Controle - sambucky

2 c2

- Quantos porcos moram aqui com você?

Sharon se surpreende com a bagunça no pequeno ap de Bucky quando entra, Sam escolhe não fazer nenhum comentário, não quer dar motivos para Bucky falar com ele.

O lugar é até um pouco insalubre de fato. Sua sala não tem janelas por seu apartamento ficar no meio do prédio, uma tv pequena e uma mesinha de centro com revistas de caminhões, ao fundo uma divisória para a cozinha, quartos e banheiros. Sam espera não ter que ficar mais que o necessário.

- Vocês podem ficar no quarto da esquerda. - Bucky vai até a cozinha e tira um saco de ração de dentro do armário.

Despeja numa tigela no chão e balança fazendo barulho e então uma criatura rajada corre muito rápido até a tigela, Bucky faz um cafuné no gatinho que mia e logo começa a devorar sua ração.

Sharon e Sam olham para a cena achando um pouco estranho o fato de Bucky ter um animal de estimação. Sam lê a mente dele: com certeza achou difícil ficar sozinho e arrumou um companheiro.

- Você tem um gato, okay - Sharon comenta tirando sua arma da cintura e joga na mesinha de centro.

- Gata. - corrige.

- Vamo repassar o plano - Sam começa - não sabemos quem estamos procurando, o mundo está uma bagunça, provavelmente várias pessoas de outras linhas do tempo estão caminhando pela terra agora mesmo.

- Você tá dizendo que existem outras versões nossas andando por aí? - Sharon questiona.

- Variantes - Bucky responde. - Tenho certeza que o plano não era danificar a ordem da linha do tempo, quem quer que tenha feito isso, não deve está feliz com o resultado.

- Você tá dizendo que devemos procurar alguém deprimido?

- Devemos pensar como uma variante do Loki: loucamente. E torcer para estar na nossa linha do tempo.

Sharon e Bucky conversam entre si sobre o caso, até que Sam raciocina.

- O próprio Loki ou uma de suas variantes podem ter matado o Kang e isso causou o desalinhamento do tempo liberando todos as suas variantes, começando assim a guerra multiversal, mas isso é problema do estranho. O que devemos fazer é encontrar a variante que matou de fato o cara que costumava ficar no comando, quando fizermos isso, levamos para o Fury e os outros e finalmente devolver a ordem na linha do tempo.

Por Deus, Bucky sentia falta exatamente dessa liderança espontânea de Sam. Quer dizer, todos estão em um problemão e mesmo sem um ponto de partida, Sam parece saber exatamente o que fazer. Sua dupla está de volta.

- Vou telefonar para o Fury pra saber se descobriram algo. - Sharon pega seu celular e sai do ap para fazer a tal ligação.

Deixando Sam e Bucky sozinhos, nada confortável. Quando termina de comer, a gatinha de Bucky vai até Sam e se enrosca sem suas pernas, soltando alguns roncos preguiçosos.

- Ela gostou de você - Bucky ri.

- Qual é o nome dela? - Sam pergunta olhando diretamente para a gata.

- Gata.

- Gata? - olha para Bucky dessa vez.

- Criativo, não?

- Não. - ri e volta a olhar para a gatinha deitada sobre seu sapato. - Como você veio parar aqui?

Bucky suspira.

- Não podia ficar em Madripoor.

Sam não fala, mas pensa: "nada te prendia lá então".

- Yelena foi a minha casa, pensando que você estava lá, quando na real, você só não se despediu dela também.

- Ela estava passando muito tempo com o Torres, quando saí ela ainda não tinha voltado - lamenta. - mas mantive contato, quer dizer nós trocamos emails.

- Você tem uma conta de twitter e não tem um app de mensagem? - Sam pergunta com irônia - Você deveria ser socialmente constante, pessoas gostam disso.

Bucky sente a indireta.

- Podemos-

- Não.

Bucky iria sugerir algo mas não teve a chance, Sam corta rapidamente.

- Não quero ter assunto com você, Bucky. Quanto menos a gente falar melhor.

Sharon retorna com notícias.

- Tenho que ir - diz pegando sua arma de cima da mesinha e coloca novamente em sua calça.

- Pra onde? - Sam pergunta.

- Fury precisa de gente na equipe. Vocês conseguem achar a variante sozinhos?

- Sim. - Bucky confirma.

- Sem informações? - Sam pergunta à loira.

- Pode está em qualquer lugar, Fury tem um equipamento que vocês podem usar para identificar uma variante - ela se refere ao temperpad. 

- Então vamos pegar sem perder tempo. - Sam acompanha Sharon para saída do ap de Bucky.

Os três vão ao encontro de Fury na central do que pode-se chamar antiga Shield, onde Carol e Bruce estão.

Sam e Bucky pegam o temperpad, que funciona basicamente como um sistema de alarme, vibra quando uma variante está por perto. Fury acredita quem tenha outras funções, mas ele não faz parte da empresa do tempo então não sabe muito sobre o objeto.

Carol e Sharon vão ficar e ajudar na inteligência do caso junto com o resto da equipe. Doutro estranho e Thor estão na missão de encontrar Loki. Quando Sam e Bucky encontrarem a variante misteriosa, Estranho e Wanda vão poder consertar a linha do tempo.

O trabalho é fácil. Eles sabem que podem andar o dia todo e verificar o temperpad. O problema é que isso pode demorar, e se livrar de Bucky e voltar para casa é tudo o que Sam mais quer agora.

Graças ao recurso de câmaras de segurança da cidade, Fury teve acesso privilegiado, uma mulher suspeita, usando roupas quase medievais e o mais importante: usava chifres.

E é a partir desse ponto que Sam e Bucky vão iniciar sua procura. Não é nada fácil ficar indo em todos os lugares onde a mulher esteve e esperar o temperpad vibrar, quer dizer, tudo fica pior quando Bucky não cala a boca por um segundo.

- Já chega por hoje, por favor - reclama - a gente já andou muito, tentamos amanhã de novo.

Ele quer ir para casa, levar Sam até lá e ficar com ele, nem que não conversem, apenas para saber que estão juntos fisicamente, o que não significa nada para Sam.

- Você não entende, não é?

- Parece que você vai me explicar...

- Se o Thanos apareceu, vilões piores podem aparecer também, algum que a gente nunca lidou antes.

- A gente vai encontrar, Sam. Tudo bem.

Diz o que Sam costumava dizer quando eles éram um casal. Sam percebe, olha em seu relógio de pulso e se toca que realmente está ficando tarde.

- Okay, vamos para sua casa.