𝐘𝟕: The Boy Who Lived

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⚠️: sangue, morte.

.˚﹟ 𓂅 ♡ ᵎ ˖ ˙ Ϟ 𐄹 १

Voamos nas costas do dragão do Gringotes por horas, até que avistamos uma enorme lagoa.

— Minhas pernas já estão ficando dormentes — reclamou Maddie, atrás de nós. — Falta muito?

— Não — disse Harry. — Mas vamos pular quando o dragão estiver perto da água. Ele está descendo um pouco, vocês não notaram? Provavelmente quer pousar adiante. Temos que saltar antes que isso aconteça, para não sermos atacados.

— Pular?! — exclamou Ron. — Está louco?

— Possivelmente. Potter nunca bateu muito bem da cabeça — comentou Draco.

Harry revirou os olhos.

— Cale a boca, antes que eu te empurre.

— Vocês não vão brigar, vão? — perguntei. — Não tinham feito as pazes?

— Fizemos, mas isso não quer dizer que eu não queira matar o seu namorado de vez em quando — resmungou Draco.

Não pude deixar de esboçar um sorriso. Porque eu sentira falta dele, porque finalmente tínhamos a chance de sermos uma família de verdade. E mesmo apesar do frio nervoso em minha barriga, por causa da altura em que estávamos, permiti-me ter um pouco de esperança. Mas só um pouco, porque eu não queria me decepcionar, caso o pior acontecesse.

Finalmente chegamos à parte da lagoa, e o dragão começou a descer, inclinando o próprio corpo. Fiquei com medo de cair, pois eu não tinha muito apoio, e agarrei-me mais ao dorso do animal, sufocando um gritinho quando ele fez um movimento brusco que quase me derrubou. Tremi sutilmente. Harry, lendo minha mente e atentando-se à nossa posição, disse, para que todos pudéssemos ouvir:

— Vamos! Agora!

— Quê!?

— Vamos pular!

Saltamos antes que eu raciocinasse; nem deu tempo, porque Harry impulsionou nossos corpos para o lado. Hermione nos acompanhou com um grito; Ron seguiu depois dela. Em seguida, Draco e Maddie.

Demorou uma eternidade para o choque de nossos corpos com a água. Quando aconteceu, e eu prendi a minha respiração, tive a estranha sensação de que meus ouvidos apitavam, tampados devido à pressão. O frio penetrou minhas entranhas, gelando todo o meu sangue. Senti vontade de gritar em protesto, mas meus pulmões não funcionavam.

Abri os olhos, e a falta de ar começou a se manifestar por meu corpo. Forcei minhas próprias pernas a tomarem impulso, agitando-as para nadar. Fui até a superfície, imaginando se o vento do lado de fora me faria ficar com mais frio. Mas não precisei fantasiar por muito tempo: emergi, sentindo que eu poderia quebrar a qualquer momento, por causa da baixa temperatura.

Harry, minha irmã e meus amigos já tinham saído da água, o que me fez pensar que fiquei submersa por mais tempo do que deveria. Não importava muito. Alívio tomou conta dos olhos verdes estonteantes de Harry quando viu que eu estava bem, e ele me ajudou a sair da água; envolveu-me com uma toalha quentinha depois, saída direto da bolsinha de contas infalível de Hermione.

— Onde está o dragão? — perguntei, tremendo um pouco.

— Longe, graças a Merlin — disse Maddie. — Não gosto muito de criaturas mágicas que voam.

Um fantasma de sorriso percorreu minha face. Logo desapareceu, quando notei a preocupação no rosto de Harry.

— O que foi, amor?

Ele engoliu em seco.

— Você-Sabe-Quem sabe — disse ele. — Sabe o que estamos fazendo, que buscamos por suas Horcruxes. Notou que a taça de Hufflepuff desapareceu no momento em que escapamos com ela.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora