𝐘𝟔: Quidditch Disaster

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Com o sumiço de Ginny e o envenenamento de Ron, precisávamos de dois novos substitutos. E rápido, porque a próxima partida de quadribol, contra a Lufa-Lufa, aconteceria em três dias.

— Não vejo outra alternativa senão chamar Córmaco — resmungou Harry, enquanto eu fazia uma massagem em seus ombros. Eram quatro da tarde, e estávamos sentados na cama, descansando antes de passearmos com Pads. Nossos dois animaizinhos de estimação cochilavam aos pés da cama, aninhados um no outro. — As opções que temos são péssimas.

— Não sei se podemos nos dar o luxo de pensar que podemos escolher.

— Infelizmente.

— Mas você conseguiu conversar com aquela garota do sétimo ano, não é? Alguém precisa ocupar a posição de artilheiro, enquanto Córmaco fica no gol.

— Falei — suspirou Harry. — É melhor do que nada.

— Ei... — chamei, fazendo-o virar para mim. — Vai ficar tudo bem, meu amor. Você é um capitão excelente. Todos sabem que está dando o melhor de si.

Ele deu um sorriso fraco.

— Todos, tipo você?

Dei de ombros.

— Acredito na sua capacidade. E mesmo que percamos o jogo, não seremos desclassificados.

— Mas não ganharemos a Taça das Casas.

Inclinei a cabeça para o lado, e Harry acompanhou o movimento. Com a ponta de meu dedo indicador, dei uma pincelada em seu nariz, fazendo-o corar sem motivo.

— Chega de pensamentos negativos — disse eu, deitando-me na cama. — Vamos falar sobre coisas felizes.

Harry sorriu, desacreditado com minha capacidade de fazer seu humor mudar tão rápido, e preguiçosamente deitou-se ao meu lado, entrelaçando suas pernas às minhas e abraçando-me, mantendo-me junto a si.

— Tudo bem — ele deu um pequeno beijo na ponta de meu nariz. — Conversei com Remus, e ele concordou que posso te levar para conhecer nossa nova casa, no verão. Depois do casamento do Gui e da Fleur. Podemos começar a pensar em como vamos decorar o interior; sair para comprar alguns quadros, livros e enfeites para as estantes. Mas é claro que não precisamos ter pressa. Ainda temos muitos anos pela frente — Harry sorriu. — E não pense que me esqueci de seu ateliê de arte. Encomendei dezenas de quadros. Já devem estar guardados nas gavetas da escrivaninha que mandei fazer para você.

Balancei a cabeça, passeando com o olhar por seu rosto.

— Eu te amo — foi o que consegui dizer.

— Eu também te amo, meu bem.

Inclinei-me para perto e o beijei, com uma das mãos em seu maxilar definido. Sorri contra sua boca. Quando nos afastamos, após uma série de selinhos, falei:

— Às vezes me esqueço de que eles vão casar — eu me referia à Gui e Fleur, é claro. — Me sinto tão velha.

— Estamos crescendo, meu amor. Você sabe que os próximos seremos nós, não sabe?

Abracei-o pelo pescoço.

— Quero um pedido à luz de velas — revelei. — Não precisa envolver anéis ou presentes caros. E quero que dancemos depois disso.

— É uma ótima ideia. Vou anotar.

Fiquei calada por um tempo, apenas olhando para ele. Pensei em tantas coisas diferentes naquele momento. Pensei nas flores que usaríamos na nossa cerimônia de casamento, pensei nos lugares para os quais viajaríamos com nossos filhos, pensei em nomes para eles.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora