— Mais um, Sr. Thomas — Severus disse. Ele segurava uma das mãos de Dean Thomas com força e estava em sua quarta camada de charme complexo. Dean havia sido queimado até os ossos por uma maldição de Squarrosis falhada e ainda era incapaz de mover os dedos mais do que uma contração muscular. — Respiração profunda. Interdum Revocandosa — Severus continuou, e Dean soltou um pequeno grito, seu braço ficando tenso contra o aperto de Severus. — Isso seria seus nervos tentando se reconectar — Severus continuou, manipulando sua varinha sobre sua nova pele como se estivesse regando mel de uma colher. — A dor é um bom sinal, embora você possa precisar lançar com a esquerda até que possamos levá-lo para St. Mu... — Ele parou e olhou em volta.
— O que? — Dean perguntou imediatamente, seguindo seu olhar com uma onda de medo. — O que é?
— Quieto. — Severus ergueu um dedo.
O que chamou sua atenção? Ele escutou com atenção, esperando, permanecendo perfeitamente imóvel, e então ouviu novamente. Era um pequeno tilintar, quase inaudível acima dos outros sons na sala, e por um momento ele não conseguiu descobrir o que o havia alarmado. Mas então ele percebeu uma sensação – uma vibração sob seus pés – e entendeu. Esse som era o barulho de vidros quebrados nas vidraças acima dele, e aquela vibração no chão era um terremoto distante ou o estrondo de... muitos pés.
— Minerva! — ele chamou. — Precisamos mover os feridos! Agora!
Eles evacuaram qualquer um que não pudesse ou não quisesse lutar para o pátio do meio e depois se reuniram de volta no Salão Principal. E lá, Minerva dirigiu-se ao seu bando de soldados maltrapilhos. Era algo sobre bravura, defesa dos indefesos e luta pelo que era certo, mas Severus não estava ouvindo. Ele estava olhando para a escuridão do terreno, esperando que a luz que entrava pelas janelas do castelo revelasse as forças do Lorde das Trevas. Mas a primeira figura visível não foi o Lorde das Trevas, nem nenhum dos Comensais da Morte.
Foi... Hagrid.
E sua cabeça estava baixa.
— Aquele é o Hagrid? — Hermione perguntou de seu cotovelo. — Eles vão tentar resgatá-lo ou algo assim? — Severus não falou. — Professora McGonagall! — ela gritou por cima do ombro. — Eles estão com Hagrid! Nós temos que fazer alguma coisa!
Houve uma multidão de conversas indignadas e temerosas atrás dele, e quando as pessoas começaram a sair da entrada e entrar no terreno, Hermione agarrou sua manga.
E então, de alguma forma, ele estava lá fora, em um grande mar de gente. Como virar a página de um livro. Apenas... de repente lá fora. Hum.
Ele ficou parado no meio da multidão, esperando alguém gritar. Ele não achou que seria ele. Ele não achava que o grito dentro dele iria sair ainda. E então, no final, foi Minerva quem primeiro pareceu entender o que eles estavam vendo, e ela realmente gritou.
— NÃO!
Foi um som terrível vindo de alguém tão normalmente reservada e, em seu eco, muitas cabeças se viraram e ainda mais pessoas se espalharam pelo terreno. Severus foi empurrado de um lado para o outro pelas figuras ao seu redor, mas não sentiu isso.
— Aquele é...?
— Harry! HARRY!
— Não - Harry - não!
— Não pode ser!
— SEUS BASTARDOS!
Foi uma enxurrada de som. Cada sobrevivente que pudesse resistir, lançando sua dor e ódio contra o exército que se aproximava. Mas Severus não gritou. Severus apenas ficou ali parado enquanto o tumulto tomava conta dele, olhando para os Comensais da Morte, e os Ladrões, e os Gigantes, e Lobisomens, e Dementadores, e Acromântulas, todos emergindo da noite. E olhando, bastante cego, para Hagrid, com Harry nos braços.
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Pacify | Snarry
FanficPacificar: 1. Acalmar a raiva ou a agitação de 2. Reduzir a um estado de submissão Ele cumpriria seu dever. Salvaria Draco, se pudesse. Protegeria os alunos, se e quando a escola caísse nas mãos dos Comensais da Morte. E Potter. No que lhe dizia res...