Controle - sambucky

Você sumiu

- Você tá bem? - hesita em perguntar.

- Sim, pela terceira vez Yelena, estou muito bem. - Bucky responde levemente irritado.

- Só me certificando.

- Ficaria melhor se você não falasse sobre isso. - ele anda mais rápido, deixando a loira para trás.

- Não tá mais aqui quem perguntou... Qual é o plano?

- Você não consegue ficar na sua por um minuto?

- Você não tem um plano.

- É claro que eu tenho e se tudo der certo, vamos sair daqui bem rápido.

Os dois caminham entre os corredores do anexo da Hydra, ninguém ainda tem conhecimento da consciência de Bucky então tudo está normal. Bucky quer encontrar onde Clint está escondido, mas provavelmente encontrará Valentina primeiro e é o que realmente acontece, só que eles não tem tempo para isso.

- Onde vocês se meteram? - Val aparece andando na direção contraia a dos dois, parece apreensiva.

- Tem que parar de tratar a gente como se fossemos seus filhos, Val. - Yelena debocha.

Bucky ainda não entende qual é o significado dessas farpas trocadas por Yelena e Valentina.

- Eu vou querer saber sobre a treta da sua família? - Bucky pergunta ignorando completamente a presença da outra mulher.

- Hmm... Não.

- Okay. - ele da de ombros e os dois voltam a olhar para Valentina.

- Você voltou com a sua consciência. - ela se dá contra.

- Sim, sim... Voltei né? - Bucky pergunta com ironia para a amiga, que confirma com a cabeça.

- Eu vou matar os dois.

- Dá um tempo. - Bucky revira os olhos. - Parece que seu anexo está em alerta vermelho não é? Não tem ninguém aqui pra salvar você.

Realmente não tinha ninguém por perto.

- Você trouxe o Capitão até aqui.

- E eu sou um super soldado, não quero bater em você com meu braço de super metal. - ele ri e dá uma piscadinha provocativa.

- Eu não me incomodo. - Yelena dá de ombros e logo acerta golpes rápidos em Valentina.

Eles então amarram Valentina em uma sala qualquer e vão atrás de Clint novamente. Procuram por vários compartimentos e não encontram, estão ficando sem tempo, mas agora é hora de lidar com outro problema.

John Walker aparece eufórico.

- Vocês viram a Val? - pergunta parando na frente dos dois.

- Posso te fazer uma pergunta? - Bucky toca estranhamente no ombro de Walker como se fossem camaradas.

- Pode... - John respondo achando tudo muito estranho.

- Me diga que você só tá aqui porque não tem o que fazer.

- O quê?

- Você é um desocupado? - Yelena também entra no jogo.

- Do que é que vocês tão falando?

- Walker, você é só um cara que se sente deslocado fazendo coisas duvidosas apenas para se sentir importante? Por favor, diga que sim. Porque se é isso, você ainda pode ter solução. - Bucky ainda mantem a mão no ombro de John. - Diga que está na Hydra só por conveniência.

Walker também percebe que Bucky voltou a ser quem era antes do controle mental feito por Val e tira rápido a mão de Bucky de seu ombro.

- Você chamou o Sam até aqui. -John se dá conta do que está acontecendo. - Vou matar os dois, depois vou contar tudo à Val.

Antes que John consiga se mover para dá o primeiro golpe em Bucky, Yelena é mais rápida com seu soro reserva e injeta na nuca dele, fazendo com ele apague na hora.

- Amo quando você banca a enfermeira maluca. - Bucky ri para a amiga.

- Obrigada. - ela ri de volta.

- A proposito, você sabe onde o Clint tá? Não? Beleza. - ele pergunta para o corpo desfalecido de John não chão. Claro que ele não esperava por uma resposta.

Depois de vascular quase o anexo inteiro, Yelena tem a ideia de ir até a sala onde as câmaras ficam. E lá está ele. Clint está preso em um cubículo de vidro, muito machucado com as mãos amarradas para cima. Bucky quebra o vidro e o tira de lá, ele quase não consegue se manter de pé, Bucky o ajuda nisso.

- Bucky? - Clint o reconhece. - Que bom ver você.

- Iai cara. - Ele ri de lado e coloca Clint sentado no chão encostado na parede.

- É uma boa hora para me desculpar? - Yelena pergunta para Clint, mas está quase inconsciente.

- A gente tem que ir, Yelena. Clint, alguém vem te tirar daqui, eu prometo mas não posso ficar.

Em questão de instantes, os dois saem pelos fundos do prédio da Hydra que já está sendo evacuado. Sam aparece lá e faz seu trabalho de Capitão América juntamente com ajuda do governo e seus oficiais. Ele faz o que queria desde o começo: resgatar Clint, prender Valentina e acabar com a volta da Hydra.

Como ele descobriu onde ficava o prédio? Se tudo ocorreu como Bucky planejou foi porque Sam encontrou um mapa da cidade com o lugar marcado de caneta, o papel, Bucky deixou jogado junto com os jornais do chão da casa de Sam... de sua antiga casa. Ele deixou de propósito, queria que Sam encontrasse o anexo e desse um ponto final em tudo, seria mais heroico aos olhos da mídia.

Não demora nem um dia da finalização da missão e tudo volta a se como era antes. Bucky assiste na TV da casa de Yelena, a premiação de Sam direto do presidente dos Estados Unidos na Casa Branca. Recendo todo o mérito por sua missão bem sucedida ao fim definitivo da organização neonazista da Hydra. Aos olhos de Bucky, Sam nunca ficou tão bonito em um terno azul escuro, sorriso implacável e uma expressão de orgulho, parece que não sente falta de alguém ao seu lado. Como poderia? Não pode.

Bucky está novamente assistindo ao brilho de Sam e como ele reluz. Está novamente detrás dos holofotes virado apenas para Sam e suas medalhas de bom mérito. Bucky poderia sentir algo diferente além de alegria pelo amor da sua vida se encontrar na melhor fase? Bucky sente orgulho de Sam e dele mesmo, pois apesar de toda dor e falta, sabe que fez o certo.

Bucky sente seu telefone vibrar no seu bolso da calça. É um mensagem de Sam. Por Deus... Bucky tem que mudar o nome do contato dele.

Sameu namorado: Você sumiu!!! Vamos comemorar, o Clint voltou pra casa e a Hydra já era!