No dia seguinte, fui acordada por Hermione.
— Feliz Natal! — ela exclamou, subindo na minha cama e sentando ao meu lado. Ainda tonta de sono, esfreguei os olhos com as pontas dos dedos e me espreguiçei por debaixo das cobertas macias sobrepostas umas às outras na superfície do colchão.
— Feliz Natal — desejei. — Que horas são?
— Sete e meia — Hermione respondeu. — Vamos, ainda temos que abrir os nossos presentes.
— Sete e meia?! Para quê você me acordou tão cedo?
Ao invés de responder à minha pergunta, a garota simplesmente virou as costas para mim e andou até a pilha de presentes que jazia aos pés da sua cama. Depois, sentou-se no chão frio de pedra, pegou o primeiro embrulho que viu pela frente e começou a desfazer o laço que prendia as extremidades da caixa.
— Até que você está bem animada — comentei enquanto saía da minha cama e sentava ao seu lado. — Quero dizer, considerando os acontecimentos da noite passada.
Hermione deu de ombros.
— Decidi que não vou perder o meu tempo chorando por garotos — ela disse. — Principalmente pelo Ron. Não é algo que vale a pena.
Eu apenas concordei com a cabeça e comecei a abrir os meus presentes em silêncio.
De Maddie, recebi um colar de prata cujo único pingente tinha o formato de uma borboleta muito bonita e o coloquei quase imediatamente sabendo que eu não o tiraria tão cedo. Meu pai e Remus, por outro lado, compraram para mim objetos que eles consideravam ser bem mais úteis: um conjunto de bombas mágicas que expeliam fumaça colorida e um livro sobre a evolução da música clássica no século XIX. Soltei uma risada ao perceber o quão típico deles era agir dessa maneira e depositei as caixas recém-abertas sobre os lençóis da minha cama.
Dorcas me enviou uma jaqueta de couro muito bonita enquanto minha mãe se ocupou em comprar um kit de manutenção para a minha vassoura. Hermione me deu a coleção completa dos livros de Sherlock Holmes e Ron comprou vários doces para mim; além dos típicos bolinhos de chocolate de Hagrid e o suéter de Natal da Sra. Weasley, é claro.
— Obrigada pelo presente — Hermione disse com um sorriso sincero estampado no rosto, erguendo a mais nova edição de Hogwarts: Uma História que eu comprara para ela. — Eu estava querendo esse livro há meses.
— Eu sei — falei em meio à uma risada. — De nada.
A garota olhou curiosamente para cada um dos embrulhos que eu acabara de abrir e se virou para me encarar logo em seguida.
— Qual desses foi o Harry que te deu? — ela perguntou enquanto fazia um gesto com as mãos para indicar os presentes que eu recebera. Foi nesse momento que eu percebi que não havia uma única caixa com o nome dele escrito.
— Por enquanto, nenhum. Acho provável que ele... — falei. Depois, interrompi o que eu estava dizendo e quase me engasguei com a minha própria saliva. — HERMIONE!
Quando ela mencionou o nome de Harry, lembrar dos acontecimentos da noite anterior foi quase inevitável. O meu coração pareceu se aquecer por dentro e a adrenalina fluiu em minhas veias tão rapidamente que foi impossível não pular de felicidade, mas tentei manter a calma (não acho que tenha dado certo).
Hermione pulou de susto ao escutar o meu grito repentino e, ao meu lado, Parvati e Lilá se moveram em suas respectivas camas.
— O quê? O que foi? — ela quis saber.
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𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potter
Hayran Kurgu𝐚𝐫𝐭𝐞. substantivo feminino ? १ 𝐢. produção consciente de obras, formas ou objetos voltada para a concretização de um 𝐢𝐝𝐞𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐛𝐞𝐥𝐞𝐳𝐚 e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana. 𝐢𝐢. forma de agir; maneira, jeito. 𝐢𝐢�...