Quarta-feira
Escritório da Sato
Ponto de vista de Flávio
Depois de mais um dia divertido, porém sobrecarregado de trabalho, estou pronto para ir para casa. Martin vai me encontrar lá. Nós passamos a maior parte do tempo juntos. Eu já fui com ele encontrar Bruno, Clara e Amanda, que por sinal é o bebê mais fofo. Ele ainda não teve oportunidade de conhecer minha família e não para de falar nisso, principalmente sobre meus sobrinhos. Ele realmente falou sério sobre a creche do tio Martin. E do tio Flávio.
Serafim anda comportadíssimo, estranhamente. Nenhuma almofada destruída, apenas sua tigela de comida jogada em algum canto, como protesto, de vez em quando. Não sei se é porque Martin volta e meia fala com ele sobre isso, ou se é porque ele está satisfeito com a presença de Martin em nossas vidas. E por falar no meu namorado, ele quer comprar uma casa ou um apartamento maior para morarmos juntos, já que ele ainda não conseguiu me convencer a ir morar no apartamento dele.
Assim que eu saio do escritório, avisto Martin na porta do prédio me esperando com várias sacolas. Eu imediatamente abro um sorriso. Não posso mais negar que eu estou completamente apaixonado por ele. Martin é divertido, além de ser um cara maravilhoso.
- Oi! Está me esperando há muito tempo?
- Acabei de chegar! Cadê meu beijo, Flávio? Eu estava com saudades.
Ele diz isso enquanto me segura pela cintura sem desviar os olhos dos meus.
- Até parece que não me vê há séculos. Como se não estivéssemos dormindo juntos quase toda noite...
- Quase toda noite não é toda noite! - E com a boca junto ao meu ouvido, completa. - E, como eu disse, eu sinto saudades...
Como ele consegue fazer isso comigo? Que tipo de poder esse homem tem que me faz ficar totalmente à sua mercê?
- Então, vai me beijar?
E eu o beijo com vontade, literalmente agarrado a ele, quando ouvimos uma voz muito conhecida.
- Martin, parece que você vai engolir o Flávio! Estou impressionado! Enquanto o clima esquenta, a comida esfria. Quando vai ser o casório?
- Ora, Daichi, até parece que você e Arthur não são assim! Onde está Arthur?
- Ele saiu mais cedo porque precisava resolver um problema na rua.
- Hum... Será que é uma surpresa para você? Na sexta é seu aniversário. Como se sente ficando velho? Vai ter comemoração?
- Pelo menos eu sou mais novo que você, que já está com 35 anos.
- Eu ainda estou na flor da idade, Daichi. Deixa de ser palhaço.
- Você sabe que a palavra palhaço é originária da palavra palha? Que era o enchimento que eles usavam nas roupas? A palavra vem do italiano. Ah! É verdade, Martin. Você é sueco! Só que na Suécia eles usam a palavra clown...
- Céus! O Daichi também é uma enciclopédia ambulante?
- Ele é um gênio, Flávio! Daichi tem memória eidética. Lembra de tudo que viu e leu. Além de ler muito rápido.
- Eu não sou gênio...
- Fala o cara que entrou na universidade aos 16 anos... Só não entrou mais cedo porque não queria ficar longe dos primos, Iori e Seiji... Aliás, quando Seiji entrou na universidade, dois anos depois, você não desgrudava dele, apesar de ter muitos amigos.
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Turbilhão (Livro 4 da Série Akai ito)
Lãng mạnPLÁGIO É CRIME! Estória original, escrita por mim, com personagens de minha autoria. Proibida a reprodução total ou parcial!!!!! Há quem não busque o amor? Passar a vida à espera de alguém que vai tornar seus dias mais brilhantes, sua existência mai...