25 - "EU DISSE QUE ERA ELE, HARRY!"

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Eu juro solenemente não fazer nada de bom...

- Como pode ter tanta certeza disso? - perguntei com lágrimas nos olhos. Eu sei que Ron não vai morrer, mas ele vai se machucar muito sério, e isso me deixa extremamente temerosa, preocupada e triste.

Ele não me respondeu.

- Cavalo na H3 - então se moveu lentamente até a casa - cheque - a rainha branca logo usou sua espada, quebrando o cavalo de Rony e derrubando o mesmo, que caiu desmaiado.

Nós demos um berro e Mione tentou sair da casa que estava para ajudar meu irmão (é meu irmão sim, dane-se se não é de sangue).

- Não! - o Potter impediu Hermione - não se mexa; lembrem-se, ainda estamos jogando.

Então Harry foi até uma casa, encurralando o rei - cheque-mate! - todas as peças soltaram suas armas, e nós pudemos finalmente ir ver como Rony está.

Harry e Mione estavam conversando algo, mas suas vozes pareciam muito distantes de mim, que só estava focada no Ron; vendo se tinha algum machucado muito sério, checando o pulso (seu coração batia normalmente, como se estivesse apenas dormindo, o que me deixou mais tranquila).

Depois de ter praticamente certeza absoluta que o meu irmão ficaria bem, voltei a ouvir o que os outros falavam.

- Olha, gente, tenham muito cuidado - Mione pediu, estreitando os olhos pra nós.

- Vamos ter - concordei.

Eu e Harry nos levantamos, demos as mãos, e seguimos para a próxima porta. Nenhum dos dois completamente pronto, mas o que quer que estiver nos esperando, nós vamos enfrentar com bravura!

Entramos e descemos algumas escadas, tentando descobrir o que iriamos ver. Quando faltavam apenas alguns degraus, levantamos o olhar, nos deparando com (a alguns poucos metros de distância) o espelho de Ojesed, e observando-o com curiosidade (vou esfregar bem na cara de quem não acreditou em mim) estava Quirrel.

- EU DISSE QUE ERA ELE, HARRY! MAS ALGUÉM ME OUVE? NÃÃÃÃO - gritei, rindo debochada (sim, eu estou rindo, acontece que eu sempre rio no momento errado).

- Madeline, cala a boca! - Potter brigou. Grosso - você? - ele perguntou para Quirrel, incrédulo e arrependido.

- Eu - o homem respondeu simplesmente.

Então Quirrel se virou pra nós; mas antes que eu pudesse ao menos reagir, senti um baque (como se tivesse levado um soco), minhas costas bateram contra a parede e eu apaguei, sentindo um liquido quente escorrer pela minha nuca.

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P.O.V Harry

- Estupefaça! - o professor berrou, apontando a varinha para a Mads, que voou alguns metros, bateu contra uma pilastra, e caiu desmaiada.

- MADDIE - gritei, logo correndo até a garota.

Mas com um movimento de varinha, Quirrel fez o corpo dela levitar, e ir parar do outro lado da sala, me fazendo olhar para ele confuso e irritado.

- V.. vo.. você - gaguejei, eu não deveria gaguejar! - não pode ser; Snape, era ele q.. era ele que...

- Ah sim - me interrompeu - ele faz bem o tipo, não é? - perguntou retoricamente - perto dele quem suspeitaria do p.. p.. pobre e gaguinho do p.. p.. professor Quirrel?

- Mas, naquele dia... no jogo de quadribol.. Snape tentou me matar - insisti, ainda não querendo aceitar que estava errado.

- Não, meu caro, EU tentei matar você! E acredite.. se a capa de Snape não tivesse pegado fogo e interrompido meu contato visual, eu teria conseguido - por que eu fui tão burro? - mesmo com o Snape murmurando aquele contra-feitiço - ok essa é nova, Snape pode até não ter tentado me matar, mas tentar me salvar..?

- Snape... tentou me salvar?

- Eu sabia que você era um perigo desde o início, ainda mais depois do dia das bruxas - ele ignorou minha pergunta.

- Então.. você deixou o trasgo entrar - afirmei, as coisas começando a fazer sentido na minha cabeça.

- Muito bem, Potter - elogiou, com tom de quem ofende - é, o Snape infelizmente desconfiou; enquanto todos foram pras masmorras, ele foi pro terceiro andar para me deter! E, é claro, nunca mais confiou em mim.

Então minha cicatriz começou a doer, me fazendo parar de prestar atenção no que o homem dizia.

Assim que a dor passou, voltei a me atentar ao que ele falava.

- Agora diga, o que esse espelho faz? - uma pausa - eu vejo o que eu desejo... eu me vejo segurando a pedra; mas como posso pega-la?

- Use o menino - uma voz fantasmagórica e assustadora disse, ela parecia vir de Quirrel, mas sua boca não se mexia.

- VENHA CÁ, POTTER. AGORA!

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P.O.V Madeline

Um grito alto me fez sair da escuridão em que eu havia mergulhado, acordei mas não abri meus olhos (devo ter mantido eles fechados, sem ouvir os sons a minha volta, por no mínimo dois minutos), estava com medo do que veria e minha nuca não parava de doer, o machucado foi feio.

Mesmo tremendo de dor e medo, eu abri uma frestinha dos olhos, conseguindo ver o momento em que Harry saiu correndo, sendo impedido por... chamas?

Ouvi também um sussurro estranho, mas estava com muita dor e tontura para entender o que falava.

Então, cansada de lutar, eu me deixei afundar no sono outra vez.

Acho que eu mal cheguei a dormir, pois quando abri meus olhos de novo, aquela voz sussurrada ainda estava falando.

- MENTIROSO! - a tal voz foi interrompida por esse grito de Harry.

Aí eu vi Quirrel literalmente voando para Harry, tentando o atacar. Subitamente, uma força enorme me atingiu e eu me levantei, usando as mãos para fazer o fogo (que ainda cercava o lugar em que estávamos) atingir Quirrel; mas errei a mira, e as chamas passaram na frente dele, o parando.

O homem me encarou, os olhos transbordando ódio; ele rapidamente fez um feitiço para imobilizar o Potter, logo apontando a varinha pra mim e berrando:

- CRUCIO!

Essa é a pior dor que eu já senti, minha cabeça latejante parecia insignificante comparado ao que estou sentindo agora. É como se todo o meu corpo estivesse sendo esmurrado, ou que eu estou levando facadas por todo ele, não sei muito bem como descrever a sensação; pensa em todas as dores que você já sentiu, agora juntas elas, e multiplica por um milhão, talvez isso chegue aos pés da dor que a maldição cruciatos causa. Meus gritos ecoavam pelo local, eu não conseguia me defender, só podia gritar e me contorcer, torcendo para que eu caísse logo na inconsciência e aquela dor passasse.

Mas antes que eu desmaiasse, Quirrel retirou o feitiço, me fazendo ficar lá deitada, arfando, e ainda tendo alguns espasmos de dor, total e completamente impotente.

Então, pela segunda ou terceira vez naquela noite, eu desmaiei.

...Malfeito feito.

Outra Weasley - Harry Potter {pausada}Onde histórias criam vida. Descubra agora