03. Mestres Potter e Snape

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Minerva apoiou a cabeça nas mãos por um longo momento, tentando pensar no que fazer, em nome de Deus. Ela tinha muitas informações agora que teriam sido muito úteis há dez meses. Então, o que seria primeiro? Ela precisava falar com o resto da equipe, certamente, mas eles estavam embriagados e provavelmente ainda bebendo. Isso teria que esperar. Ela precisava falar com Albus também, mas tinha medo de que, se fizesse certo, lidaria com isso... mal. Ela se sentia desgastada, irritada e com probabilidade de cometer erros, e o que acabara de ouvir de Harry e Severus poderia resultar em nada além de uma discussão muito complicada, na melhor das hipóteses, e uma briga, na pior. E ela estava cansada demais para isso. Ela passou o dia coordenando e realizando os esforços de limpeza no castelo e mal parou para comer. Não havia como ela organizar seus pensamentos com clareza suficiente para fazer qualquer coisa além de gritar com Albus, e isso seria uma perda de tempo. E o jantar. Que desgraça. Ela nunca tinha visto seus colegas se comportarem de forma tão ridícula. Merlin, o estado deles, chorando e gritando e exigindo demonstrações mágicas.

Ela suspirou e esfregou os olhos, lembrando-se de como Harry corou enquanto Severus sussurrava para ele por trás daquele buquê gigante. E então ela se lembrou da reação de Severus à florzinha que Harry havia deixado em sua mão durante a batalha. E então ouviu-se um grito do lado de fora da porta do escritório e uma risada baixa, e ela decidiu que a melhor coisa a fazer naquele momento era retirar-se para seus aposentos e abrir a garrafa de uísque que guardava em sua escrivaninha.

Ela poderia brigar com Albus e lidar com a equipe pela manhã. Quando ela não estivesse tão cansada .

.

Severus colocou Harry no chão do lado de fora da porta do escritório de Minerva.

— Seu maldito lunático — disse Harry, colocando a camisa de volta no lugar. — Caramba.

— Desculpe — Severus respondeu. — Eu estava chateado.

— Sim, eu poderia dizer — Harry zombou, ainda mexendo em suas roupas, embora estivessem perfeitamente bem, e Severus olhou seu rubor com interesse. Ele estava radiante e rosado, e não parecia ser constrangimento. Ou, pelo menos, não tudo. Ele parecia bastante satisfeito, na verdade. Se Severus não estivesse enganado. Satisfeito e tentando esconder.

Isso foi... intrigante.

Ele ergueu uma sobrancelha e deu um passo mais perto. — Meu Deus — ele começou, e Harry olhou para cima, viu sua expressão e deu um passo para trás.

— O que?

— Olhe esse rubor — Severus continuou. — Gosta de ser carregado, não é?

— Não — Harry respondeu na defensiva, e sua cor se intensificou. E isso era muito charmoso. Severus se perguntou se ele iria gritar de novo. Lutar e gritar.

— Você gosta.

Harry estendeu as mãos e recuou. — Severus - ei - NÃO.

— Você sabe como dizer não para mim, Potter, e não é assim. — Severus o perseguiu, agarrou-o pela cintura e jogou-o sobre um ombro. E Harry, de fato, gritou.

— SEVERUS! Estamos no corredor!

— Oh, essa é a sua objeção? Que inapropriado da minha parte maltratar você em público.

Harry enrijeceu. — O que diabos há de errado com você? — ele gritou, mas Severus apenas riu.

— Não é óbvio, meu pequeno Lázaro? — ele perguntou, partindo em direção às masmorras enquanto Harry agitava as pernas inutilmente. — Você está vivo, e o Lorde das Trevas está morto, e eu estou livre, e você acabou de esmagar Minerva McGonagall, e estou apaixonado por você. Estou feliz, obviamente.

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