07. Um plano maluco

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— Como meu Senhor ordena — Severus disse, agarrou o cabelo de Draco e forçou sua cabeça para trás. Não foi gentil, nem foi realmente um beijo. Era violência, pura e simples, que era exatamente o que o Lorde das Trevas queria ver. Então, Severus usou violência para o prazer visual de seu mestre, lutando muito para não implorar perdão com cada fibra de seu corpo e alma enquanto apertava os dedos no cabelo de Draco até ele gritar de dor e enfiar a língua em sua boca. Demorou alguns segundos para Draco se submeter, mas quando o fez, Severus o empurrou, esparramando-o aos pés deles.

Ele limpou a boca com as costas da mão.

— Eu não estou acostumado a beijar meus submissos, meu Senhor — ele cuspiu, e quando Draco tentou se apoiar, derrubou-o com um pé. — Acho o gosto da fraqueza bastante repugnante.

— Mm — o Lorde das Trevas disse, batendo um dedo nos lábios. — Ele é repugnante, não é? Patético. Inútil. Assim como o pai dele.

— Bastante — Severus respondeu. — Embora eu o considere muito mais útil do que Lucius jamais foi. — Ele pressionou um pouco mais forte com a bota, prendendo Draco no chão, rezando para que ele conseguisse segurá-lo por mais um pouco.

— Tenho certeza que você considera — o Lorde das Trevas disse, e voltou seu olhar para o garoto. — E o que você aprendeu a fazer pelo seu mestre, Draco? — ele perguntou. — Como você o conforta da grande perda de seu brinquedo preferido? Você deve saber que ele nem queria você, no começo. Que humilhante.

Severus levantou o pé, mantendo os olhos no Lorde das Trevas. Ou Draco saberia o que fazer, ou não, e Merlin, Severus nunca pretendeu colocar sua vida nas mãos de alguém tão jovem. E certamente não nas mãos de Draco Malfoy, paralisado de terror, deitado de costas.

Ele se concentrou na frequência cardíaca e na respiração e esperou.

Por um momento, Draco não se mexeu. Mas então, muito lentamente, como se tivesse medo de ser preso de volta, ele se levantou e se ajoelhou entre as pernas de Severus. Severus, por sua vez, separou um pouco os pés para permitir isso e relaxou na cadeira como se tudo isso fosse perfeitamente natural. Como se fosse um prazer ter Draco Malfoy de joelhos daquele jeito, com o Lorde das Trevas olhando.

— Que encantador — Voldemort sibilou, e Severus agradeceu a Deus e a Merlin e a quem mais estava ouvindo por ele estar vestindo suas vestes formais e por isso sua completa falta de excitação não era visível. Que insulto seria morrer só porque esta demonstração de perversão violenta não o deixou duro.

As mãos trêmulas de Draco deslizaram por suas coxas, e Severus encontrou seu olhar, não viu nada além de confiança, e o chutou de volta ao chão.

— Não sou exibicionista, meu Senhor — disse ele. — Perdoe minhas deficiências.

Voldemort apenas riu daquele jeito horrível e estrangulado. — Muito bem — ele disse, e acenou para Draco. — Venha aqui então, garoto.

Draco obedeceu ao comando, mantendo os olhos baixos enquanto rastejava até os pés do Lorde das Trevas. Isso não seria bom o suficiente, é claro, mas Draco sabia disso, e não resistiu quando Voldemort ergueu o queixo e olhou em seus olhos. Severus apenas observou, formigando com a violência reprimida enquanto os lábios de Draco tremiam e o suor brotava em sua testa, perguntando-se se esta seria a última noite de suas vidas. Poderia ser.

Ele ficou muito quieto até que o Lorde das Trevas soltou Draco com um sorriso de escárnio de satisfação.

— Volte para o seu mestre, filhote — ele sibilou, e Draco, tremendo, recuou para os pés de Severus como um cachorro chutado. — Tenha em mente, Severus — o Lorde das Trevas continuou. — Se você não o estiver usando adequadamente, eu o levarei embora. Há outros que o querem. Recebi... pedidos. Rowle, em particular, é bastante persistente e me serviu muito bem.

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