- Eu não sei! Gente, eu não sei o que fazer!
Sam está tão exausto que mal consegue ficar de pé. Já faz alguns dias que ele sequer deseja sair de casa e ver a luz do dia e agora que perdeu Bucky e Yelena mais uma vez, gostaria de ficar debaixo das cobertas para sempre. Mas é claro que o Capitão América não pode se dá a esse luxo, já que Bucky sumiu das redondezas e aparece de vez enquando tentando matar seu próprio namorado, isso dá lugar para bastantes murmúrios pela cidade e talvez no mundo todo.
As notícias não são nada agradáveis, a maioria das vezes super sensacionalista como: "A maquina assassina está de volta.", "Bucky Barnes, o ex ajudante do Capitão América, acusado de está novamente trabalhando para organização terrorista da hydra, volta aos seus tempos de soldado invernal."
Tudo isso já deixa Sam irritado, passa em todos os canais, em todos os canais literalmente falam do seu namorado como se realmente soubessem dos fatos, pelo que parece, o jornalismo não está mais tão interessado em veracidade. Por isso, Sam quando liga sua televisão, deixa apenas em canais de culinária.
Seus sobrinhos perguntam o tempo todo sobre o tio Bucky e ele não sabe explicar o porquê dele ter tentado matar a irmã do namorado. Nada faz sentido.
Sam se sente incapaz. Não recuperou Clint e ainda perdeu Bucky. Ele está sendo um completo fracasso e ter que explicar a situação para seus amigos, já não é uma missão tão fácil assim.
- Ela disse que Bucky e ela são um dupla. Ok. - Torres fala os fatos em voz alta. - Mas por que ela te deixou vivo em vez de te matar?
- Por favor, não me faça dizer "não faço ideia" outra vez. - Sam está implorando.
- Sam, você tem que se esforçar! - Sharon senta ao lado do amigo no grande sofá. - Yelena acreditou em você?
- Eu falei a verdade sobre a Nat e ela pareceu acreditar, mas quando eu falei sobre ela me levar até o anexo da hydra, ela simplesmente travou!
- Isso não tem lógica. - Zemo concluí.
*****
- Yelena! - Primeira palavra dita por Bucky quando acorda do seu desmaio.
- Você se lembra de mim? - Yelena pergunta eufórica. - Graças a Deus! Pensei ter usado o soro errado.
- Você não sabe o que injetou em mim? - Bucky pergunta irritado se sentando no chão.
- Tá tudo escrito em alemão ou russo, eu sei lá. Foi uma luta achar a sala, entrar nela e ainda tentar traduzir as fichas dos frascos! - Ela se explica.
Bucky respira forte varias vezes e pensa um pouco.
- Então... Você se lembra de alguma outra coisa. - Yelena pergunta curiosa ajoelhada no chão ao lado de Bucky.
Ele olha pra ela e acena com a cabeça.
- Tive lavagem cerebral mais uma vez da hydra. - Responde sem nenhuma alegria em sua voz. - Não acredito que fui tão teimoso!
Ele se levanta rápido.
- Eu vou matar aquela mulher!
- Bucky espera! Você se lembra do que fez?
Em questão de segundos tudo volta, talvez já estivesse lá e Bucky só estava ignorando. Suas memorias recentes de sua nova vida de lobo branco, de sua vida ao lado de Sam. De sua casa, de seu quarto, de sua cama compartilhada com Sam, de seu diário, de tudo.
Se lembra de ter surtado com os amigos e ter ligado para Valentina. Tudo isso que aconteceu é sua culpa?
E então, tudo volta mesmo. O que ele fez recentemente quando estava sendo controlado. Suas lutas com Sam e meu Deus... Sua ameaça contra Sarah. Ele se lembra do rosto do filho dela olhando para ele. Isso é péssimo.
- Bucky! - Yelena chama por ele.
Ele lentamente se vira para ficar frente a frente com ela e olhar em seus olhos. Bucky deixa rolar todas as lagrimas que estava guardando até então, ele está quebrado.
- Tudo bem, vem cá. - Yelena se aproxima o suficiente e abraça Bucky sem cerimônia.
Yelena realmente considera Bucky um amigo e imagina o que ele está sentido agora. Bucky recebe o abraço e envolve seus braços pelo tronco da amiga. Enfia seu rosto no pescoço da loira e molha seu cabelo bagunçado amarrado em uma trança mal feita com suas lágrimas.
"Tudo bem" é o que Sam costumava dizer para Bucky sempre que algo o preocupava e essas coisas, essas pequenas coisas fazem ele lembrar do seu amado.
- O que eu fiz, Yelena? - ele pergunta mas sabe exatamente o que fez.
- Bucky, você não pode se responsabilizar por isso, tá bom? Tenho certeza que o Sam não vai. - Ela tenta reconfortá-lo com palavras e um sorisso doce.
- Eu não posso vê-lo agora! - ele reage.
- Como assim? Tudo o que ele queria era que você voltasse ao normal!
- Yelena-
- Tudo bem, Bucky. - Ela não insiste, sabe que Bucky tem seus motivos. - Como você desejar.
- O que eu tenho que fazer agora é acabar com a Valentina e vingar a morte do Clint.
- Sam me falou uma coisa que me fez pensar...
- O que?
- Eu não vi o Clint morto. Ele pode tá vivo, Bucky. - Ela diz sorrindo, talvez um pouco esperançosa demais. - Eu posso não ter matado ele.
- O Sam te contou como ela morreu? - Bucky muda seu olhar.
- Sim...
- Eu sinto muito, Ye. - Ele toca em seu braço. - Eu não fui sensível sobre esse assunto no começo quando você me contou.
- Isso aí foi um apelido carinhoso que você acabou de me chamar? - Ela empurra o braço de Bucky e ri, deixando ele vermelho. - Estraguei o momento né?
- Sim. - ele balança a cabeça.
- O que você vai fazer agora? Quer dizer, você não tem muitas escolhas. Não quer ver o Sam, então quer fazer o quê?
- Vou acabar com a Val e com essa organização nazista que devia ter acabado há muito tempo, resgatar o Clint e depois ir para casa. - Bucky explica o plano. - Vou precisar da sua ajuda.
- Claro! - Ela responde prontamente.
- Enquanto isso... Vou continuar fingindo ser o soldado invernal da Valentina. Ela não pode desconfiar.
- Certo.
- Mas antes, eu tenho que fazer uma coisa.
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Controle - sambucky
Fanfiction|| Acontecimentos pós falcão e o soldado invernal || Sam se torna o Capitão América e continua fazendo suas missões de herói com Bucky, que agora é seu namorado. A pergunta é: Bucky se sente feliz ou apenas uma sombra do grande novo Capitão Améric...