20. Mestre da Morte

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— Harry! — Severus chamou, olhando em volta. — Onde você está indo? — Eles estavam em um campo aberto, com arbustos sem folhas e cobertos de gelo a seus pés. Harry estava com sapatos? — Harry, espere! — Severus teve que correr para alcançá-lo. E não, ele não estava com sapatos. Ele nunca estava vestido adequadamente quando saía furioso. — Espere. — Severus agarrou seu pulso e o fez parar.

Harry se virou. — Sai — ele rosnou, puxando o braço para trás, e Severus abriu as mãos, assustado.

— Tudo bem, sinto muito — disse ele. — Por que você está zangado?

— Por que? — Harry zombou. — Ah, não sei. Talvez porque nada disso faça sentido? Dumbledore deu a Hermione aquele livro com o sinal das Relíquias. Ele me deu aquele informante sem nenhuma explicação. Ele me deixou esse trabalho impossível - e - NÃO, NÃO VOU TE CONTAR POR ACIDENTE, ENTÃO FIQUE QUIETO! — Ele fez uma pausa para respirar e enfiou o polegar no pulso. — E – e – eu tenho uma Relíquia. Eu sei que tenho. Posso ter duas - e - nos túmulos dos meus pais estava escrito... dizia... 'o último inimigo que será destruído é a morte.' A capa era dele. Meu pai. James. Pertencia a ele. Dumbledore me contou. Talvez ele soubesse. E se eu tiver duas, e encontrar a terceira... Se eu conseguisse pegar a varinha... talvez... eu pudesse... — Ele parou, e então olhou para Severus como se pudesse ver através dele. — Oh.

— O que? — Severus perguntou, alarmado com seu silêncio repentino. Algum tipo de salto intuitivo aterrorizante acabara de ocorrer, ele tinha certeza. E isso geralmente não era bom.

— A varinha. Oh.

— O que? Que varinha?

Harry voltou a se concentrar nele. — A Varinha das Varinhas. A varinha imbatível. É isso que ele quer. O Lorde das Trevas. Ele não estava tentando fazer com que Olivaras fizesse uma nova varinha. Ele está tentando encontrar uma antiga. Então... ele pode... — Ele procurou nos olhos de Severus, e então virou as costas e olhou para a paisagem ameaçadora. — Ele não sabe que minha varinha está quebrada.

— Não — Severus respondeu. — Ele não sabe.

— Ele acha que os núcleos gêmeos ainda vão me proteger.

— Sim.

— Mas eles não vão.

Severus moveu-se para ficar ao lado dele. O que foi esse absurdo sobre os núcleos gêmeos? Harry nunca tinha falado sobre isso antes. Severus sabia disso, é claro - o Lorde das Trevas ficou furioso na primeira vez que suas varinhas se conectaram daquela forma - mas Harry... essa fixação de varinha era nova, e ele não gostou. Era como se ele tivesse esquecido quem ele era.

O que Severus poderia dizer?

— Eu não sou tão versado em varinhas quanto Olivaras, Harry — ele começou. — Mas mesmo ele não entende o que sua varinha fez na noite em que você foi movido. Não havia nenhum núcleo correspondente para você vincular. Nenhuma pena de Fênix. A varinha de Lucius é coração de dragas, mas ainda assim você a destruiu. Incinerou. — Ele fez uma pausa, perguntando-se se Harry permitiria qualquer contato físico. Se ele aceitasse conforto ou recusasse. Harry nunca foi tão difícil de ler. — Ninguém sabe como isso aconteceu. Nenhum especialista. Nenhum estudioso. Ninguém. O Lorde das Trevas vasculhou a terra em busca de respostas, sem sucesso. Continua sendo um mistério para ele. — Severus, por sua vez, queria muito tocá-lo. Ele estava quase formigando com isso. — Mas Ele não sabe o que nós sabemos. Ele não sabe do que você é capaz. — Harry zombou, e quando Severus se aproximou um pouco mais, ele não se afastou. Isso foi promissor. — Depois de tudo que você fez... todo o poder dentro de você... que diferença uma varinha poderia fazer? Perto de você - para sua magia - os núcleos gêmeos não passam de uma curiosidade. Certamente você sabe disso.

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