Outra Weasley - Harry Potter {pausada}

29 - "DE VOLTA AO LAR!"

Eu juro solenemente não fazer nada de bom...

A cabine ficou silenciosa, então eu resolvi andar pelo trem; me levantei e saí, sendo acompanhada pelo olhar curioso do Potter.

Fechei a porta e segui caminhando sem rumo, até topar com alguém que com certeza vai piorar o meu dia...

- Malfoy - cumprimentei, tentando parecer amigável; decidi que vou tentar ser legal com os sonserinos, afinal, como é aquele ditado trouxa que papai vive falando? Gentileza gera gentileza, não é?

- Weasley - ele devolveu, pareceu estar tentando ser amigável, como eu - se é que ainda posso te chamar assim - continuou, com um olhar indagador.

- Madeline Slytherin - falei, estendendo a mão para ele, que a apertou, rindo de leve.

- Obrigado pelos parabéns no banquete ontem - agradeceu, parecendo sem graça.

- Não foi nada - respondi, também constrangida - era só isso?

- Na verdade... eu estava pensando, o que acha de recomeçarmos? Me desculpe por ter te julgado e maltratado... Eu quero ser seu amigo - estou cho-ca-da, Draco Malfoy me pediu desculpa, PEDIU DESCULPA, e quer ser meu amigo? Tá né.

- Ok.. - ainda estou desconfiada, mas o que pode dar errado?

- Ótimo! - ele parece realmente animado - o que você acha de vir para a minha cabine?

- Pode ser.. - que mal pode fazer? Segui o loiro até a próxima porta, nós entramos e a cabine está vazia - onde estão seus amigos?

- Que amigos? - ele perguntou.

- "QuE aMiGoS?" - debochei; ele parece genuinamente confuso - os dois brutamontes que te seguem pra todo lado, que nem guarda-costas.

- Ahh, Crabe e Goyle? Eu só ando com eles porque meu pai manda; não são realmente meus amigos.

- Entendi... e quanto a Parkinson?

- Eu só troquei algumas palavras com ela.

- Então o que andou fazendo o ano letivo todo? - achei que ele fosse o popularzinho da sonserina, cheio de amigos, mas parece que não.

- Lendo, eu passei a maior parte do tempo na biblioteca; e você também foi lá algumas vezes, não é? Já te vi uma vez, na seção restrita.

- Você estava lá? Mas estava de noite, e eu não te vi!

- Não viu porque não olhou, eu estava a uma estante de distância, você que não prestou atenção.

- Mas então... por que não me dedurou? - perguntei, curiosa.

- Não ia mudar nada na minha vida, ia?

- Não, mas isso não te impediu de contar pra Mcgonagall que estávamos na casa do Hagrid, na outra noite.

- Eu não tenho nada contra você, Maddie, posso ter chamar assim? - assenti - mas o mesmo não se aplica a Potter, Weasley, e Granger.

- Por quê? - ele não respondeu; resolvi mudar de assunto, um dia eu descubro porque sou uma exceção - qual seu tipo de livro preferido?

- Não conte isso pra ninguém, ok? Eu gosto de livros trouxas; não entendo muito do mundo deles, é claro, mas tem muitas adaptações - um supremacista que gosta de literatura trouxa? Essa é nova.

- Nossa, Malfoy, você conseguiu me impressionar - ele riu - essa era a última resposta que eu esperava ouvir.

- Eu sou cheio de surpresas, Slytherin.

Passamos o resto da viajem conversando e nos conhecendo; quando não está sendo maldoso, Draco é até bem legal. Depois de aproximadamente uma hora, nós já estávamos super confortáveis um com o outro, como verdadeiros amigos, o que é ótimo.