Abismada, quase caí ao encarar o rosto de Regulus Black, meu tio que há anos fora dado como morto.
— Oi?! — quando ele apenas me encarou, esperando por uma reação mais empolgante de minha parte, comecei a balançar a cabeça negativamente, várias vezes. Isso só fez com que um sorriso crescesse em seu rosto.
— É exatamente o que você ouviu.
— Não, não tem como. É impossível — falei. — Você morreu há anos.
Regulus negou.
— Nunca estive verdadeiramente morto — explicou ele. — Quando fui arrastado para o fundo do Lago dos Inferi, há muitos anos, uma maldição me envolveu. Tornei-me um deles, sendo forçado a trabalhar para Você-Sabe-Quem, ajudando os outros mortos-vivos a guardar o medalhão de Slytherin. Bem, o medalhão falso, porque roubei a relíquia que importava. Imagino que já saiba de tudo a respeito das Horcruxes do Lorde das Trevas.
— Sei. Meus amigos e eu destruímos algumas.
— Isso é bom — disse Regulus, pausadamente. — Agora que usou seus poderes para me libertar, deve estar ciente de todo o seu potencial. Você tem uma força de vontade tremenda, além de habilidades incríveis que correm em suas veias, S/N. Será fácil, para você...
— Espere um pouco — interrompi. — Eu libertei você? Desde quando? Que história é essa?
— A maldição quebrou-se quando você pôs o seu próprio sangue na parede de pedra da caverna que servia como passagem. Lembra? Era necessário de um sacrifício para entrar e para sair. Mesmo sob o lago, e sob os encantamentos de Você-Sabe-Quem, reconheci você. Os outros, meus companheiros detestáveis, também sabiam; por isso comportaram-se por um tempo considerável, ao invés de atacá-la de imediato.
— Os inferi me puxaram para a água — lembrei. — Foi assim que perdi minha faca; essa mesma que você agora devolve a mim.
— Sim, mas é diferente. Geralmente, quando os inferi reconhecem a presença de alguém poderoso que os ameace, eles atacam. Não importa se você mexeu com eles, ou não.
— Ninguém atacou Dumbledore.
— Nem Dumbledore, nem Harry Potter são comparáveis a você — riu Regulus. — Você não entende, então.
— Entendo o quê?
— Do que é capaz.
— Claro que entendo. Posso explodir coisas e matar com um único toque, se é o que quer dizer. Utilizei meus poderes várias vezes, não sou uma completa ignorante a meu próprio respeito.
— "Explodir coisas" e "matar com um único toque" são apenas uma porcentagem do que você pode fazer — disse ele, sério. — Sei disso porque estamos conectados, porque sua mente agora possui acesso à minha. No momento em que você entrou naquele lago, transformou todos os mortos-vivos sob aquelas águas em cinzas. Bem, quase todos: um ou outro sobreviveu, porque estavam mais longe. Mas mesmo assim, o seu potencial é enorme. E é justamente porque o seu sangue me libertou de meu fardo que serei leal ao que quer que seus comandos desejem de mim.
— Mortos-vivos nunca são cinzas por muito tempo. Seus corpos se regeneram, pois são amaldiçoados pela eternidade — falei, e meu corpo tremeu um pouco. — Se o que diz é mesmo verdade, e libertei você, quem garante que não fiz o mesmo com os outros? Quem garante que eles não estão vindo atrás de mim?
— Ninguém pode garantir isso, S/N, mas, supondo que você esteja certa, eles deverão ser tão devotos a você quanto eu sou agora. O Lorde das Trevas não os pode mais controlar porque quando você derramou o seu sangue nas pedras da caverna, foi como se estivesse se comprometendo com os inferi, e em troca eles estariam se tornando seus — respondeu meu tio, paciente. — Você não pode vê-los agora, mas eles devem estar aqui, em algum lugar. À espreita, esperando por seus comandos.
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𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potter
Fiksi Penggemar𝐚𝐫𝐭𝐞. substantivo feminino ? १ 𝐢. produção consciente de obras, formas ou objetos voltada para a concretização de um 𝐢𝐝𝐞𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐛𝐞𝐥𝐞𝐳𝐚 e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana. 𝐢𝐢. forma de agir; maneira, jeito. 𝐢𝐢�...