(Dois capítulos pq to de bom humor hj e pq o anterior foi chatinho)
Eu juro solenemente não fazer nada de bom...
O banheiro da murta, como eu percebi na primeira vez que entrei aqui, no primeiro ano, é o lugar mais deprimente que alguém já entrou. É escuro e úmido, tem manchas de mofo nas paredes e acho que ninguém acende as velas desde que eu fiz a poção polissuco aqui; as portas dos boxes são arranhadas e descascadas, e uma delas está solta das dobradiças.
Mione colocou um dedo na frente dos lábios, pedindo silêncio, e foi até o último boxe.
- Olá Murta, como vai?
Harry e Rony foram olhar. A Murta Que Geme estava flutuando acima da caixa de descarga do vaso, cutucando uma manchinha no queixo.
- Isto aqui é um banheiro de garotas - disse ela, olhando desconfiada para os meninos - eles não são garotas.
- Não me diga! - abri a boca em irônica surpresa.
- Eu só queria mostrar a eles como... Ah... É bonitinho aqui.
- Você já soube mentir melhor, meu amor - sussurrei.
- Pergunte a ela se viu alguma coisa - Harry pediu, também aos cochichos.
- Que é que você está cochichando? - perguntou Murta, encarando-o.
- Nada - disse depressa - queríamos perguntar...
- Eu gostaria que as pessoas parassem de falar às minhas costas! - disse a fantasma numa voz engasgada de choro - eu tenho sentimentos, sabe, mesmo que morta...
- Murta, ninguém quer aborrecê-la - disse Mione - Harry só...
- Ninguém quer me aborrecer! Essa é boa! - uivou - minha vida foi uma infelicidade só neste lugar, e agora as pessoas aparecem para estragar a minha morte!
- Nós queríamos perguntar se você viu alguma coisa esquisita ultimamente - perdi a paciência - uma gata foi atacada bem ali na porta de entrada, no Dia das Bruxas.
- Você viu alguém por aqui naquela noite? - o Potter perguntou.
- Eu não estava prestando atenção - respondeu a Murta teatralmente. Acho que ela conseguiria fazer até um show de comédia parecer uma carta de suicídio - Pirraça me aborreceu tanto que entrei aqui e tentei me matar. Depois, é claro, lembrei-me que já estou... que estou...
- Morta - Ron tentou ajudar. Murta soltou um soluço trágico, subiu no ar, deu uma cambalhota e mergulhou de cabeça no vaso, espalhando água em nós e desaparecendo de vista, embora pela direção dos seus soluços abafados, provavelmente pousou em algum ponto da curva em U. Harry e Rony ficaram boquiabertos, mas Mione deu de ombros cansada e disse:
- Francamente, vindo da Murta isto foi quase animador... Vamos, vamos embora - suspirei frustrada.
- Essa garota deveria fazer terapia - falei convicta.
Harry mal fechou a aporta, abafando os soluços gargarejantes da Murta, quando uma voz alta fez nós quatro pularmos de susto.
- RONALD! - Percy tinha estacado de repente no alto da escada, a insígnia de monitor reluzindo e uma expressão de absoluto choque no rosto - isto é um banheiro de garotas! Que é que você estava fazendo?
- Transando com a Murta, óbvio - zombei. Mione me deu uma cotovelada.
- Só estava dando uma olhada - Rony sacudiu os ombros - pistas, sabe...
Percy inchou de um jeito que lembrou a mamãe.
- Suma... daqui! - disse Percy, tentando nos afugentar, agitando os braços - vocês não se importam com o que isto parece? Voltarem aqui enquanto todos estão jantando...
- Por que não deveríamos estar aqui? - retrucou Rony exaltado, parando de repente para encarar Percy.
- Porque estarem aqui só prova que foram vocês três que petrificaram a gata - sorri inocente. Mione me deu outra cotovelada dolorida nas costelas.
- Olhe aqui, nunca pusemos um dedo naquela gata!
- Foi o que eu disse a Gina - respondeu Percy com ferocidade - mas ainda assim ela parece pensar que você vai ser expulso, nunca a vi tão perturbada, chorando de se acabar, você poderia pensar nela, todos os alunos do primeiro ano estão excitadíssimos com essa história...
- Ginny está mal? - perguntei alarmada.
- Ele nem se importa com a Gina - disse Rony, cujas orelhas agora estavam vermelhas - você só está preocupado que eu estrague suas chances de se tornar monitor-chefe-
- Cinco pontos a menos para a Grifinória! - disse Percy concisa e autoritariamente, levando a mão à insígnia de monitor - e espero que isto seja uma lição para vocês! Nada de trabalho de detetive ou vou escrever para a mamãe!
E saiu pisando duro, a nuca tão vermelha quanto as orelhas do Ronald.
- Maddie, você bebeu? O que tem na sua cabeça?
- A mais profunda e absoluta crença de que nenhum de vocês conseguiria fazer qualquer feitiço que Dumbledore não conseguiria reverter.
- Você pode até acreditar que não machucamos a gata - Harry disse, como se eu não tivesse acabado de, tecnicamente, ofendê-los - mas os outros alunos e alguns professores acreditam, então, por favor, pese suas palavras.
- Tá bom, tá bom - levantei as mãos em rendição.
Fomos até a comunal e nos sentamos em almofadas no canto o mais afastado de Percy possível e tentamos fazer o dever de casa.
Depois de Ron quebrar a terceira pena e espirrar tinta no meu cabelo, eu puis fogo no pergaminho dele, que fechou o livro de feitiços com força, junto de Mione.
- Quem é que pode ser? - perguntou de repente, como se já estivéssemos falando do assunto. Hermione tem essa mania engraçada e um pouco irritante de ter conversas inteiras na cabeça dela, dizer um pedacinho em voz alta, e ficar brava quando a gente não entende.
Mas como estávamos todos pensando na câmara secreta, entendemos.
- Quem ia querer afugentar todos os abortos e nascidos trouxas da escola? - continuou.
- Abortos? Tem abortos em Hogwarts?
- Filch é um aborto - Harry disse. Por um segundo eu apenas olhei pra ele com as sobrancelhas franzidas, e então meu queixo caiu.
- PUTA MERDA - Hermione tapou minha boca com força, enquanto recebíamos olhares feios de todo mundo que estava na comunal - puta merda - sussurrei - nunca ouvi uma informação que fizesse mais sentido do que essa. Filch odeia alunos, professores e funcionários e nunca usa feitiços de limpeza! Caramba, eu deveria ter adivinhado!
- Sim, deveria, posso falar?
- Você é um cavalo, Ronald - ele fingiu que não tinha ouvido.
- Vamos pensar - o ruivo se fingiu de intrigado - quem é que conhecemos que acha que os que nascem trouxas são escória?
- Se você está pensando no Malfoy.. - adverti.
- É claro que estou! Você não ouviu, Mads, mas a primeira coisa que ele disse depois de ler a mensagem na parede foi "vocês serão os próximos, sangues-ruins!" vem cá, a gente só precisa olhar para aquela cara nojenta de doninha para saber que é de...
- Draco, o herdeiro de Slytherin? - disse Mione cética.
- Olha só a família dele - disse Harry, fechando os livros também - todos foram da Sonserina; ele está sempre se gabando disso. Podiam muito bem ser descendentes de Slytherin. O pai dele decididamente é bem malvado.
- Eles poderiam ter guardado a chave para a Câmara Secreta durante séculos! - disse Rony - passando-a de pai para filho...
- Bem - disse Mione, cautelosa - suponhamos que seja possível...
- Ok, esperem um pouco. As madames acham que Draco está petrificando nascidos-trouxas? - debochei - E que ele é o herdeiro de Slytherin?
- E quem mais seria?
- Ah, não sei, eu, talvez?
...Malfeito feito.
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Outra Weasley - Harry Potter {pausada}
FanfictionE se Rony tivesse uma irmã gêmea? E se ela vivesse todas as aventuras junto com o trio de ouro? E se ela acabasse se apaixonando pelo melhor amigo do seu irmão? Esse é o primeiro livro (ano 1 e 2) da vida de Madeline Molly Weasley, onde essas e mui...