- Barnes...
Bucky não diz nada.
- Você tem ótimos amigos aqui, não entendo porque não quer ficar.
- Como o Sam disse, nada me prende aqui.
- Eu sei que vocês já foram mais que amigos - Pine olha pra Bucky.
- Achei que ele nunca falasse de mim.
- Certamente, mas não é necessário muito pra saber que houve algo entre vocês, eu sei o que eu vejo, não sou burro.
- Vai dizer pra eu me afastar? Sem chance.
- Isso você já faz sozinho, Bucky. - Essa simples frase dita por Pine disperta a atenção de Bucky. - Mas eu confio no meu namorado.
- Bom pra você - diz friamente.
- E não quero que você me veja como um inimigo. Sei que o que aconteceu ficou pra trás, eu definitivamente não quero que você me veja como um inimigo - Chris se põe de frente para Bucky.
Bucky acha tudo isso ridículo, isso é típico de um cara abusivo, louco e ciumento. Quer forçar uma amizade que ele com certeza não quer de verdade, mas Bucky pode fazer seu jogo.
Mas dizer que "o que aconteceu ficou pra trás" já é demais, nada ficou pra trás, tudo está mais claro agora e tudo pode vir a tona. Pine não sabe de nada.
- Faça ele feliz - Bucky dá um passo para perto de Pine.
- Como você não conseguiu?
- Eu garanto que eu consegui sim. - diz confiante e sai da presença de Pine.
Querendo ou não, Sam acompanha Bucky com os olhos até o seu carro, mas se certifica que nem Bucky nem Pine vão perceber.
------
Bucky tem frequentado uma livraria onde encontra seus livros favoritos, tudo para ocupar sua mente com algo que não seja Sam ou nada relacionado ao seu vacilo de deixá-lo escapar.
A livraria fica em um bairro marginalizado de sua nova cidade, mas ele não se preocupa, ele tem um braço de vibranium e ninguém ousa perturbar um "vingador".
Ele vai todas as semanas à livraria, compra um livro e devora em cinco dias. Seus contos e histórias favoritas dos anos 20 aos 40, ler isso faz com que ele lembre da época que era só um garoto normal.
Tem feito isso por uns dois meses e nunca notou a presença da atendente bibliotecária do estabelecimento. Ele nem se deu ao trabalho de ler seu nome no seu crachá. Se alguém perguntar quem é a mulher que vende seus livros, ele não sabe dizer se ela é loira ou morena.
Mas ela sim percebeu a presença de Bucky, desde a primeira vez em que entrou em sua livraria, ela notou seu semblante triste e suas luvas grosseiras de motoqueiro, ela percebeu tudo.
E agora mais uma vez ele retorna a procura de mais um livro de 500 páginas, anda pelas estantes e passa seu dedo indicador nas capas empoeiradas. Laura seca sem disfarçar. Olha cada movimento do homem misterioso, que nunca fala nada além de "bom dia" e "obrigado".
Ao chegar para pagar seus livros escolhidos, ele finalmente lê o nome da moça. "Laura".
Um pouco mais baixa que o normal, 1,55 no máximo, o que ele não acha nada atraente, um cabelo loiro quase branco, traços finos e corpo fino. Ela é desengonçada de uma maneira fofa e simples, usa varias pulseiras de miçangas nos dois braços, calça jeans e uma camiseta lisa comum. Tem um óculos de grau no topo da cabeça, talvez usa apenas para ler. Não deve ter mais de 24 anos.
Ela costuma fazer comentários sobre os livros que Bucky compra, mas hoje não tem nada a dizer.
- Nunca leu esse? - Bucky pergunta pela primeira vez em dois meses. Puxa um assunto com a garota.
- Sim, ele é atual, mas um clássico sobre os tempos passados - ela responde sem gaguejar.
- O que você acha dos anos 50?
- Para gays? Intolerante.
O livro é sobre um policial que se apaixona por um artista, nos anos 50 onde romance homoafetivo era considerado crime de indecência.
- Eu não estava muito bem nos anos 50 para me importar com isso - Bucky diz rindo, torcendo para a garota pensar que é uma piada.
- Considerando que você tenha nascido na década de 80 no máximo, eu tenho certeza que você não estava bem.
Sim, ela entendeu a piada. Bucky ri mais um pouco, duas vezes em todo o tempo desde que deixou Sam para trás.
- Você quer sair comigo?
Ao contrário do que era esperado, Laura faz o convite. Bucky não esperava, então se assusta.
- É que eu... - ele não tem uma desculpa plausível.
Não pode dizer que ama outra pessoa e que a machucou e que talvez nunca o tenha de volta, também não pode dizer "não quero machucar você também"
- Tudo bem - ela compreende - iria te dar esses livros de graça, você acabou de perder uma promoção.
Ela não deixa de sorrir e de levar as coisas na esportiva, mas Bucky pretende fechar seu coração pra sempre.
- Eu posso pagar - diz olhando sério para a garota.
Laura rapidamente para de sorrir.
- Desculpa, eu não quis ser grosso, isso foi idiota. - se desculpa rápido.
Ele compra os livros.
- Você pode me chamar de Bucky - ri sem jeito - até a próxima.
Mais tarde Bucky recebe uma solicitação em seu twitter. @laurageeckk ele segue de volta.
------
- No que você tanto pensa? - Pine trás a cabeça de Sam para perto de seu peito.
A cama é enorme e esse teto é tão branco que reflete algumas partes do quarto.
- As vezes não acredito que estamos juntos.
- Qual é o problema?
- Nenhum, é isso. Eu me sinto bem com você e antes eu estava numa deprê insana.
- Quer dizer que você é o Capitão América e eu te salvei? - Pine faz uma piada.
- Você me salvou quando fez "Quero matar meu chefe", aquele filme é uma obra de arte! - Sam faz a piada dessa vez.
Pine ri e começa a brincar com os dedos de Sam.
- Você pode ir as minhas gravações do novo filme, querido. Você vai chamar mais atenção que o protagonista.
- Só precisa da sua atenção. - Sam olha nos olhos de Pine, suas bocas estão a milímetros de distância.
- Sobre você não se sentir mais triste, eu fico feliz em ser o motivo... Você foi a melhor coisa que já me aconteceu.
"Por favor, não diga eu te amo."
- Preciso de você perto de mim - Pine inclina mais a cabeça para perto de Sam.
- Eu não vou sair daqui - Sam toma a iniciativa e toca os lábios de Pine.
Ele está aliviado por não ter uma pressão sobre ele nesse relacionamento, talvez Chris esteja mais entregue, mas prometeu esperar por Sam e isso vale muito, Sam só quer se sentir bem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Controle - sambucky
Fanfiction|| Acontecimentos pós falcão e o soldado invernal || Sam se torna o Capitão América e continua fazendo suas missões de herói com Bucky, que agora é seu namorado. A pergunta é: Bucky se sente feliz ou apenas uma sombra do grande novo Capitão Améric...