Depois que seus horários foram finalizados, Harry descobriu que ele, de fato, tinha D.C.A.T. pouco antes do intervalo. E também que ele acrescentaria Poções à sua agenda, graças aos padrões relativamente frouxos do Professor Slughorn. McGonagall garantiu a ele que sua completa falta de suprimentos de poções não seria uma barreira, e a maneira como ela olhou para ele quando disse isso, Harry tinha certeza de que ele deveria ficar feliz porque sua ambição de se tornar um Auror não estava mais derrotada. Ele descobriu que não conseguia controlar essa emoção, no entanto. Na verdade, ele se sentia bastante neutro. Cansado, talvez. Ele demonstrou uma expressão ansiosa por ela, e ela pareceu aceitar isso, e isso teria que ser suficiente.
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Severus se preparou quando os alunos do sexto ano entraram para a primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Ele estava esperando por aquele momento há anos e seria amaldiçoado se deixasse Harry Potter estragar tudo estando na sala e distraindo-o. Ele reuniu suas vestes de maneira impressionante enquanto a turma se sentava em suas carteiras.
— Eu não pedi para vocês tirarem seus livros — ele sibilou, fechando a porta e se movendo para encarar a turma por trás de sua mesa. Houve uma pequena agitação quando os poucos estudantes que estavam desempacotando seus materiais mudaram de direção apressadamente. Ele deixou seus olhos percorrerem seus rostos voltados para cima, fazendo o possível para não se demorar mais nos de Harry do que nos de qualquer outra pessoa.
— Acredito que vocês tiveram cinco professores nesta matéria até agora — ele começou. — Naturalmente, todos estes professores terão os seus próprios métodos e prioridades. Dada essa confusão, estou surpreso que muitos de vocês tenham perdido o N.O.M. neste assunto. Ficarei ainda mais surpreso se todos vocês conseguirem acompanhar o trabalho de N.I.E.M.s que estará muito mais avançado. — Ele se moveu pela sala e baixou a voz dramaticamente. — As Artes das Trevas — ele continuou. — São muitas, variadas, em constante mudança e eternas. Lutar contra elas é como lutar contra um monstro de muitas cabeças, que, cada vez que um pescoço é cortado, brota uma cabeça ainda mais feroz e inteligente do que antes. Você está lutando contra aquilo que não é fixo, está em mutação, é indestrutível. Suas defesas devem, portanto, ser tão flexíveis e inventivas quanto as artes que você procura desfazer.
Voltando à frente da classe, ele se virou para olhar os alunos reunidos. Todos pareciam adequadamente intimidados, exceto Harry Potter, que estava olhando para ele com o queixo apoiado na mão, um olhar vidrado que poderia ser melhor descrito como adoração. O coração de Severus quase parou.
Oh Deus. Olhe para ele.
— Senhor Potter! — ele latiu.
— O que? — Harry gritou, quase saltando da cadeira.
— Não sonhe acordado na minha aula! — PARE DE OLHAR PARA MIM. — Se você não se importa em prestar atenção, peço gentilmente que você saia. — Merlin.
Harry apenas olhou para ele por um momento antes de contorcer o rosto em uma carranca profundamente pouco convincente.
— Desculpe — disse ele. — Eu não sabia que isso seria uma 'Aula de Artes das Trevas'. Achei que deveria ser Defesa Contra as Artes das Trevas. — Weasley riu ao lado dele.
— Não é problema meu se você não consegue entender as nuances. Tente prestar atenção.
— Desculpe — ele disse novamente.
— Desculpe, senhor — Severus o corrigiu.
— Não há necessidade de me chamar de 'senhor', professor.
Houve um suspiro coletivo de horror, e Severus ouviu Weasley, Thomas e Finnigan tremendo de tanto rir atrás dele. Harry não olhou para nenhum deles, no entanto. Ele apenas olhou diretamente nos olhos de Severus. Desafiando-o.
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Pacify | Snarry
FanfictionPacificar: 1. Acalmar a raiva ou a agitação de 2. Reduzir a um estado de submissão Ele cumpriria seu dever. Salvaria Draco, se pudesse. Protegeria os alunos, se e quando a escola caísse nas mãos dos Comensais da Morte. E Potter. No que lhe dizia res...