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19. Inferno da Grifinória

— E aí? — Bill perguntou quando Harry parou do lado de fora da porta do Salão Principal. A mesa que eles haviam deixado ainda estava à vista e, por um momento, Harry apenas olhou para Severus sentado com seus amigos. Examinando o jornal entre Ron e Hermione, com Neville e Charlie observando. E então Severus olhou para cima, seu olhar focado como o sol através de uma lupa.

Eu te amo, Harry pensou.

— Você sabe que invadimos Gringotts para roubar uma Horcrux, certo? — ele começou, desviando os olhos para olhar para Bill.

— Sim — Bill respondeu. — Estava tudo na primeira página do Profeta. Não a parte da Horcrux, mas Rony e Hermione me contaram. É incrível que vocês três não tenham morrido queimados. O cofre dos Lestrange é um dos mais antigos.

— Sim, eu sei, mas não é isso — continuou Harry. — Eu só... encontrei esse livro no Número Doze. É uma maravilha acompanhar toda a atividade da minha conta e, quando olhei a página mais recente, vi esse saque. Acho que eles me cobraram pelos danos que causei aos cofres e pelo dragão que libertamos. Dez mil galeões.

Bill ficou horrorizado. — Eles cobraram dez mil galeões de você? — Ele demandou. — E eles estavam protegendo uma das malditas Horcruxes do Lorde das Trevas? De onde eles tiraram isso...

— Está tudo bem — Harry o interrompeu. — Está tudo bem. Eu não me importo com o dinheiro. Eu tenho muito. Eu só quero que você verifique o cofre da sua família, caso você também tenha a cobrança. Então eu posso pagar.

— Harry — disse Bill, sua carranca dobrando e torcendo as cicatrizes em seu rosto. — Você não precisa fazer isso.

— Eu quero — disse Harry. — Foi minha ideia libertar aquele dragão, e dizia dragão na taxa. E eu posso pagar, de qualquer maneira. — Ele ergueu a mão quando Bill tentou argumentar. — Apenas verifique, sim? E me conte o que você achou? Por favor.

— Eu...

— VOCÊ DEVERIA TER VERGONHA DE SI MESMO! — veio uma voz repentina e berrante de dentro do corredor. — UM HOMEM CRESCIDO COMO VOCÊ, CONFUNDINDO UM ADOLESCENTE DESSA FORMA...

— Ah, porra! — Harry gritou e correu de volta para a mesa, onde Ron, Hermione, Neville e Charlie estavam todos afastados de Severus com os ouvidos tapados.

— COMO VOCÊ DORME À NOITE, SEU PEDÓFILO NOJENTO E ABUSIVO...

— JESUS. — Harry parou, ofegante, o Uivador nas mãos de Severus abruptamente envolto em uma bolha de luz. — Porra - Uivadores. Deus. Você está bem?

— Estou... bem — respondeu Severus, e no silêncio que se seguiu, Harry percebeu abruptamente que absolutamente todos no salão estavam olhando para eles. Não houve mais conversas, nem risadas, nem tilintar de talheres ou porcelanas. Apenas silêncio e olhos, e ele corou, tentando pensar em algo para dizer. Mas Ron chegou antes dele e deu um tapinha nas costas de Severus.

— Bem, eles parecem com ciúmes, não é? — ele perguntou com uma voz jovial e carregada, olhando uma vez por cima do ombro para as outras mesas. — Pena que nenhum desses IDIOTAS sabe o que é o amor verdadeiro, né, SEVERUS? Haha. Que TRISTE. — Ele cutucou a bola que aprisionava o Uivador e retornou sua voz a um volume mais normal. — Legal. Foi assim que Harry prendeu os Aurores? A propósito, o resto dos seus Uivadores estão ali. — Ele apontou para a parede oposta, onde havia uma caixa nova cheia de fumaça preta ao lado de uma nova coleção de correspondências de Harry. — Acho que este estava atrasado. OH! Falando em idiotas que não se importam com a própria vida, há algumas cartas para o editor aqui. Vamos, Harry, sente-se com seu pedófilo nojento e abusivo. Alguns deles são muito bons.