- Dá pra tirar essa faca da minha garganta? - Yelena empurra o braço de Bucky para longe.
Ele se afasta um pouco, mas ainda parece surtado. Enquanto ela está mais calma que o normal em uma situação dessa. Deixaram o Sam escapar mais uma vez e isso não deixará Valentina nada contente.
- Você tá querendo me ferrar! - ele grita do outro lado da sala.
- Não, eu não! - Ela rebate.
- Então por quê você me apagou e deixou ele vivo, Yelena?
- Eu não posso te explicar nada agora porque você não entenderia, mas eu tenho um plano. - Ela anda de um lado para o outro.
- Plano pra quê? - ele não entende.
- Relaxa braço de metal. - ela zoa Bucky. - Eu sou a com cérebro aqui. - Quando a Val chegar, só vai na minha. Entendeu?
Bucky não sabe o que a loirinha está aprontando, mas confia nela mesmo assim. Há alguma coisa nela que o faz acreditar.
- Aí. - Yelena chama por Bucky. - Qual é a do seu braço mesmo?
- Quê que tem?
- Você é um robô, não é? - Ela pergunta como se estivesse acertado a charada e Bucky apenas revira os olhos.
- Eu não sou um robô.
- Ah, pensei que você era legal por um minuto. - ela bufa decepcionada e Bucky balança sua cabeça e dá um pequeno sorriso.
Geralmente as besteiras ditas por Yelena distraem Bucky de seus pensamentos confusos, como suas memorias de longo prazo que não se conectam ou nomes que não se ligam com o rosto das pessoas. As vezes tudo é só um borrão e ele só consegue se lembrar da sua vida de soldado invernal, como se nunca tivesse parado e tudo o que aconteceu entre as duas vezes que ele foi e é um soldado não existisse. Mas não dessa vez. Yelena e suas besteiras engraçadas não foram suficientes para que não lembrasse da aplicação do seu braço de metal prata em uma instalação da Hydra há muito tempo atrás. E então por que seu braço é de outra cor e um metal mais forte? Bucky não se lembra, a Hydra é tudo o que ele conhece.
Não demora muito para que Valentina e John Walker apareçam e questione os dois.
- Relatório da missão. - Val é direta.
- Tá feito. - Yelena garante. - Matamos o Capitão América.
- E onde está? - Walker pergunta não satisfeito com a resposta.
- Ah, você queria um corpo? Sinto muito, jogamos no mar. É, ele vai ser comida dos peixes que ele não capturou. - Ela é sarcástica. - A vingança do oceano.
Bucky acaba de perceber que Yelena é muito boa em mentir, mas mesmo assim Val parece desconfiada.
- Então vamos para outra missão. Já foi o arqueiro, o Capitão... Agora é a vez daquela criatura repugnante. - Ela estrala os dedos tentando se lembrar do nome dele. - Hulk!
- O Hulk não pode morrer. Nat me disse uma vez sobre ele já ter tentado...
- Precisaríamos de um exercito para ao menos tentar capiturá-lo. - Bucky conclui.
- Vou cuidar disso. - Val fala calmamente. - Então vamos pular para o Thor!
- Thor é um Deus sua maluca! Tá tentando nos matar? - Yelena altera o tom de voz e começa a se irritar. - Você nos dá essas missões impossíveis como se eu e o Bucky fossemos invencíveis! A troco de quê? Te entreguei o Clint e minha irmã ainda não voltou. E o que esse projeto de Capitão América faz pra ajudar? - ela aponta para Walker.
- Você tem que parar de tratar Bucky e John como seus irmãos, Yelena e eu não sou sua mãe. - Val usa seu sorriso sarcástico. - Tentando substituir uma família?
- Se você fosse minha mãe, eu não te chamaria de puta escrota. - Yelena ri.
Valentina não gosta nada da maneira que Yelena fala com ela e vai rapidamente em sua direção, mas Bucky é mais rápido e entra na frente de Yelena. Ela percebe e mesmo sabendo que pode se defender sozinha, fica atrás de Bucky.
- Vamos matar o Thor. - Bucky diz o que Val quer ouvir.
Valentina olha para Bucky e sem dizer nada sai de sua presença juntamente com Walker.
- VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! NÃO SOMOS SEUS PRISIONEIROS. - Yelena grita para que Val ouça.
Bucky imediatamente empurra Yelena para que ela se cale.
- O que você tá tentando fazer? - ele pergunta quase paranoico.
- Ela tá mentindo pra gente, Bucky! O Clint não matou a Nat e Valentina tá tentando fazer você matar seu namorado. Um namorado que te ama!
A pesar dos esforços de Yelena, tudo isso é em vão. Bucky não pode se lembrar.
- Você é louca.
- Eu? Por sua causa agora a gente tem que matar o deus do trovão. Valeu seu idiota.
- Você já pensou no fato do Capitão América ainda está vivo? A morte dele devia passar em todos os jornais de todos os canais e não vai porque ele curiosamente ainda está vivo! - Bucky se irrita. - Pensou nisso? Não acha que a Valentina vai descobrir que mentimos pra ela?
- Eu sei, mas a vantagem de ser uma viúva é que eu fui treinada para ser espiã. - Yelena diz sorrindo o que faz Bucky ficar ainda mais confuso.
Yelena tira de dentro de um dos seus bolsos um frasco de seringa, Bucky se assusta e se afasta.
Enquanto Bucky estava desacordado, Yelena foi até a sala onde fazem experimentos com variados tipos de soro.
- Calma panaca. - ela revira os olhos. - É só uma picadinha.
- Isso é o soro paralisante? Eu vou te matar!
- Bucky? Não! Isso é um antídoto. - ela explica.
- Eu nunca fico doente.
- Ei... - ela usa um tom de voz doce. - Você pode confiar em mim. Bucky, eu sou sua amiga.
Ela se aproxima de Bucky e toca de leve em sua mão.
- Vou trazer você de volta. - Yelena diz sorrindo. - Espero que dê certo.
Bucky é impossível de duvidar das palavras de Yelena e se acalma instantaneamente. Ela fura seu braço direito e o líquido é rapidamente despejado em suas veias, invadindo sua corrente sanguínea. Isso faz com que Bucky tenha um desmaio, Yelena segura sua mão e pretende segurar até que ele acorde.
Ele então abre os olhos.
- Bucky?
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Controle - sambucky
Fanfiction|| Acontecimentos pós falcão e o soldado invernal || Sam se torna o Capitão América e continua fazendo suas missões de herói com Bucky, que agora é seu namorado. A pergunta é: Bucky se sente feliz ou apenas uma sombra do grande novo Capitão Améric...