Não

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- Não Sam.

Wanda não espera nem que Sam insista, ela nega sua idéia absurda.

- Wanda, por favor.

- Você devia falar com as Dora Milaje em Wakanda, elas devem ajudar.

- Elas estão fora de contato agora.

- Eu não posso fazer isso, não consigo!

- Por que não? Eu estou desesperado, Wanda. Ele está sendo controlado pela Hydra mais uma vez, ele pode fazer muita besteira e não aguentar a culpa quando sua consciência voltar!

- Sam, não posso usar minha magia, nem se eu pudesse! Consigo reverter controle mental, mas o que a Hydra usa é bem mais que isso.

- Você controlou uma cidade inteira, Wanda. - Sam apela.

- Eu sei o que eu fiz.

- Você pode fazer o que fez com uma pessoa apenas.

- Eu estou em ameaça da justiça, Sam. O que eu fiz não foi certo. Não posso fazer novamente. - Ela rejeita com tristeza.

- Wanda... Eu quero que você crie uma realidade na cabeça dele. Pode me incluir, eu fico preso com ele em uma realidade onde ele não é o soldado invernal, por favor.

Sam usa todas as suas energias para pedir o impensável e Wanda vê nitidamente o desespero em seus olhos. É como se Sam não tivesse outra saída.

- O que você tá me pedindo? - Ela fica surpresa. - Sam, você é o Capitão América, as pessoas precisam de você.

- E eu preciso do Bucky. Preciso que ele fique bem, preciso que ele fique comigo.

- Está disposto a abrir mão de tudo?

- Ele vale a pena.

Ela pensa por alguns instantes.

- Ainda é um não. - Wanda se levanta e fecha seu roupão.

- Só quero que tente. - Sam também se levanta do sofá da casa de Wanda e fica de frente para ela. - Por favor.

Percebendo que Wanda já está exausta dessa conversa, Mônica tenta ajudar.

- Acho melhor você ir agora, Sam.

- Espero que encontre outra solução. - Wanda diz e aponta para a porta, indicando a saída de Sam de sua casa.

Sam fica frustrado pois via em Wanda a única maneira de salvar Bucky e agora ele volta para a estaca zero. Não insiste mais e sai da casa de Wanda.

****

Sam deu uma pausa em tentar procurar a Valentina, deu uma pausa em encontrar Clint e deu uma pausa em pensar em Bucky. Basicamente deu uma pausa em tudo, toda essa história está cansando Sam ao extremo. Deu uma folga a Sharon, Torres e Zemo. Sam passa os últimos dois dias ajudando sua irmã nas docas e hoje é um dia tranquilo, seus sobrinhos estão ajudando também. Ele sabe que não pode deixar sua família vulnerável, mas Sarah é teimosa demais para ficar trancada em casa.

- Oi, capitão. - Alguém cumprimenta Sam.

Ele acha que é só um da região querendo uma foto, mas quando se vira toma um susto.

- O que você quer? - Sam pergunta.

- Calma, eu não estou armada. - Yelena levanta a camisa para mostrar não ter nada no cós da calça.

- Então você quer comprar um peixe?

- Você quer respostas e eu também quero.

- Eu quero muitas coisas.

- Tá tudo bem, Sam? - Sarah pergunta.

- Podemos conversar? - Yelena ignora a desconfiança de Sarah e pergunta para Sam que confirma.

Eles caminham até um lugar não mais reservado, mas com menos gente.

- Valentina me procurou depois que a Nat se foi, me disse quem tinha tirado ela de mim.

- Yelena, Natasha não foi assassinada. Foi uma escolha, um sacrifício. Uma alma por outra alma. Fez o que foi preciso para conseguir a joia, ela salvou a vida do Clint. - tenta explicar bem para Yelena entender de uma vez, toda essa confusão é por causa disso.

Yelena estuda muito bem o rosto de Sam, analisando cada resquício para ver se encontra expressões de mentiras. Mas não há.

- Você cometeu um erro entregando ele para a Valentina. Eu não vou parar de tentar salvá-lo.

- Sam. Valentina matou o Clint. - Ela diz. - Câmara de gás. Sinto muito. - Lagrimas escorrem de seus olhos.

- Não.

Yelena engole o seco.

- Você viu? - Sam pergunta.

- Valentina foi bem específica.

- VOCÊ VIU? - Sam grita.

- NÃO! - ela grita de volta.

- Então não acredite em tudo o que te falam.

Yelena para e pensa um pouco, Valentina não é mesmo uma pessoa muito confortável. Talvez ela devesse confiar em Sam.

- Nós podemos acabar com esse anexo super secreto da Hydra, Yelena. Podemos jogar todos eles na prisão segurança máxima do país. - Sam tenta convencer. - Eu tenho que trazer o Bucky de volta, e tenho que resgatar o Clint.

- Sam... - Ela treme.

- SAM!

O grito de Sarah é ouvido por Sam e Yelena, olham para a direção e Bucky está mantendo Sarah como refém, apontando uma arma para sua cabeça. Os dois correm até eles.

- Tio Bucky?

Um dos sobrinhos de Sam olha para o suposto namorado do tio e não entende o motivo dele está ameaçando a mãe dele.

Bucky olha para a criança mas não tem como se lembrar, não tem como parar.

- Filho, corre vai. - Sarah pede em meio ao choro.

- Bucky, eu tô aqui. - Sam se aproxima.

Ele não carrega armas ou facas, nem seu traje e estudo. Ele está limpo.

- Sou eu quem você quer.

- Bucky, me olha. - Yelena também se aproxima de Bucky com as mãos a mostra. - Não precisa fazer isso, solta ela.

- Yelena, ele está do seu lado. Mata ele agora. - Isso é dito por Bucky sem se mover para soltar Sarah.

- Tudo bem, tudo bem. - Yelena continua se aproximando.

Quando está perto o suficiente de Bucky, tira uma chave de roda de trocar brocas de trás da calça e bate na cabeça de Bucky com muita força. Isso faz com que ele caia desacordado.
Sarah se afasta rapidamente.

- Você anda com uma chave de roda no bolso? - Sam pergunta surpreso.

Ele vai até onde Bucky e limpa o sangue de sua testa.

- Isso não vai deixar ele apagado por muito tempo. - Sam olha para Yelena. - Você tem que me levar para o anexo.

- Sinto muito, mas eu e o Bucky somos uma dupla. - Yelena também usa a chave para bater em Sam.

Ele desmaia.

Controle - sambuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora