Eu juro solenemente não fazer nada de bom...
- Tenho alguns pontos de última hora para conferir. Vejamos. Sim... Primeiro: ao Sr. Ronald Weasley - o rosto de Rony se coloriu de vermelho-vivo; parecia um rabanete que tomou sol demais - pelo melhor jogo de xadrez presenciado por Hogwarts em muitos anos, eu confiro à Grifinória cinquenta pontos - e eu? EU também joguei; nossa, não acredito que ele esqueceu de mim, DE MIM, que QUASE MORRI e não vou receber os devidos créditos. Os vivas da Grifinória quase levantaram o teto encantado; as estrelas lá no alto pareceram estremecer. Ouvi Percy dizer aos outros monitores: ("É o meu irmão, sabem! O meu irmão caçula! Venceu uma partida no jogo vivo de xadrez de McGonagall!"). Finalmente voltaram a fazer silêncio.
- Segundo: à Srta. Hermione Granger... pelo uso de lógica inabalável diante do fogo, concedo à Grifinória cinquenta pontos - Hermione escondeu o rosto nos braços; ela provavelmente caiu no choro, é uma fofa. Os alunos da Grifinória por toda a mesa não cabiam em si de contentes, subimos cem pontos.
- Terceiro: ao Sr. Harry Potter - a sala ficou mortalmente silenciosa - pela frieza e excepcional coragem, concedo à Grifinória sessenta pontos - a balbúrdia foi ensurdecedora. Eu somei, e a Grifinória agora chegou a quatrocentos e setenta e dois pontos, exatamente o mesmo que Sonserina. Precisariam sortear a taça das casas, se ao menos Dumbledore tivesse dado a Harry mais um pontinho, OU SE LEMBRASSE DE MIM. Dumbledore ergueu a mão. A sala gradualmente se aquietou. Aleluia, ele não me esqueceu.
- Gostaria, finalmente, de parabenizar a senhorita Madeline Slytherin - quando ele disse meu verdadeiro sobrenome (que eu não tinha contado pra ninguém) a sala fez um segundo de silêncio mortal, antes de ser entupida de murmúrios e cochichos, os quais Dumby ignorou e continuou - por colocar as necessidades dos outros acima das suas, e ter sido leal aos seus amigos até o último segundo, concedo a Grifinória sessenta pontos! - os berros foram ensurdecedores, e eu tampei meus ouvidos, fazendo uma careta de dor; madame Pomfrey avisou que devido ao machucado, e vou ficar muito sensível a luz e som nos próximos dias, ela só não avisou que eu sentiria como se tivessem lançado um crucio na minha cabeça. Percebendo meu incomodo, Harry colocou as mãos por cima das minhas orelhas, abafando melhor o som, e Ron me abraçou.
Quando o barulho diminuiu e eu parei de sentir como se meu cérebro estivesse sendo estraçalhado, Harry tirou as mãos das minhas orelhas e passou um braço protetor pelos meus ombros, Rony fez o mesmo, do lado oposto, e Mione segurou minhas mãos por cima da mesa.
Então eu comecei a pensar na sonserina; estou com pena deles, eu sei que nós super merecemos aqueles pontos, mas Dumbledore não precisava ter humilhado eles daquele jeito, fazendo-os acharem que tinham ganhado a taça e depois dando-a para nós, não foi nem um pouco nobre nem respeitoso da parte dele. Fiz uma nota mental de dizer aos sonserinos que sinto muito.
- O que significa - continuou Dumby - que precisamos fazer uma pequena mudança na decoração - e, dizendo isto, bateu palmas. Num instante, os panos verdes se tornaram vermelhos e, os pratas, dourados; a grande serpente de Sonserina desapareceu e o imponente leão da Grifinória tomou o seu lugar. Snape apertou a mão da Profa. Minerva, com um horrível sorriso amarelo (parecia o capeta, eu hein, homem feio do caralho). Seu olhar encontrou o meu e eu percebi, no mesmo instante, que alguma coisa tinha mudado, ele não me olhava com desprezo, mas sim com orgulho (?????).
Me levantei e fui até a mesa das cobras, ignorando os olhares interrogativos dos meus colegas de casa.
- Ei - chamei ao me aproximar da mesa.
- O que você quer? - Crux Parkinson (irmã mais velha de Pansy Parkinson, criada pela autora) perguntou com arrogância - veio se gabar?
- Na verdade, eu vim dizer que sinto muito - eles me olharam incrédulos - não por a grifinória ter ganhado, isso foi legal - ri nervosa - mas Dumbledore não deveria ter dado a entender que a sonserina tinha ganhado, para depois nos dar a taça. Foi humilhação, e vocês não mereceram isso; foram ótimos esse ano, e deveriam ganhar os parabéns; eu sei que pra vocês minha palavra não vale nada, mas pensei que precisava parabenizá-los. Eu tiro meu chapéu pra sonserina - brinquei, tirando o chapéu cônico e logo colocando-o de novo - obrigada por me cederem seu tempo, e por não me azararem - terminei e saí, deixando o salão inteiro de queixo caído. Graças a Merlin, Dumbledore não ouviu o que eu disse sobre ele. Voltei pra minha mesa e ninguém questionou nada, só continuaram agindo normalmente.
Depois de comer, nós subimos até a torre da grifinória, nos desviando dos bilhões de grifinórios que vinham nos parabenizar, e me chamar de "princesa da grifinória" (obra de Fred e George) (já devo ter tido uns 20 apelidos diferentes esse ano, eu hein), e nos jogamos em alguns sofás fofos, em frente a lareira. Eu tinha até me esquecido que os resultados dos exames ainda estavam por vir, mas assim que olhei, vi as notas de cada aluno do primeiro ano (as notas dos outros anos chegam por correio) pregadas no quadro de avisos, logo me levantei e recolhi as nossas, já examinando as classificações.
[O] (ótimo)
[E] (excede as expectativas)
[A] (aceitável)
[P] (péssimo)
[D] (deplorável)
[T] (trasgo)
Entreguei as notas de cada um, me sentei, e olhei as minhas. Soltei um ofegou e um grito não tão alto.
- Por Merlin, o que foi? - Ronald perguntou, olhando por cima do meu ombro.
- Eu gabaritei! Tirei [O] em todas as provas - Hermione também deu um gritinho, fino e agudo, que fez meus tímpanos doerem.
- Eu também - exclamou - tirei um [E] em poções, mas fechei o resto! - a Hermione é melhor que eu em poções, mas como Snape odeia ela, é óbvio que não tirou nota máxima na matéria.
Rony e Harry também não foram nada mal, passaram de raspão em poções (o professor Snape realmente odeia a gente, não sei como me deu nota máxima; uma vez ele tirou pontos da Mione por ter a caligrafia muito boa), mas foram bem nas outras matérias. Estávamos nos parabenizando, quando, de repente, Ron pareceu subitamente lembrar-se de algo muito importante.
- Mads - começou, em tom levemente acusatório - por que Dumbledore te chamou de Madeline Slytherin? - me ferrei! Ronald ficará horrorizado quando souber que eu sou herdeira de Slytherin.
- Porque é meu sobrenome? - perguntei retoricamente, tentando soar normal.
- O QUÊ? - gritaram juntos.
- Porra, gente, meu ouvidos estão sensíveis e minha cabeça está doendo; parem de berrar! - exclamei irritada.
- Desculpe - murmuraram - mas como assim "é seu sobrenome"? - Mione perguntou.
- Eu sou descendente distante de Salazar Slytherin, fundador de Hogwarts - falei com todas as letras, claramente.
Eles ficaram me encarando, as bocas arreganhadas em "o", parecendo 3 peixes burros.
- Então... você não deveria estar na sonserina? - Mi quebrou o silêncio.
- Não - expliquei, tentando manter a calma - eu deveria estar na casa que o chapéu seletor me colocou; e pelo que percebi, estamos na torre da g-r-i-f-i-n-ó-r-i-a.
- Explica - Harry pediu, depois de dar uma risadinha.
- Minha mãe é uma Slytherin.
- Como assim "é"? Seus pais não estavam mortos? - Ron perguntou, com uma careta de desgosto por se referir a mim como filha de pessoas que não são Molly e Arthur.
- Meu pai era Régulos Black, que está, sim, morto, e minha mãe está presa em askaban - respondi, logo explicando o porquê - ela foi presa depois da primeira guerra bruxa. Não tinha feito nada de errado, pelo que eu saiba, mas as pessoas achavam que todos os half-fênix era maus, então alguns aurores a prenderam logo depois de ela me deixar na Toca.
Todos ficaram em silêncio por uns segundos, processando a história.
Logo nós voltamos a conversar, a tensão desaparecendo como fumaça.
Depois de várias horas papeando, fomos para os dormitórios.
...Malfeito feito.
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Outra Weasley - Harry Potter {pausada}
FanficE se Rony tivesse uma irmã gêmea? E se ela vivesse todas as aventuras junto com o trio de ouro? E se ela acabasse se apaixonando pelo melhor amigo do seu irmão? Esse é o primeiro livro (ano 1 e 2) da vida de Madeline Molly Weasley, onde essas e mui...