Domingo com muitas emoções

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Domingo de manhã
Na casa de Kenichi e Harumi Sato

Eu sempre me levantei cedo, desde que os meninos eram pequenos e o hábito persiste até os dias atuais. Mas hoje, assim que eu me viro na cama para me levantar, sinto o braço de Kenichi em volta de minha cintura, me impedindo e me puxando para perto dele.

- Marido, ohayou.

- Ohayou, esposa.

- Eu vou começar a fazer o café da manhã...

- Ainda está cedo.

- Eu sempre me levanto a esta hora, marido.

- Esposa, estamos apenas nós dois hoje. Há muito tempo não ficamos assim, sozinhos.

- Eu achei que gostasse de ter a casa cheia.

- E gosto. Mas também gosto de ter minha esposa só para mim. E hoje Kenzo e Theodorus foram visitar a família dele, os meninos todos estão ocupados e nós dois podemos aproveitar o dia. Eu te amo, Harumi.

A forma como ele me olha me deixa sem ar.

- Eu também te amo.

- Então que tal aproveitar e ficar um pouco mais aqui na cama comigo?

E me beija... Só que o telefone dele começa a tocar. Com relutância ele afasta nossos lábios e, sem tirar os olhos de mim, ele atende o telefone.

- Akira? Está tudo bem? Entendo. Mas isso não será senão daqui a cinco meses...Com eles? Você sabe que eles não tem falado com Iori ou Seiji? Aliás, Kenta fala apenas o estritamente necessário com Iori no trabalho e mais nada. Seiji está namorando. Ele se chama Afonso e é um rapaz muito bom. Tenho certeza de que você gostaria muito dele. Júlia ainda tem quatro meses até dar à luz. Sim, seria muito bom se você pudesse vir conhecer o bebê. Por que não quer que eu conte a eles? Seus irmãos e primos vão te ajudar! Está bem, eu sei que prometi que apenas eu, Harumi, Kenzo e Theodorus podemos saber por enquanto. Mas você precisa ter uma conversa com eles. Eles te amam. E nós também. Um abraço, musuko. Estamos com saudades.

Assim que ele desliga, me abraça novamente.

- O que houve com Akira, marido?

- Esposa, eu prometo que te conto tudo, mas depois que terminarmos o que estávamos fazendo antes de sermos interrompidos.



Apartamento de Afonso e Alessio
Ponto de vista de Bernardo

Eu me mexo inquieto na cama. O braço de Miguel se aperta em minha cintura.

- Assim vai cair da cama.

- Você está acordado?

- Digamos que acabei de levar uma cotovelada na barriga.

- Desculpe amor!!! Eu te machuquei, não foi? Deixa eu ver...

- Não precisa, Bernardo, eu estou bem. Um ano dormindo com você, eu já estou acostumado...

Ele está me provocando e ainda olha com um sorriso safado para mim?

- Amor...

Droga, ele está beijando meu pescoço...

- Hum?

- Já é domingo de manhã. Daqui a pouco todo mundo está acordado.

- Ainda são seis e meia da manhã. Duvido que alguém acorde agora, depois da noite passada. Vamos aproveitar o momento?

Turbilhão (Livro 4 da Série Akai ito)Onde histórias criam vida. Descubra agora