Controle - sambucky

Apenas isso

No dia seguinte de volta a realidade, Bucky sente a necessidade de contar o que anda acontecendo para a amiga Yelena, há tempos que alguém não o chama de maluco pelas ideias brilhantes que tem em relação a Sam. Ele se sente confortável na casa da loira, mas obviamente não se compara a que ele dividia com Sam.

- Você chorou por causa dessa tatuagem?

- Eu não chorei!

- Ela tem dezoito centímetros, Bucky.

- Presta atenção no que importa, Yelena!

- Você acha que o Sam pode está gostando de você mesmo sem se lembrar que já ficaram juntos?

- Sim, ele me deu muitos sinais. É como antes quando a gente flertava! - Bucky está confiante nessa tese e a alegria esperançosa é perceptível.

- Mas e o que você ia fazer... A parte de contar a verdade pra ele? - Yelena tenta ser o mais realista possível.

- E se, só e se... Essa for uma nova chance que a gente tá tendo? Se ele gosta de mim também, ainda, mesmo depois de ter esquecido de tudo... Isso quer dizer que era pra acontecer.

- Presta atenção no que você tá fazendo.

- Tocar nele sem ser da forma que eu quero Yelena, esmaga minha esperança de que poderia ir pra frente. Nós somos apenas uma lembrança dos bons momentos, ele não é meu e eu tenho que ter ele de volta.

- E você acha que a irmã dele e a outra garota amiga do Sam vão deixar isso acontecer tranquilamente? Elas tão te pressionando, Bucky!

- Eu sei! Acho que tenho que fazer o certo pra nós dois e não pra elas...

Um dia com Sam e Bucky já esquece o que prometeu, o certo agora parece questionável e nada do que Yelena disser, vai convencê-lo do contrário.

*********

Por outro lado Sam também procura conselhos com os amigos Sharon, Torres e Zemo.

- Como é? - Sharon já recebe as noticias de mau humor.

- Ele disse que quer fazer uma festa surpresa para o Bucky. - Zemo explica.

- Sim Zemo, eu ouvi. - ela corta. - Você tá dizendo que acabou de sair de férias com ele e agora quer fazer uma festa?

- Sim, qual o problema? - Sam acha sua atitude super normal.

Sharon ainda sente que não é do seu governo informar a Sam o que Bucky fez, mas não deixa de ser difícil para ela olhar Sam sendo enganado e ainda mais para Torres e Zemo fingirem que nada está acontecendo, é como se estivessem ajudando o plano sujo de Bucky.

- Vocês podem participar ou não? Qual é gente, o Bucky não tem muitos amigos. Vamos só sair nós cinco como antes e beber um pouco. - ele tenta convencer os amigos.

- A Yelena vai? - Torres se interessa pela surpresa.

- Provavelmente sim, eles são amigos agora então...

- Sam! - Sharon chama sua atenção mais uma vez e está prestes a fazer mais questionamentos. - Você não anda mais tendo aqueles pensamentos confusos?

Sam revira os olhos, ele não dá muita importância para esses pensamentos e não entende o porquê Sharon insiste nesse assunto.

- Sério, não acha estranho tudo isso? - abre os braços. - Nem a decoração dessa casa parece com você, sabe eu acho que essas paredes deviam ser amarelas. - ela se altera.

Bucky escolheu o cinza por não gostar muito de cores quentes e Sam aceitou mesmo querendo outra cor mais alegre, mas ele se lembra disso? Claro que não.

- Do que você tá falando?

- Por que tem um desenho do seu sobrinho colado na parede do seu escritório com dois bonecos de mãos dadas? - ela vai longe no questionamento.

- Sharon... - Zemo tenta censurá-la mas não é como a loira pudesse ser parada.

- O que você quer dizer com isso? Isso tudo é por causa do Bucky? Por que você odeia tanto ele assim? - Sam pergunta também alterado.

Sharon hesita dessa vez, sabe que se continuar falando poderá expor tudo e acabar machucando Sam mais do que deve.

- Não conte comigo para ir a sua festa. - diz isso antes de se encaminhar a porta e sair da casa de Sam.

Zemo logo a acompanha, mas Torres fica.

- Me confirma se a Yelena vai okay? Só me chamar. - fala e também sai.

Nada do que Sharon disse foi capaz de mudar o que Sam está pensando em fazer, ele vai fazer isso por Bucky nem que seja sozinho, mas isso também não impede dele pensar nas coisas que Sharon disse.

A casa realmente parece que falta alguém, Sam sente que falta alguém quando vai dormir, quando acorda, quando sai e quando retorna e não encontra ninguém. E com certeza há uma coisa muito estranha naquela casa e em ter tanta coisa que lembram Bucky e Sam também não sabe porque evita tanto em pensar nisso.

Talvez sua intuição seja tão forte que ele sabe no fundo que se for procurar respostas para essas perguntas, pode encontrar uma coisa muito pior que a dúvida, ele pode comprovar que sua intuição está certa.

Mas o que ele acha que sente por Bucky tem alguma coisa haver com esse sentimento de falta e perda, é tudo tão indireto e tão incerto. Quando ele está com Bucky é como se nada existisse e ele pudesse recomeçar.

Isso não é amizade.

Não pode ser apenas isso...