IV. WARNING: DANGER!

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⚠️: sangue.

.˚﹟ 𓂅 ♡ ᵎ ˖ ˙ Ϟ 𐄹 १

O restante do ano letivo passou voando. Fizemos as nossas provas finais, além dos exames importantes para a conclusão dos nossos estudos. O resultado dos N.I.E.M.s saíra excepcionalmente cedo naquele ano — tendo em vista as mudanças proporcionadas pela Segunda Guerra Bruxa — , mais especificamente uma semana depois do fim das aulas. Tirei nota máxima em todos.

Com as férias, os dias para o baile de formatura estavam sendo contados, a ansiedade de todos a mil por hora. No entanto, a grande festa só aconteceria dois dias após a Cerimônia de Gratificação do Ministério, que premiaria os grandes feitos da comunidade bruxa durante a batalha do dia dois de maio. Ron, Harry, Hermione e eu receberíamos prêmios por nossa contribuição; além disso, haveria uma pequena homenagem para as pessoas que morreram lutando, bem como uma distribuição de medalhas para aqueles que realizaram feitos menores.

Confesso que era bem estranho assistir ao desenrolar de todos esses fatos. Minha espera pela aparição de papai e de Remus, ainda que fantasmagórica, doía horrivelmente. Mas claro que eles não surgiriam do nada. Seus corpos jaziam sob a terra junto aos túmulos de Lily e de James Potter, os pais de Harry. Eles foram melhores amigos durante a escola, e permaneceriam juntos mesmo depois disso, pela eternidade. Eu sabia que iriam querer que as coisas permanecessem assim.

Deveríamos usar vestes elegantes no dia da cerimônia, portanto comprei um vestido preto e longo, sem alças ou mangas, com uma fenda na lateral esquerda que começava na minha coxa e ia até os pés. Além da ousadia proposta pela roupa — que não deixava de ser elegante por isso — , o preto era a minha forma de representar a Morte. Dessa forma, com uma maquiagem escura na região dos olhos, eu estaria me comparando a ela; um modo de desafio silencioso que dizia: eu não sou sua, mas você pertence a mim. Se a Morte quisesse se atrever a brincar, que jogássemos conforme as minhas regras, então.

Harry e eu chegamos ao Ministério da Magia na limusine que o ministro (que não estava mais sob os efeitos da Maldição Imperius imposta por Voldemort) contratou para o nosso conforto. Achei um pouco exagerado, mas eu definitivamente não estava reclamando.

Um homem de terno abriu a porta para nós. Ele usava um walkie-talkie preso ao bolso do terno, e tinha uma expressão bem séria no rosto. Harry saiu na frente, oferecendo o braço quando fiz o mesmo, e o homem nos cumprimentou com um aceno de cabeça, dizendo:

— Sr. e Sra. Potter.

Dei um sorriso, surpresa, mas de forma alguma eu o contradisse. Notei, também, que meu namorado parecia especialmente satisfeito. Ergui as sobrancelhas.

— Sra. Potter, é?

— Aham.

— Quanto você pagou para ele dizer isso? — perguntei, rindo quando Harry brincou de fingir morder a pontinha da minha orelha no momento em que ninguém estava olhando.

— O que te faz pensar isso, meu amor? Longe de mim fazer uma coisa dessas — disse Harry inocentemente.

— Eles nunca erram o meu sobrenome — argumentei. — E como estamos prestes a participar de uma solenidade oficial, é improvável que algo assim aconteça ao acaso.

Harry deu de ombros.

— Bem, pensei que, como você vai ser a minha esposa de qualquer jeito, não faria diferença.

— Então você o pagou, Harry James Potter! — exclamei, rindo, desacreditada. — Que pilantra!

— Por você eu sou, sim — respondeu ele, dando uma piscadinha.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora