Não Me diga o que fazer! — não é que eu estou fazendo. Mas quando você impôs impõe algo, automaticamente está me dando o direito de impor também. Travação do que estamos falando?

— Estamos falando da questão de que estou trabalhando feito louco, para mais para frente temos tempo e você está o tempo todo me cobrando que eu não faça isso. Quando em nenhum momento eu pedir para você fazer nada sozinha.

— Dom... — Ela colocou calmamente, o notebook de lado. — É como eu já falei, não estou te pedindo nada, mas é também uma responsabilidade sua e você está com descaso. E você está cego para isso a ponto de não ver.

— Mia, a questão não é que eu estou com descaso é que você está fazendo tudo sozinha por por que quer. Não contratamos um profissional para te ajudar, para tirar toda essa carga de trabalho? Por que você não está facilitando isso para ele, facilitando isso para a gente?

— Tá! Entenda como quiser. Volte para o seu trabalho. — sacudiu a mão com descaso. A deixei lá sem dizer mais nada. Tomei banho quente demorando o máximo. Voltei para o quarto já pronto para dormir, encontrei a cama vazia.

— Mia? — chamei não tendo nenhuma resposta. Vaguei pela a casa a sua procura, encontrando-a na área de serviço. — Amor… — ela virou para mim, seus olhos e nariz vermelho. — Mia. — me aproximei, ela se jogou em mim me abraçando.

— Não quero brigar. Só me abraça.

Ficamos abraçados por um tempo, depois à peguei no colo a levando para a cama. Nos aconchegamos e não consegui dormir.


Mia…

Folheava uma revista enquanto Sara repassa minha agenda de hoje.

— Está tudo certo. — Ela fala enquanto me mostra o próximo compromisso para daqui a 15 minutos.

— Muita coisa não?

— Estamos fazendo tudo corrido, para o grande dia está livre. — Sorrir mas como algo automático do que realmente... Enfim.

— Quando será a última prova do vestido?

— Não falou com sua mãe?

Minha mãe que irá fazer o meu vestido, e de algumas convidadas, as madrinhas decidir que elas mesmos irão escolher esses vestidos dentro da cartela de cores. Está tudo uma grande correria, mas como estamos uma agência que organiza essas coisas e está praticamente tudo pronto, só falta as coisas que normalmente é feita  em última hora mesmo. O hotel já está reservado, que será em Cancún, a lua de mel está nas mãos do Dom e a despedida de solteira...  essa seria a última coisa que eu queria, não sei, só que não quero me distrair do que tem que acontecer, tem que dar certo, sabe?

A novel about usOnde histórias criam vida. Descubra agora