— Você conseguiu uma semana de detenções justamente no primeiro dia de aulas? — berrou Angelina. — Pensei que tinha dito que os testes de quadribol começavam na sexta, Potter!
Como se apenas um dia não fosse o suficiente, acabamos descobrindo que teríamos que aturar a Umbridge pelos próximos sete — e, infelizmente, o final de semana também fazia parte dessa lista. É, o ano letivo não poderia ter começado de um jeito pior.
— Me desculpe, ok? — pediu ele. — Não é como se eu tivesse feito de propósito!
— Deveria ter pensado nisso antes de sair gritando com o primeiro professor que vê pela frente!
— Professora — corrigiu Harry, meio sem jeito. — E foi a Umbridge que...
— Eu não dou a mínima se você pegou detenção com uma professora, com um professor, ou com um fantasma, Potter! — a garota bufou, consumida pelo ódio. — Apenas dê um jeito de comparecer aos treinos, e eu não quero saber de desculpas esfarrapadas!
E, dizendo isso, virou-se de costas para ele e acompanhou o seu grupo de amigos até o buraco do retrato do Salão Comunal da Grifinória.
Todos os que estavam ali observavam a cena, agora, e cochichavam entre si acerca dos boatos incessantes que circulavam sem descanso pelos corredores da escola. Harry, cuja expressão cabisbaixa denunciava o mais puro cansaço, caminhou até onde Ron, Hermione e eu estávamos e sentou-se ao meu lado, apoiando a cabeça em meu ombro e permitindo que eu o puxasse para um abraço.
— Ela tem um ponto — disse Hermione. — Você realmente não devia ter gritado com a Umbridge, Harry.
Fechei os olhos por um momento, impaciente.
— Dá um tempo, Mione — falei. — Harry precisa do nosso apoio, e não de sermões intermináveis.
Ron concordou, e a garota revirou os olhos.
— Acreditem no que quiserem, então — disse ela. — Mas não esqueça de que a sua situação não está muito melhor, S/N. Comprar briga com a queridinha do Ministério não vai te ajudar em nada.
— Comprar briga?! — repeti, desacreditada. — Ela que estava insinuando que a morte do Ced foi um "trágico acidente"!
— Eu sei o que ela estava insinuando — rebateu. — E você sabe que eu não concordo com esses termos, S/N, mas não acho que vocês deveriam se prejudicar por um motivo tão bobo quanto este, entende.
Usei a mão que não estava em torno dos ombros de Harry para esfregar a minha têmpora esquerda.
— Tá, Hermione — respirei. — Eu não vou discutir com você.
A garota deu de ombros, indiferente, e agarrou a própria mochila. De lá, tirou um pequeno montinho de lã, dois gorros azuis feitos à mão e duas agulhas de tricô; além de um pedaço de pergaminho estreito e levemente amassado, chamuscado nas pontas.
— Em nome de Merlim, o que você está fazendo? — exclamou Ron, a curiosidade bem visível nas linhas do seu rosto.
— São gorros para elfos domésticos — explicou ela, orgulhosa do próprio trabalho. — Eu mesma os fiz, e estou espalhando-os pelos cantos do Salão Comunal, sabe, para quando os elfos vierem limpar tudo durante a madrugada.
— Então você está querendo libertá-los? — quis saber o ruivo. — Sem que eles saibam?
— É exatamente isso que eu estou fazendo.
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𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potter
Fanfiction𝐚𝐫𝐭𝐞. substantivo feminino ? १ 𝐢. produção consciente de obras, formas ou objetos voltada para a concretização de um 𝐢𝐝𝐞𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐛𝐞𝐥𝐞𝐳𝐚 e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana. 𝐢𝐢. forma de agir; maneira, jeito. 𝐢𝐢�...