Segunda-feira
Ponto de vista de Cláudio
Eu me mexo na cama. O corpo de Philip está grudado no meu e eu posso sentir seu cheiro. Eu ainda preciso me beliscar várias vezes porque tenho dificuldade em acreditar que ele é agora meu namorado, que finalmente estamos juntos. Ele dorme sereno, os cabelos negros caindo nos olhos, o corpo espetacular, desnudo. Aquela visão desperta em mim sentimentos intensos e profundos.
Assim que o alarme dispara, Philip se mexe, abrindo os olhos e ao me ver, abre um um enorme sorriso.
- Bom dia, älskling!
- Buongiorno, amore mio. Você parece um pouco cansado. Mas precisamos levantar porque o trabalho nos espera. Quer que faça o quê de café da manhã?
- Você cozinha tão bem, que qualquer coisa que você fizer é deliciosa!
- Eu vou contar um segredo: sei fazer coisas deliciosas fora da cozinha também!
- Pois eu quero experimentar tudo! - E me agarra pelo pescoço, me beijando a boca.
Embora eu quisesse continuar com aquele jogo de sedução, nós precisávamos nos preparar para ir para o trabalho. Por isso eu digo, nossas bocas ainda se tocando:
- Precisamos sair, amore mio. O trabalho nos espera.
- Hoje você vem para a minha casa? Diz que sim, Cláudio!
- Philip, amore mio, eu achei que você quisesse ser discreto enquanto nós trabalharmos juntos. Se eu entrar e sair da empresa com você todos os dias, vão começar a falar.
- Você não quer?
- Madonna mia! Eu estou pouco me importando com o que os outros pensam. Mas eu me importo com o que isso acarretará para você.
- É só por isso?
- Claro que sim! Não há nenhum outro motivo. De verdade! Vem, amore mio...
Eu sentia uma necessidade enorme de protegê-lo. Afinal de contas, a empresa era dele também e a última coisa que ele precisava era de fofocas no ambiente de trabalho. Ainda mais agora que estamos à procura dos responsáveis pelo ataque ao novo projeto. Mais uma tentativa de roubar dados fora feita na quinta-feira, mas o firewall que eu coloquei foi eficiente. Algo me dizia que Philip passara por uma situação muito difícil, fazendo-o se fechar e não confiar nas pessoas. Eu quero que ele confie em mim e que me conte o que houve com ele, quando estiver pronto.
Ponto de vista de Philip
Cláudio me fez sentar à mesa da cozinha, enquanto prepara nosso café da manhã. Por que eu fiz isso? Por que eu tinha que expressar minhas dúvidas em voz alta? Eu percebi que Cláudio ficou triste por causa disso. Não é que eu não acredite nele, mas estou tão acostumado a duvidar dos que as pessoas falam e fazem que perguntas assim saem sem querer. Eu sei que ele está apenas preocupado comigo. Nada mais. Eu ainda não contei a ele o que me aconteceu na escola. Se eu tomar coragem e abrir meu coração, tenho certeza de que ele irá entender. Mas a coragem me falta. Se ele me vir vulnerável, será que continuará interessado em mim? Pois é, não consigo me livrar de minha insegurança.
- Amore mio, mangiamo adesso. Você está distraído. O que houve?
- É que eu preciso contar uma coisa para você. Que tal depois do café? Parece delicioso!
- Vamos fazer como você quiser.
Tomamos o café conversando sobre banalidades, rindo e fazendo planos para o fim de semana. Cláudio quer que eu vá conhecer a família dele. Bem, ele foi conhecer meus pais, nada mais justo que eu ir desta vez para conhecer as pessoas que são importantes para ele. Após o café, nós nos arrumamos e como estávamos adiantados em mais de uma hora, eu comecei a contar a história para ele. Cláudio me ouvia atento tentando parecer calmo, mas eu vi a tempestade que se formara em seus olhos. Ele estava irado. Assim que eu termino minha narrativa, ele segura minhas mãos e diz:
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Turbilhão (Livro 4 da Série Akai ito)
RomancePLÁGIO É CRIME! Estória original, escrita por mim, com personagens de minha autoria. Proibida a reprodução total ou parcial!!!!! Há quem não busque o amor? Passar a vida à espera de alguém que vai tornar seus dias mais brilhantes, sua existência mai...