Tecnologia

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- Qual é? Olha para isso! - Valentina aponta para John e Yelena. - Dois super soldados, uma viúva e eu, o cérebro do grupo. Bucky, eu te dei tudo de mão beijada. Quando isso acabar, você vai desejar estar na equipe vencedora.

- Acho que posso pular algumas etapas e ir direto para parte em que mato você. - Bucky se posiciona para dar o primeiro golpe, mas John injeta um líquido de uma seringa em seu pescoço de.

- Eu sabia que ele não aceitaria. - Walker joga a seringa fora enquanto observa Bucky cair no chão.

- Não consigo me mover. - Bucky pronuncia com muita dificuldade.

- Imagina se ele soubesse que você é da hydra. - John continua e Valentina dá um pequeno sorriso. 

- Hydra? - Bucky pergunta com muito esforço.

- Não te contei? Costumam me chamar de Miss Hydra! - Valentina se ajoelha ao lado de Bucky e passa seus dedos no rosto dele. - Eu deixaria você com seu livre arbítrio, eu juro que nós seriamos uma bela dupla.

- Você vai me matar? - Bucky sussura.

- Oh, não. Não desperdiçaria um passado de trabalho tão bem feito quanto o seu, Bycky. Não sou um monstro. - Ela ri e ainda acaricia o rosto de Bucky. - Você ainda tem muito trabalho a fazer.

- Nunca vou voltar a ser controlado- Bucky não consegue falar direto. - Pela Hydra, nunca mais. Eu sou livre.

- Mau agradecido. - Ela empurra o rosto dele. - Estou poupando sua vida e é assim que você agradece?

Bucky engole o seco, seus olhos lacrimejam.

- Você ficará paralisado até que eu termine o trabalho com você. Depois que eu falar as palavras mágicas, você será um novo homem. Ou... Devo dizer, o velho Bucky. - Ela pisca para ele se levanta.

Bucky levanta os olhos e vê Walker e Yelena de braços cruzados sem fazer nada. No fundo ele tinha alguma esperança que tivesse conseguido entrar na cabeça de Yelena, mas não consegiu.

- Reconhece isso Bucky? - Valentina balança o velho livro vermelho com uma estrela.

O mesmo livro que Zemo usou para controlá-lo da ultima vez.

- Essas, palavras, não, significam, nada, pra, mim. - Bucky diz pausadamente, reunindo as suas ultimas forças.

- Não sozinhas, é claro. - Ela joga o livro no chão. - Mas graças a esse novo soro, eu posso tudo!

Ela anda em volta do corpo de Bucky jogado no chão, se não estivesse paralisado, estaria agonizando.

- Estou falando de mais do que controle mental por feitiço bobo com palavras, meu querido. Isso é tecnologia... e mágica! - Volta a sorrir. - Hail Hydra.

Bucky fecha seus olhos e Valentina começa a recitar seu cântico infernal.

- Saudade, enferrujado, dezessete, aurora, forno, nove, benigno, volta para casa, um, vagão de carga.

- Isso vai da certo mesmo? - Yelena pergunta baixinho para John Walker, mas ele não responde e apenas presta bastante atenção no que a miss faz.

Depois de falar as palavras, Bucky abre os olhos de imediato e então se levanta. Yelena se posiciona para estar preparada para atacar caso Bucky tente alguma coisa. Mas ele apenas se levanta e fica de pé, olhando para nenhum lugar específico, com um olhar perdido.

- Ele tá bem? - Yelena pergunta com uma ponta de preocupação.

- Vamos verificar. - Valentina fica na frente de Bucky. - Bucky? Você tá aí?

- Sim. - ele responde.

- Você estaria disposto a destruir os vingadores?

- Sim.

- Não se importa de serem seus amigos? - Ela usa perguntas pessoais para garantir que o soro deu certo. - Pode começar por eles?

- Que amigos? - Bucky pergunta fazendo os olhos de Valentina brilharem.

- Ela apagou a memória dele? - Yelena volta a fazer suas perguntas para John.

- Antes era mais dolorido. - John responde.

- Tecnologia, meus queridos. Tecnologia. - Valentina fica ao lado de Bucky, admirando a nova invenção. - Vamos ao trabalho! Tenho que atualizar o novo membro da missão.

Valentina anda para fora do galpão e Bucky a acompanha, mas quando passa pelo lado de Yelena, ela segura Valentina pelo braço.

- O que ele quis dizer com "Você entendeu errado?" - Ela se refere ao que Bucky disse antes de ter a mente bagunçada.

- Vingadores mentem, minha querida. Achei que já soubesse disso. - Diz apenas e puxa o braço de volta, saindo então definitivamente do galpão.

John Walker também acompanha os dois e por fim Yelena vai atrás.

****

- Ele não voltou em casa depois daquele dia? - Torres pergunta um pouco impressionado.

- Não. Nem atende minhas ligações  - Sam responde sério.

- E é por isso que você tá dormindo aqui na sala, Sam? - Sharon julga o amigo apenas com o tom de voz.

- Vocês tem um quarto, não tem? - Zemo pergunta olhando para o interior da casa.

- Sim, Zemo. Temos um quarto. - Sam revira os olhos.

- E por que você- Torres está prestes a perguntar a coisa mais óbvia, mas é interrompido por Sam antes que o faça.

- Eu durmo na sala porque espero todos os dias e todas as noites o Bucky atravessar por aquela porta para que eu seja a primeira coisa que ele veja, antes que comece a brigar e gritar comigo e eu tenha o prazer de ficar calado apenas olhando para cada detalhe do corpo dele só para ter certeza que ele está de volta. - Sam despeja tudo o que sente.

- Eu não sei o que dizer. - Zemo abaixa a cabeça.

- Tudo bem. Isso só tornou tudo pior e frustrante. Porque além de não saber onde a Yelena ou o Clin estão, também não fazemos ideia do que aconteceu com o Bucky. - Sam pega o celular e disca o número de Bucky mais uma vez. - Fora de área.

Sam joga o celular contra a parede e se senta na mesa de centro da sala de sua casa. Apoia os cotovelos nos joelhos e cobre o rosto com as mãos. Sharon se aproxima e faz um carinho na costa de Sam, tentando acalmá-lo.

- Sam, vamos conseguir. Você precisa ser forte e confiante. O Bucky é de ferro, ele aguenta qualquer cosia. - ela ri forçado.

- Pior que ele não é. Ninguém é de ferro completamente. - Sam parece desanimado.

- Temos uma coisa pra você. - Torres joga um pedaço de papel para Sam. - Depoimento por escrito da Kate, pupila do Clint.

Sam abre o papel e lê.

- A esposa do Clint decidiu fazer um boletim de ocorrência e a Kate foi chamada para depor. Ela contou tudo sobre o dia em que a Yelena atacou os dois e sequestrou o Clint. - Torres explica. - Se quiser podemos falar com ela.

- Isso aqui é sério? Se for, já sabemos onde ir, Torres. - Sam se levanta e guarda o pedaço de papel no bolso da calça.

Controle - sambuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora