Harry teve que literalmente implorar a Hermione para deixá-lo ir para seu dormitório sem ser interrogado, mas ela finalmente cedeu com a condição de que pudesse perguntar a ele o que quisesse mais tarde. E a maneira como ela olhou para ele quando o deixou ir deu-lhe a impressão de que ela estava com medo de perturbá-lo, então ele usou isso a seu favor. Ele queria escapar, e se sua constituição frágil permitisse, tudo bem. Deixe-a pensar que ele estava à beira do colapso, como todo mundo fazia.
No dormitório masculino, ele se fechou nas cortinas. Estava vazio, graças a Deus. Ainda era muito cedo e a ideia de falar com uma única alma parecia insuportável. Ele se sentia bastante trêmulo, na verdade, então, quando se deitou, colocou o travesseiro sobre a cabeça.
Ele ficou assim por um tempo – quase uma hora – antes de sua pulseira esquentar.
[Ele está voltando, agora] apareceu.
O que ele vai fazer?
[Chorar, provavelmente]
O que você disse para ele?
[Ah, o de sempre. Alguma verdade completa, alguma meia verdade e muitas mentiras]
Ok, Harry pensou.
[Você está bem?]
Sim.
[Eu não quero que você se surpreenda novamente. Eu tirei seu sono sem sonhos]
O que?
Harry olhou embaixo da cama. A caixa desapareceu.
[Você ainda pode tomar. Apenas um de cada vez]
Ninguém acredita em mim. Nem mesmo você.
[Eu acredito em você. Mas eu também conheço você]
Harry pensou sobre isso e imaginou que se tivesse uma caixa de sono sem sonhos à sua disposição naquele momento, poderia pegar dez.
Tudo bem, ele pensou. Certo.
E então ele ficou de pé quando a porta se abriu. Era Ron, como Severus havia dito, e quando ele entrou, parou na entrada e estendeu as mãos como se estivesse se aproximando de um animal ferido.
— Harry — ele disse gentilmente. — Cara. Quase bati em você.
— Sim, quase — Harry respondeu, tentando lhe dar um sorriso. — Tudo bem.
Ron caminhou lentamente até ele e então, após um momento de hesitação, abriu os braços. Harry realmente não queria abraçá-lo, mas o fez mesmo assim, honestamente, apenas aliviado por Ron não querer mais gritar. O que quer que Severus tenha dito a ele deve ter sido bastante convincente.
— Eu realmente sinto muito — Ron respirou. — Você me assustou. Eu só... pensei... não sei.
— Está tudo bem — Harry repetiu. — Eu também sinto muito. Tentei pedir a Dumbledore que lhe contasse por que tive que ir embora - acho que ele não fez um trabalho muito bom.
— Eu não acho que estava realmente ouvindo — Ron respondeu.
— Lupin surtou. Eu tive que ir.
— Eu sei, me desculpe. Eu não queria pular em você daquele jeito. — Ron o soltou e Harry viu que seus olhos estavam vermelhos. — Sinto muito — ele disse novamente.
— Tudo bem. Está bem. Estou bem.
— Você diz muito isso — Ron respondeu com um sorriso pouco convincente. Parecia mais que ele tinha sido esfaqueado, na verdade.
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Pacify | Snarry
FanfictionPacificar: 1. Acalmar a raiva ou a agitação de 2. Reduzir a um estado de submissão Ele cumpriria seu dever. Salvaria Draco, se pudesse. Protegeria os alunos, se e quando a escola caísse nas mãos dos Comensais da Morte. E Potter. No que lhe dizia res...