Controle - sambucky

Quem eu sou

Em uma de suas saídas da sessão de terapia obrigatória, Bucky vai até um bar para se distrair enquanto Sam ainda não chega em casa.

Quando tem tempo livre, Sam vai a reuniões de conselho para pessoas desacreditadas. Existe alguém mais otimista que Sam Wilson? Definitivamente não. Sam muda a vida das pessoas de varias maneiras e isso é brilhante.

Bucky se senta em um dos bancos do balcão e o barman já sabe seu pedido: uma cerveja gelada. Ele fica os quatro primeiros goles sozinhos, verifica suas mensagem é há uma de Sam.

"Encontrei um velho amigo hoje voltando da reunião e ele me fez sentir saudade de pescar. Deveríamos tentar novamente qualquer dia desses. Beijos, espero que tenha feito progressos hoje.      te espero em casa xxxx"

Bucky se sente feliz ao ler e acha que é uma boa ideia pescar de novo. Guarda seu celular e vai para o seu quinto gole. Uma mulher pálida de cabelos negros senta ao seu lado.

- Bucky Barnes... - Ela o cumprimeta sem olhar para ele.

Ele não responde e bebe mais um pouco.

- Exatamente a pessoa que eu estava procurando. - ela continua falando sorrindo o que irrita Bucky.

- Te conheço? - ele é curto e grosso.

- Não, mas eu conheço você. - Ela o encara. - O ex soldado invernal, atual chaveirinho do mais novo capitão america.

- Dá o fora, não dou entrevistas à jornalistas sensacionalistas. - Ele desvia o olhar e bebe.

- Se eu fosse jornalista, não era você a quem eu procuraria para fazer uma matéria.

- Então você é só uma chata mesmo.

- Pode me chamar de Valentina, se quiser.

- Passo.

- Você quer passar uma missão? - Ela pergunta com ênfase e isso chama atenção de Bucky. - Eu te valorizaria mais do que seus amigos metidos...

- Do que você tá falando? Quem é você?

- Ninguém ainda. Mas estou montando uma equipe com pessoas poderosas e com potencial assim como você... que não são devidamente reconhecidas...

Bucky olha para a mulher sem deixar com que ela ela leia sua expressão.

- Você pode pensar Bucky. Dou seu tempo para você perceber que está perdendo seu tempo nessas consultas e implorando por mais ação na sua vida. - ela não tira o sorrisinho do rosto. - Você seria o herói que há muito tempo devia ser considerado. Não está cansado de ser a sombra de capitães américas?

- Eu gosto de quem eu sou.

- Não tenho duvidas, mas precisa de mais autoestima. - Ela se levanta e deixa um cartão com seu número ao lado de sua garrafa de cerveja. - Pode me ligar se pensar melhor e se der conta que você precisa brilhar com uma luz própria.

Assistindo aquela mulher saindo do bar quase como se estivesse desfilando. Não é nem um pouco simpática e pode até mais arrogante que Tony Stark se quiser realmente. Bucky amassa o cartão da tal Valentina de qualquer jeito e põe no bolso da calça jeans. Termina de tomar sua cerveja e sai do bar e vai caminhando para casa sem deixar de pensar por um segundo no que a morena disse. Não que ele ache que ela está certa, mas se tudo isso fosse ouvido por qualquer pessoa de fora, ela pensaria que era verdade.

- Oi! - Sam o cumprimeta com um grande sorriso quando vê Bucky passando pela porta. - O que é isso?

Bucky está com as mãos ocupadas, em uma segura um saco de papel e na outra, flores amassadas.

- Trouxe milkshake. - Bucky responde travado como da primeira vez que levou Sam para sair em um encontro.

Ele coloca o pacote na mesinha de centro da sala.

- E isso aqui é pra você. - Bucky estende a mão ao alcance de Sam para que ele consiga pegar. - São do mercado.

Sam volta a sorrir gentilmente e agradece.

- Você estava segurando muito forte, quebrou os caules. - Sam observa. - Vou por em um jarro.

Sam sai da presença de Bucky e fica alguns minutos na cozinha achando um lugar para as flores, enquanto isso, Bucky tenta aparentar normalidade, como se não houvessem gritos ecoando em sua mente.

- Falei com o Torres. - Sam retorna. - Temos um ponto de partida.

Ele se senta no sofá e bate com mão no lugar ao lado dele para que Bucky se sente também.

- Vamos até a casa dele amanhã pra montar nosso plano de ação. - Sam coloca seu braço por cima do ombro de Bucky e faz carícias em seu cabelo.

- Acredito que não ficaram muito felizes em saber que eu vou com você, não é? - Bucky faz uma cara de paisagem ao perguntar.

- Só estão preocupados com você, mas sabem que sua ajuda é importante.

Bucky não diz nada e dá de ombros.

- Parece que há alguém ou uma associação por trás da Yelena, não sabemos a motivação de ter sequestrado o Clint. Provavelmente ela sabe que ele era um dos melhores amigos da Natasha, não tem explicação... - Sam explica o caso para Bucky.

- Ela sabe o que aconteceu em Vormir? - Bucky pergunta. - Foi um sacrifício para conseguir a jóia da alma, não é possível que ela acredite que foi culpa do Clint.

- Você acha mesmo que a Yelena acredita que Clint matou a Natasha? - Sam pergunta de volta.

- Não vejo outra explicação...

- Você tem toda razão, Bucky. - Sam fica surpreso. - Eu namoro o cara mais inteligente que existe.

Sam beija a bochecha de Bucky rapidamente e se levanta.

- Vamos falar sobre isso amanhã para Sharon, Torres e Zemo. Vamo resgatar o Clint.

Sam apoia as mãos na cintura e fala com tanta convicção como se tivesse certeza que resgatar Clint ja é uma realidade, considerando que eles ainda não sabem muito sobre o caso, isso não parece importar para Sam Wilson.

Bucky esquece por um segundo das palavras mal intencionadas de Valentina e só se concentra no olhar brilhante de seu namorado. Ri com a forma que Sam se posiciona e tudo está como costuma ser:

Bucky assistindo seu deslumbre da primeira fileira, por trás dos holofote, todos brilham para Sam e Bucky aplaude e ri mentalmente a cada movimento do moreno.

- Podemos dormir agora? - Bucky pede. - Estou cansando.

- Podemos fazer o que você quiser... - Ele puxa Bucky pelos braços e o faz levantar.

Beija de leve a boca de Bucky e o abraça. O abraço que costuma abastecer todas as forças de Bucky em instantes. Ir para cama e entrelaçar as pernas em Sam se torna o melhor momento do dia para os dois.