Quarta-feira, fim de expediente
Ponto de vista de Breno
Hora de ir para casa. Eu pego minhas coisas, juntamente com o cartão, a rosa e o bolo e me preparo para sair. Cláudio havia passado em minha mesa e me dado os parabéns também. Philip deve ter dito para ele.
Eu precisei perguntar a ele sobre a rosa. Não era possível que Lucca tivesse entrado na HuangCheng apenas para me entregar isso. Cláudio confessou que foi ele quem trouxe consigo a pedido de Lucca e eu aproveitei para perguntar sobre o cartão e o bolo, se ele tinha visto alguém colocar na minha mesa. Eu senti na hora que Cláudio sabia e que queria me dizer a verdade, mas que estava dividido. Então eu entendi quem havia feito isso por mim todos os anos: Philip.
Como pode Heitor falar tão mal de uma pessoa assim tão fantástica! Philip passa um ar de fechado e inatingível num primeiro contato, mas basta conhecê-lo de perto e ver que ele usa isso como mecanismo de defesa, e que, no fundo, é uma boa pessoa. Como ontem, quando ele insistiu que eu ficasse e comesse pizza com eles. Ele não precisava mesmo ter feito aquilo. Como não gostar de Philip? Se a situação fosse diferente e eu tivesse alguma coisa a oferecer, poderíamos ser amigos.
Bem, agora é voltar ao meu apartamento, fazer comida e talvez assistir um filme. Não estou muito a fim de cozinhar. Vou comprar salami, maionese e pão de forma no mercado, além de uma garrafa de guaraná. Adoro guaraná. E posso colocar um filme enquanto como. Já até sei o que vou assistir: The Maze Runner. Isso. Excelente escolha! É assim que vou passar a noite do meu aniversário.
Só que assim que eu coloco meu pé para fora do prédio, avisto Lucca parado, com um monte de sacolas na mão, além de um ramalhete de rosas vermelhas. E quando ele me vê, me dá o sorriso mais lindo do mundo, me deixando com as pernas bambas.
- Ciao carino! Auguri!!! Come stai? Estas flores são para você! Eu estava com saudades!
- Eeeeeeeeu...
Ele me entrega as lindas flores e eu fico ali, sem ação. Será possível que quando eu tenho que falar com ele eu SEMPRE tenha que gaguejar? Pior que ele parece perceber e retruca:
- Você costuma gaguejar com qualquer pessoa ou só comigo? Porque ontem você estava falando com Philip e Cláudio sem nenhum problema! O que foi carino, tem medo de mim? Prometo que minhas mordidas não doem... você vai gostar! E dos meus beijos também!!
Ele precisava mesmo falar em beijos???!!! Merda de homem gostoso do caralho!!!! Eu quero ir embora agora correndo!!!! "Covarde!!!!" Grita meu cérebro.
- Pppppppppor favor, eu preciso ir...
- E vai me deixar aqui com nosso jantar na mão? Eu vou com você para a sua casa. Já até sei que é próxima daqui.
- Cccccomo você sabe?
- Simples, perguntei ao Philip!
E sorri de novo. Merda!!! Eu já estou fudido mesmo, levá-lo para minha casa não vai piorar a situação! Ou vai? Por que ele sempre consegue me deixar confuso assim?
- Você não quer minha companhia, é isso? Poxa, feriu meus sentimentos... Eu sou engraçado, simpático e prometo que minha presença vai fazer você feliz! E ainda trouxe comida italiana! Além disso, prometo não te beijar nem encostar em você! Que tal?
Ótimo! Ele vai se comportar! Espera!!!! Ele não vai comigo para casa!!!!! De onde eu tiro estas ideias? E por que eu estou desapontado com o fato dele se comportar? Ele realmente se esforçou trazendo a comida e as flores. Seria muita falta de educação recusar a companhia dele. E tampouco seria de todo ruim passar meu aniversário com alguém, só para variar.
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Turbilhão (Livro 4 da Série Akai ito)
RomancePLÁGIO É CRIME! Estória original, escrita por mim, com personagens de minha autoria. Proibida a reprodução total ou parcial!!!!! Há quem não busque o amor? Passar a vida à espera de alguém que vai tornar seus dias mais brilhantes, sua existência mai...