14. Amante de Harry Potter

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Severus hesitou fora do Salão Principal e Hermione pegou sua mão.

— Vamos — ela disse. — Ninguém vai tentar matar você conosco.

— Sim — Ron concordou. — Somos os melhores amigos de Harry. Todo mundo sabe disso. Quem pensará que você é um maldito Comensal da Morte se estiver conosco?

— Você pode ficar surpreso — Severus murmurou. — Tenho uma certa reputação de trapaça e engano, você vê. — Mas ele obedeceu mesmo assim ao puxão da mão de Hermione e foi atrás deles. E dentro da porta imediatamente ficou claro que eles estavam errados e ele estava certo. Na verdade, ele mal havia dado dois passos para dentro do Salão quando um garoto com a cabeça enfaixada o avistou e começou a gritar.

— COMENSAL DA MORTE! COMENSAL DA MORTE! AJUDA!

Severus congelou no lugar quando cem rostos se viraram para ele, seguidos por uma floresta de varinhas.

— Você estava dizendo? — ele sibilou, levantando as mãos enquanto Ron e McGonagall se posicionavam na frente dele. Hermione apenas fez uma careta e encolheu os ombros.

— Ele está do nosso lado! Você não ouviu Voldemort chamá-lo de traidor? — Ron disse, parecendo exasperado. — Abaixe suas malditas varinhas. O que vocês vão fazer? Amaldiçoar-me para chegar até ele? Vamos.

— Afastem-se — acrescentou Minerva. — Ele é um trunfo.

Algumas varinhas caíram, mas Severus não moveu um único músculo. Que fim ignominioso seria ser abatido por um inquieto sétimo ano.

— Vim ajudar os feridos — disse ele lentamente. — Eu posso ajudar. — Ele reconheceu quase todo mundo que estava apontando uma varinha para ele, na verdade. Weasleys de todas as idades, alunos do sexto e sétimo ano, os outros professores e a Ordem da Fênix. E, claro, o fodido do Remus Lupin.

— Quer ajudar, não é? — Lupin exigiu, passando por Kingsley Shacklebolt com a varinha estendida e o rosto manchado e manchado de lágrimas. Severus não sabia por quem estava chorando, mas parecia positivamente demente de dor, então devia ser sua esposa. E se tivesse sido ela, Lupin provavelmente seria mais mortal naquele momento do que jamais havia sido em sua vida.

— Lupin... — Ron começou, mas Remus apenas agarrou a frente de sua camisa e o arrastou sem cerimônia para fora do caminho, e Minerva e Hermione tomaram seu lugar, com suas varinhas erguidas.

— Afaste-se, Remus — McGonagall disse, e embora sua voz fosse de comando, também era muito calma. Ela obviamente podia ver que Lupin não estava no controle de si mesmo e estava tentando acalmar a situação. Lupin não parecia muito interessado em ser apaziguado, e Severus recuou um passo. Ele não queria que seu primeiro ato depois de deixar o Lorde das Trevas fosse o assassinato de um membro da Ordem, mas se Remus não se acalmasse, seria.

— Saia da frente, Minerva — Lupin rosnou. — Não tenho nada contra você.

— Afaste-se — ela repetiu.

— Professor Lupin!— Hermione interrompeu. — Professor Snape está do nosso lado! Ele era um espião! Você não ouviu... — Remus apontou sua varinha para ela, em vez disso.

— Você espera que eu acredite nisso? — ele rosnou na cara dela. — É um maldito truque! Ele apenas confundiu você do jeito que confundiu Harry. Ele é um mentiroso, um assassino e um maldito estuprador.

A varinha de Ron apareceu em sua têmpora. — Saia de perto dela, cara — disse ele. — Saia. De. Perto. Dela.

Severus observou a expressão de Lupin escurecer ainda mais e se retesou para trazer a varinha à mão. Ele certamente não permitiria que fogo amigo matasse um dos amigos de Harry. "Proteja o máximo que puder" era tão bom quanto um voto inquebrável, no que lhe dizia respeito, e quem poderia ser mais importante para Harry do que Rony e Hermione? Se ele tivesse que matar Lupin, tudo bem. Ele estava se comportando perigosamente.

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