09. Os Demônios

455 31 1
                                    

A porta da torre da Corvinal se fechou e, no silêncio que se seguiu, rostos começaram a aparecer no topo da escada em espiral.

— Que porra é essa — disse Lisa Turpin calmamente. — Que... porra.

— Aquele era Harry Potter? — um dos terceiros anos perguntou.

— Com o diretor? — um primeiro ano guinchou. — Lisa - O que está acontecendo?

— Não sei, Tim. Mas tudo bem. Apenas fique calmo.

— Aquela era Luna? Achei que ela estava morta — sussurrou Mandy Brocklehurst.

— Eles mataram os Carrows? — um par de gêmeos do quarto ano perguntou em uníssono, olhando um para o outro com expressões correspondentes de alegria. — Isso seria incrível!

— Não! — Lisa respondeu, mandando-os calar. — Você não ouviu Harry? Eles não queriam nos assustar!

— Estou assustada — respondeu Mandy. — O que, em nome de Merlin, Harry Potter está fazendo na escola, afinal? E o Diadema Perdido? Vamos lá.

— O que deveríamos fazer? Chamar Flitwick? Ou apenas... não sei... esperar?

— Harry disse que amava Snape? — Tim exigiu. — Eu ouvi!! Isso é estranho!

— Snape disse isso de volta!!!

— Ele disse de todo o coração.

— Harry o chamou de SEVERUS!

— Sim! Que diabos...

— Eles estavam se beijando e ouvi barulhos.

— Não, isso é LOUCURA.

— Ele não disse que o Lorde das Trevas estava vindo?

— Não, ele não pode ter querido dizer isso.

— Mas...

— Você-sabe-quem? Em Hogwarts?

Alguém começou a chorar, e depois alguns outros também, e Lisa se virou para encará-los. Ela era a monitora deles. Era o trabalho dela. Onde diabos Francis estava, ela não tinha ideia. O bastardo inútil provavelmente ainda estava dormindo.

— Parem! Não entrem em pânico, ok? Se Harry está aqui, provavelmente tem um plano. — Lisa olhou para os alunos mais jovens agrupados no topo da escada. — Não se preocupem — ela disse. — É de Harry Potter que estamos falando. E se o Professor Snape estiver... uh... ajudando-o. Então. Uh. Tudo ficará bem.

Lisa e Mandy fizeram caretas uma para a outra.

— Além disso, ele disse que estava chamando os professores! — um dos segundanistas chorou. — Flitwick! E McGonagall!

— Sim — disse Mandy. — Vai ficar tudo bem. Só temos que esperar pelos professores.

— Vamos apenas... voltar e esperar.

— Eles estavam se beijando.

— CARAMBA.

— Quieto!

.

No corredor, Harry começou a criar um inferno até que McGonagall apareceu em seu velho roupão xadrez.

— O que, em nome de Merlin, está acontecendo aqui? — ela exigiu, dobrando a esquina. — Que tipo de... Potter! — Ela congelou, apertando o coração. — E - Luna? Senhor no céu.

Ela parecia prestes a desmaiar, mas Harry não lhe deu nenhuma oportunidade de sucumbir, pois naquele momento uma ira ardeu em seu crânio como uma dor física. O corredor desapareceu, e por uma fração de segundo ele olhou através dos olhos de Voldemort para uma bacia, vazia de sua preciosa carga. Se o Lorde das Trevas já estava na caverna, eles teriam apenas alguns minutos. Ele apertou a cabeça, tentando ao máximo ignorar a fúria estranha que rasgava seu cérebro, e começou um resumo muito abreviado.

Pacify | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora