Uma pessoa

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- Esse sou eu? - Bucky ri apontando o dedo para o papel onde tem um desenho feito pelo sobrinho mais novo de Sam.

A criança ri e balança a cabeça em sinal de "sim".

- Não deu pra perceber com o nome "tio Bucky" enorme com uma seta para o seu boneco, Bucky? - Sarah pergunta.

- É que eu tenho um braço vermelho e... - Bucky se atrapalha tentando explicar o que achou do desenho.

- É o seu braço de vibranium, eu não tinha lápis de cor preto. - o garoto esclarece.

- Ah sim, então é por isso que o Sam é amarelo. - Bucky brinca.

Sarah olha sorrindo para Sam com a cara fechada do outro lado da cozinha tomando um copo de suco, ela sabe que ele entendeu a piada.

- Obrigada por ter pegado eles na escola hoje, Bucky. Sério, quebrou muito meu galho, eu estava tão ocupada. - Sarah agradece o favor.

- Tudo bem, Sarah. Pode pedir minha ajuda sempre que precisar, sem problemas. - Ele ri graciosamente. - Espero que tenha gostado do almoço, vocês três têm que vir aqui mais vezes.

- Ele está certo. - Sam grita da cozinha. - Meu almoço estava uma delícia.

Os dois garotinhos dão risada antes de começarem a guardar suas atividades na mochila.

- Gostei da decoração da casa de vocês. - Sarah ri sem graça.

- É tudo cinza, Sarah. - Sam aparece na sala.

- Minimalista você quis dizer... - Bucky o corrige. - Se não fosse por mim, aqui seria um playground de criança.

- Eu ia gostar. - o mais novo fala.

- Vamos crianças. - Sarah vai em direção a porta e espera os filhos. - Até mais meninos.

- Tchau tio Sam, tchau tio Bucky. - Os garotos se despedem em um coral.

Ao fecharem a porta, Bucky e Sam ficam completamente sozinhos. Sam está encostado na divisória da sala de estar e sala de jantar com as mãos no bolso da calça folgada de moletom. Bucky vai até sua direção e para na sua frente, joga seu corpo como se estivesse caindo propositalmente nos braços de Sam esperando que o segure.

- Podemos voltar ao nosso afeto casual? - Bucky pergunta com o rosto enfiado na clavícula de Sam.

Sam ainda encostado, Segura Bucky passando seus grossos braços em volta de seu corpo. Beija seu cabelo.

- Podemos fazer o que você quiser. - Sam responde.

Bucky levanta seu rosto fazendo assim com que sua boca alcance a de Sam e eles troquem selinhos.

- Senti sua falta. - Bucky olha nos olhos de Sam e ri por dois segundos e volta a sua expressão normal de homem sério.

- Eu também, mas foi só por uma manhã. - Sam ao contrário, ri e continua com seu sorriso constante.

Bucky desce seu rosto novamente para a clavícula de Sam e deita a cabeça no peito dele.

- Você quase não precisa mais de mim...

- Do que você tá falando, Bucky? Foi só um resgate de sequestro de uns idiotas, eu e Torres demos conta.

- Mesmo assim. Gosto de ir nas missões com você... Quando tiver missões sérias como combater os apátridas, eu vou com você.

- Ela só tinha 20... Não era vilã pra mim.

- Okay... Então quando houver um Thanos 2.0, vamos juntos.

- Espero que não tenha. - Sam ri com a ideia.

- Eu também espero.

- Torres estava ao meu lado antes de voar e perdê-lo de vista. Gostaria que fosse você, teria te levado junto.

Bucky ri e fica de pé a frente de Sam.

- Você não pode me carregar por aí.

- Vai ter me impedir. - Sam dá um passo para mais perto de Bucky.

O abraça bem devagar, passa suas mãos quentes pela costa fria de Bucky por baixo de seu moletom cinza conjunto da calça de Sam. Bucky fecha os olhos lentamente espetando receber toda sensibiliza do toque de Sam, ele quer sentir cada sentimento. Inclina sua cabeça para trás a medida que Sam vai beijando seu pescoço. Bucky é como um boneco esperando ser manuseado por alguém que saiba realmente o que está fazendo.

E Sam sabe.

Sam se põe tão em cima de Bucky, que faz com que o ato de se deitarem no chão seja totalmente involuntário. Bucky enrola suas pernas nas de Sam, enquanto ele beija cada espaço do corpo de Bucky por baixo de seu moletom.

Toc-toc...

Sam para o que estava fazendo.

- Continua, não foi nada. - Bucky toca nos braços de Sam apoiados no chão.

- Eu ouvi a porta. - Sam tira sua cabeça da roupa de Bucky.

- Impressão sua.

Toc-toc!

- Tenho certeza que não. - Sam se levanta rindo.

- Deixa bater! - Bucky finge um choro e continua deitado no chão.

Sam não ouve Bucky e abre a porta finalmente. São seus amigos Torres, Sharon e Zemo.

- Iai pessoal. - Sam os cumprimenta e são passagem para entrar.

- Fala Sam. - Torres é o primeiro a entrar.

Bucky revira os olhos ainda do chão.

- Tá confortável aí, Bucky? - Torres pergunta com ar debochado.

- Estava há cinco segundos atrás, Joaquim obrigado. - Bucky se levanta sem vontade e senta ainda no chão encostado na parede.

- Iai gente. - Sharon dá oi aos dois não muito contente.

- O que aconteceu? - Sam pergunta levemente preocupado.

- Recebemos uma mensagem sobre Clint. - Ela responde.

- Recebemos? - Bucky interrompe.

- Da esposa dele. - Zemo fala.

- Como assim? - Sam não compreende.

- Como os vingadores estão... inativos ainda. - Torres tenta explicar. - A esposa do Clint entrou em contato comigo porque sabe que sou da equipe do novo capitão america, ela quer a nossa ajuda.

- O que aconteceu com ele? - Bucky pergunta.

- Ela percebeu que Clint estava esquisito de uns tempos pra cá, mas nunca dizia nada sobre isso, até o dia que simplesmente sumiu. - Zemo fala.

- Isso já aconteceu antes. - Bucky se levanta e cruza os braços.

- É, quando sua família intera desapareceu por causa do clic. Agora não há motivos para sumir de novo. Clint foi capturado. - Sharon explica.

Existe alguma pista? Um sinal? Algum rastro a seguir? - Sam pergunta.

- Uma pessoa. - Zemo começa. - Yelena Belova, irmã da Natasha.

Controle - sambuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora