Sábado
Narrado em terceira pessoaSerá que existe um amor tão forte que faça com que você espere por aquela pessoa especial toda uma vida, se necessário? Há uma lenda japonesa, a lenda da borboleta branca, que fala sobre isso.
Numa aldeia antiga do Japão, havia um velho senhor chamado Takahama. Ele nunca se casara. Um dia, ele ficou tão doente, que seus familiares mais próximos, sua irmã e sobrinho, foram chamados. Takahama, enfraquecido, adormeceu, no momento em que uma grande borboleta branca repousou delicadamente em seu travesseiro. O sobrinho tentou afastá-la três vezes, mas ela sempre voltava para perto de Takahama.
Na última vez, o jovem a perseguiu vários metros, até o cemitério da aldeia, onde ele a avistou voando em círculos sobre uma lápide onde se lia o nome Akiko. Akiko foi uma jovem que morreu aos 18 anos. Sobre o túmulo havia flores frescas.
Quando o jovem voltou para a casa, descobriu que seu tio Takahama havia falecido. E sua mãe contou-lhe que Akiko era a prometida de seu tio, que morreu dias antes do casamento. Takahashi então escolheu nunca se casar, mantendo em seu coração as lembranças doces de seu primeiro e único amor, indo todos os dia até o túmulo de Akito, orando por sua felicidade.
Antes de dar seu último suspiro, Takahama murmurou: "Onde as flores dormem, graças a Deus eu dormirei esta noite. Borboleta venha me buscar!"
E Akiko veio até ele, na forma de uma borboleta branca, tão alva e serena, em busca de seu eterno prometido.
Bem, talvez seja pedir demais que alguém fique só a vida toda por não encontrar seu amor, ou por este amor não estar mais fisicamente presente. Mas para os que acreditam piamente no akai ito, o fio vermelho do destino nunca se parte, fazendo do encontro das almas uma certeza, em algum momento, em alguma vida.
Enquanto Satos e Yasudas se reuniam alegremente na casa de Kenichi e Harumi, Alessio colocava seu trabalho em dia, depois de ter passado a quinta e a sexta-feira praticamente amarrado na cama, apesar de ter feito planos para sair e passear com a princesa. Não que ele estivesse reclamando, afinal, estar com a princesa na intimidade, e tê-la apenas para si, era maravilhoso.
Depois da conversa de Maja sobre filhos, Alessio começou a sonhar com uma menina linda, de cabelos castanhos e olhos orientais, que passaria a ser a nova princesa, já que Maja se tornaria a rainha absoluta da casa.
Alessio e Maja descobriam cada vez mais coisas em comum. Além do humor, eles dividiam uma paixão pela natureza e o amor profundo pela família. Maja entendia a conexão de Alessio e Afonso, o amor por Bernardo e a mãe, bem como os sacrifícios que d. Sílvia fez para criar os três filhos. E, por isso mesmo, Maja não tinha pressa de nada, apenas de estar o máximo possível com o homem que é seu destino.
No dia anterior, Alessio e Maja, e Afonso e Seiji, receberam uma chamada em grupo de Bernardo, perguntando se seria possível uma visita no fim de semana seguinte. Mas não seriam apenas Bernardo e Miguel. D. Sílvia, os sobrinhos de Miguel, Tatsuo, SuYi e as três criancas (Ayumi, Tai e JunLi) também viriam. E ficou combinado que Afonso e Seiji ficariam com Bernardo, Miguel, Tatsuo, SuYi e as criancas, no apartamento de Seiji, que tem quatro quartos e Alessio e Maja ficariam com d. Sílvia.
Até mesmo a programacão já tinha sido feita. Chegando na sexta-feira à noite, só haveria tempo para um jantar, mas o sábado seria passado no parque de diversões da cidade. Tatsuo, SuYi,
Miguel, Bernardo, e as crianças, ficariam até o início da noite de domingo. D. Sílvia passaria a semana inteira e já havia combinado com sua prima, Dora, um almoço ou jantar para que seus filhos se conhecessem e as famílias se aproximassem. E a contagem regressiva para a reunião dos Ducatti começou.
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Turbilhão (Livro 4 da Série Akai ito)
RomancePLÁGIO É CRIME! Estória original, escrita por mim, com personagens de minha autoria. Proibida a reprodução total ou parcial!!!!! Há quem não busque o amor? Passar a vida à espera de alguém que vai tornar seus dias mais brilhantes, sua existência mai...