105 - "Não me faça perguntas e não lhe direi mentiras"

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Antes que vocês surtem: a pausa continua, só estou postando por causa do Dia do Leitor.

Eu juro solenemente não fazer nada de bom...

Peguei um pouco de wolfsbane amarelo e guardei nos bolsos antes de sair da estufa; vai em poção polissuco então talvez Harry, Ron e Mione precisem, e seria uma ótima tática de suborno caso eu queira algo deles.

- Precisamos achar um quarto que muda de lugar a cada cinco minutos. Legal, simples, fácil, prático - o sarcasmo pingava das palavras de Mike.

- Deveríamos procurar o quarto de Rowena - Luna disse de súbito.

- Por quê? - refleti sobre a pergunta de Ced por um segundo antes de responder por Luna, que já havia se distraído com os desenhos no teto.

- É lá que a planta do castelo deve estar. Foi ela que a fez, não é?

- A câmara secreta é secreta, Weasley. Os outros fundadores não sabiam que Salazar tinha construído ela, então não vai estar na planta - entre resmungos, imitei o que ele disse em tom irritante, mas Michael ou não ouviu ou não se importou - Lu, por que você acha que precisamos ir no quarto dela?

- Não disse que precisamos, Mike, disse que deveríamos; quero conseguir as respostas dos enigmas pra entrar na comunal - Cedric riu.

- O que foi? - eu e o Sinclair perguntamos juntos, rispidamente; temos o hábito de entrar na defensiva sempre que alguém ri da Lu.

- Adoro o jeito como a Luna funciona. Sempre que achamos que ela vai dizer algo incrível e importante ela diz algo simples e sempre que esperamos algo casual ela mete uma reflexão que me dá uma crise existencial.

Antes que pudéssemos abrir a boca, a Lovegood saiu correndo.

- Luna! - chamei, me apressando atrás dela.

- Lu! - Mike acompanhou.

- Loirinha, aonde você está indo? - Ced não demorou a me ultrapassar e conseguir agarrar Luna pelos ombros - Ei - a virou para si - por que está correndo?

- Sangue de unicórnio - se desvencilhou das mãos dele e voltou a correr - não estão sentindo o cheiro? Precisamos salv- parou de correr e falar ao passar por uma porta e se encontrar à beira de um lago.

Um lago de sangue de unicórnio. Sangue metálico, brilhante e mágico.

- Vocês me encontraram! Ah, meus parabéns. Os últimos nunca conseguiram, pobrezinhos. Tiveram que sofrer os efeitos da maldição, não puderam se salvar. Mas vocês podem! Sim, vocês vieram ao meu lago - uma mulher havia saído de dentro do lago e agora flutuava sobre ele, envolta por uma luz perolada. Seria ela como Pandora? - bem, vão em frente! Bebam o elixir, se livrem da maldição!

- Elixir? - Luna estranhou.

- Meu elixir da vida eterna - disse animadamente, como se fosse uma locutora dos Jogos Vorazes.

- Isso é sangue de unicórnio - disse Lu com a voz trêmula; de raiva ou tristeza, não sei dizer - não é seu.

- Ora, garotinha ingrata - seu sorriso sumiu tão subitamente quanto ela havia aparecido - estou lhe oferecendo a vida eterna com seus amigos e é assim que me trata? Vamos - encheu uma concha com o líquido cintilante e a guiou até os lábios de Luna, que os manteve bem apertados um no outro - beba - agarrou o pescoço da loira, e isso fez meus músculos voltarem a funcionar.

Derrubei a concha no chão com um tapa e empurrei a mulher no lago, antes de agarrar a mão trêmula da Lovegood e puxá-la para a porta, com Mike e Ced logo atrás de nós.

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⏰ Última atualização: Feb 16 ⏰

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