𝐘𝟓: Happy New Year!

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A festa durou até as quatro da manhã, mas meus amigos e eu subimos um pouco antes. Por ser um aniversário de gala, não ouve os típicos parabéns de sempre, e tenho certeza de que Maddie virou a noite abrindo todos os presentes que recebera, provavelmente porque dormira até as cinco da tarde do dia seguinte. Quando nos reunimos para jantar no terraço, na parte de trás da casa, perguntei ocasionalmente se minha irmã não tinha conversado com Tonks antes da mulher voltar para a sede da Ordem da Fênix. Maddie não respondeu.

Aquilo definitivamente não podia significar coisa boa.

Os dias se transcorreram, e acabou que passamos o restante das nossas férias de fim de ano na casa de minha mãe e Dorcas, o que nos proporcionou várias tardes maratonando filmes e noites de festas do pijama intermináveis feitas por motivo algum. Num desses dias, em que estava frio demais até para ficar dormindo, vestimos nossas roupas de frio habituais e saímos para aproveitar os montes de neve que agora cobriam os jardins da propriedade (acredito que um feitiço tenha sido aplicado sobre a casa durante a festa de Maddie, para que os convidados ficassem à vontade e bem aquecidos, então não havia o menor indício que fosse do auge do inverno quando chegamos ali).

O sol brilhava sem muita intensidade, e a neve branquinha afundava sob nossos pés. Fred e George jogaram-se no chão e começaram a esfregar as pernas e braços na terra, fazendo anjos de neve que mais pareciam gigantes dos antigos contos medievais.

— Aposto que o meu será maior que o seu — disse Fred para George, referindo-se à envergadura das "asas" de seus respectivos anjos de neve.

— Vocês dois tem literalmente a mesma altura! — disse Ron, abismado.

De longe, Ginny e eu os observávamos com um sorriso.

— Eles nunca vão amadurecer, vão?

— Acho difícil — disse Ginny, olhando para mim enquanto eu encarava Harry e Hermione, que do outro lado do jardim trabalhavam para montar um grande boneco de neve. Os olhos dele capturaram os meus, e Harry sorriu um pouquinho antes de voltar-se para aquela montanha de neve fofa e macia. Hermione caçoou dele, provavelmente dizendo que meu namorado era muito cadelinha ou algo do gênero. Não que estivesse mentindo. Ginny pigarreou: — Como estão as coisas entre vocês?

— Perdão?

— Você e Harry.

— Ah — voltei a olhar para ele, que agora posicionava a cabeça do boneco em seu devido lugar. — Estão ótimas, Harry é um amor.

— Ele parece amar muito você — disse ela, baixinho. — De verdade, dá para ver no jeito com o qual ele te olha. Às vezes confesso que tenho inveja.

Meu coração bateu mais forte. Não, não, não. Ela não podia estar falando que queria estar no meu lugar, não agora que Harry e eu finalmente fizemos as pazes; não podia.

— Como assim? — tentei me fazer de sonsa.

— Vocês se entendem — explicou ela. — Você o ama, e ele ama você. Queria que alguém sentisse pelo menos um terço disso por mim, algum dia.

Senti um peso no estômago.

— Mas você tem o Michael Corner, não tem? — disse eu, incerta. — Disse que gostava dele.

— É, mas não é para tanto — disse Ginny. — E não acho que ele vá querer algo sério a longo prazo, vive olhando furtivamente para Cho Chang.

— Sinto muito.

— Não sinta. Garotos são estúpidos, S/N, essa é uma coisa que você tem que ter em mente. Gostar de meninas é muito melhor.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora