2 c37

166 31 64
                                    

- BUCKY!?

Sam entra estético na delegacia assustando todos os policiais que estão na recepção.

Os policiais sabem de quem se trata, é o próprio Capitão América procurando por seu parceiro. Todos ficam meio apreensivos em terem que lidar com um vingador zangado.

Sam se aproxima de um deles e torna perguntar por Bucky.

- Eu quero falar com ele. Onde ele está?

- Senhor Wilson, por favor se acalme. Você não pode falar com ele agora, ele está detido - um policial gagueja ao falar diretamente com Sam.

Ele é branco, magricela e baixinho. Sua autoridade de policial fica inexistente ao lado de Sam.

- Não me importo, eu exijo falar com ele agora!

Sam é irredutível. Outros policiais se aproximam para acalmar a situação.

- Sam Wilson? - um policial de patente alta fica surpreso ao vê-lo frente a frente - eu sou muito seu fã.

Esse é um mais respeitável, usando uma farda difrente, é moreno e um pouco gordinho, sorri o tempo todo para Sam.

Sam olha para ele, mas ignora totalmente a devoção dedicada a ele e apenas pede outra vez o que deseja.

- Me leve para falar com o meu parceiro.

- Tudo bem - ele concorda apenas por não achar que deve negar isso ao próprio Capitão América.

- Mas Senhor, o detido não pode receber visitas - o primeiro policial adverte a decisão do policial maior.

- Quando o Capitão América te pede um favor, você faz - ele pisca para o outro - heróis têm que se apoiar.

Coloca a mão na costa de Sam e começa a caminhar para o interior da delegacia.

- Desculpe pelo imprevisto, aqui é você quem manda, Capitão.

Fala quando chegam a um corredor com cadeiras encostadas nas paredes.

- Pode me chamar só de Sam, obrigado - ele olha para todos os lados em busca de Bucky.

Logo ele aparece acompanhado por um policial gordo e careca que o segura pelos braços para trás das costas. Sam surta quando olha isso.

- Tirem as algemas dele!

- Senhor, não podemos - o policial ainda segura  os braços de Bucky para trás.

- Tira isso agora! - Sam fala mais alto.

- Sam, não precisa - Bucky fala tentando poupar uma briga.

- Tirem as algemas, rapaz! - o outro policial puxa saco de Sam ordena quase irritado. Ignorando o que Bucky disse e obedecendo as ordens de Sam.

O policial imediatamente liberta Bucky e os encaminham para uma sala para que tenham uma conversa reservada.

Bucky e colocado sentado numa cadeira pelo policial carcereiro que logo se retira. Sam se senta na cadeira a frente com uma mesa de metal entre elas.

- Eu vou te tirar daqui - é a primeira coisa que Sam fala segurando forte as mãos de Bucky por cima da mesa - eu sei que você não fez isso.

Sam é tão convicto da ideia que chega a ser inacreditável. Ele não estava lá, não sabe o que Bucky fez.

- Não Sam.

- Eu sabia! - Sam ri aliviado.

- Você não vai me tirar daqui.

O sorriso de Sam vai desaparecendo ligeiramente de seu rosto.

- Claro que vou.

- Não vai adiantar, Sam. Já chega disso - Bucky está cabisbaixo.

- Do que você tá falando? Eu não vou te deixar pagar por uma coisa que você não fez!

- Encontraram minhas digitais no corpo dela, Sam.

Sam ainda segura as mãos de Bucky, mas ele puxa.

- Vou me considerar culpado no julgamento.

- Por que você tá fazendo isso? - O desespero de Sam volta com força.

- Eu matei ela, Sam. Vou assumir o que eu fiz. Ela mereceu o que recebeu, não vou fugir disso.

- Isso não faz sentido, não estava no plano! - ele se levanta e bate a mão na mesa.

- Você não devia ter vindo. Tudo isso vai estar estampado em todas as revistas amanhã.

- Você não entendeu? Eu não me importo com mais nada.

Bucky não fala nada nem olha para ele.

- Você não tinha que ter agido assim! O que eu vou fazer agora?

- Viva sua vida - olha para Sam falando sério.

Sam ri ironicamente, dá uma meia volta no lugar e volta a olhar para Bucky.

- Isso não tem sentido - Bucky continua - Não estou dizendo que deveria ser fácil, mas não deveria ser tão difícil também!

- Do que você tá falando?

- Estou te falando pra viver - Bucky se levanta - quando duas pessoas tem que lutar tanto pra ficarem juntas e sofrem mais ainda no processo, quer dizer que não nasceram para ficarem juntas.

- Sinceramente o que eu vejo é que você só tá falando um monte de merda - Sam apoia as duas mãos na mesa.

- Sam, você tem que concordar comigo. Desde o começo tudo sempre dá errado, em algum monento vamos passar por situações que casais normais não passam!

- Tô me lixando pros casais normais.

- Só não é saudável. Olha o que nós fizemos! Matei uma mulher porque meu primeiro plano de matar outra pessoa deu errado, você se envolveu com um lixo porque eu te deixei e se você quer ouvir um pedido de desculpas, então aqui vai: eu sinto muito por ter tomado todas as decisões erradas que pude e por te envolver nas minhas merdas. Tudo no fim acaba sendo minha culpa. O mínimo que eu posso fazer é assumir.

- Me escuta aqui, eu não vou desistir de você. Eu vou te tirar daqui nem que isso custe tudo o que eu tenho, nem que custe minha vida, entendeu bem? Mato alguém com minhas próprias mãos só pra ficar com você - Sam fala bem perto de Bucky.

- Olha no que isso te transformou - Bucky acha engraçado - Você se parece comigo, amor.

Talvez Bucky queira mudar o clima pesado da conversa, tentando deixar menos doloroso.

- Qual o problema? - Sam pergunta clamo.

Bucky se aproxima de Sam e passa de leve seus dedos na mão dele.

- Você está perdido.

Sam deixa uma lagrima escapar, mas continua calado apenas encarando os olhos azuis escuros de Bucky.

- Eu amo você, Sam. Mas nós chegamos ao fim da linha.

Bucky se vira para sair da sala, vai até a porta e abre, o guarda carcereiro já está lhe esperando, mas Sam o puxa pelo braço impedido que dê o passo para fora da sala.

- Não! Não! A gente já chegou até aqui, Bucky! Podemos revolver, acredita em mim!

Bucky coloca voluntariamente os braços para trás das costas e o guarda põe de volta as algemas.

- Viva sua vida - fala rindo com doçura antes de ser levado pelo guarda deixando Sam sozinho na sala.

Ele pensa primeiro em fazer um escândalo. Mandar que tragam Bucky de volta para ficarem naquela sala, mas não faz isso. Na verdade ele não tem a mínima ideia do que fazer agora e isso o deixa assustado porque ele é o cara que sempre tem uma carta na manga e nesse momento ele só sente um completo vazio.

Controle - sambuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora