Mas eu me mordo de...

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Segunda-feira
Casa de Seiji
Ponto de vista de Seiji

Ainda é muito cedo. O braço de Afonso me prende grudado ao seu corpo quente e e sólido. Ele dorme profundamente. Só mais alguns dias e Bernardo, Miguel e d. Sílvia chegam. Desta vez, não há medo ou apreensão, apenas felicidade. Já que meus pais se afastaram de nós completamente, eu agora tenho apenas a Iori, Júlia, meus tios e primos. E a família de Afonso, claro. Alessio continua a me chamar de mozão mas eu não me importo. Somos amigos e eu vejo como ele está satisfeito por me ver com Afonso.

E o que dizer de Afonso? Que é o melhor namorado do mundo? Que estar com ele é um sonho lindo? Eu me sinto amado, cuidado, importante. Ninguém nunca me havia feito sentir assim. Tudo o que ele faz é pensando em mim e no meu bem estar. Como não se apaixonar?

- Amado, se continuar a se mexer assim na cama, vai acabar me chutando.

- Eu me mexi?

E eu percebo que me mexi quando ele me puxa para si e sua ereção toca minha bunda, fazendo um arrepio percorrer minha espinha.

- Sim, amado, você se mexeu. O que houve? Você costuma ficar tão quietinho na cama que eu me preocupei.

- Eu fico quietinho na cama? Mesmo?

E eu me viro de frente para ele, colocando minha coxa entre suas pernas e roçando-a provocativamente em seu membro.

- Amado... - Ele diz em tom de aviso.

- Ah! desculpe, eu não percebi que estava me mexendo. Mas agora vou me levantar e fazer o café da manhã.

Só que antes que eu consiga me levantar completamente da cama, ele me agarra e me deita novamente, ficando por cima de mim.

- Ainda está cedo... Antes de FAZER o café da manhã, que tal SER o meu desjejum?

- Afonso!!!

Eu me finjo horrorizado, enquanto ele aproxima a boca da minha, mordendo meu lábio inferior e depois me beijando com sofreguidão. Eu nunca tive alguém que me deixasse desta maneira. Um formigamento familiar se espalha por meu corpo. Nós nem nos preocupamos em vestir nada ontem. Tomamos um banho, nos secamos e deitamos na cama para dormir. Bem que eu devia ter colocado um pijama.

Ele separa nossas bocas e me dá um beijo no pescoço, traçando com a língua o caminho até meu ombro e me mordendo ali. Eu perco todo e qualquer resquício de sanidade, me entregando àquelas sensações que só ele provoca em mim.

- Delicioso...

Ele diz com a boca ainda colada em meu ombro e as mãos já em meus quadris. Segundos depois  eu sinto meu pênis ser envolvido e massageado sensualmente. Eu me sinto completamente em chamas, meu corpo inteiro tremendo. Meus gemidos saem descontrolados.

- Amado, você é lindo demais!

Ele me dá um beijo, lambendo meus lábios em seguida. Enquanto sua mão continua me enlouquecendo. Não sei onde encontro voz para dizer.

- Eu não aguento mais... Estou queimando...

- Amado, quero ouvir você implorar...

- Por favor... - Eu me ouço implorando sem o menor pudor.

- Seiji, você é muito sexy...

Eu pego a mão livre dele e a levo à boca, sugando seus dedos com vontade, E quando seus dedos estão suficientemente molhados, ele os insere em mim um a um, enquanto sua língua provoca a abertura de minha glande. Eu me contorço desesperado sob ele, sentindo meu corpo quase explodir de prazer.

Turbilhão (Livro 4 da Série Akai ito)Onde histórias criam vida. Descubra agora