Harry acordou no meio da noite com um único pensamento na cabeça. Muito claro e muito alto.
Os Weasley não podem pagar uma taxa de dragão de dez mil galeões.
Ele sentou-se ereto na escuridão, com o coração batendo forte.
— Merda — ele sussurrou. — Oh, merda, merda. — Ele pressionou os dedos contra os olhos e depois o ponto-gatilho, tentando respirar, tentando contar, tentando piscar para afastar as pequenas luzes que dançavam em sua visão periférica.
Controle-se. Controle-se.
Severus se mexeu ao lado dele.
— Harry? — veio sua voz áspera pelo sono, e uma mão tateou em sua busca, sentiu o que ele estava fazendo e retirou-se. — Lumos. — Um brilho suave apareceu na sala. — Qual é o problema? Você teve um pesadelo?
— Eu - não — disse Harry, atrapalhando-se com os óculos, mas quando os colocou no rosto e sentiu como estava úmido, percebeu que estava mentindo. Ele estava tendo um pesadelo, mas os detalhes escorriam de sua mente como areia por uma peneira. Algo sobre escuridão, frio e pressão sufocante. Ron e Hermione também, talvez. E água.
Era isso. Atingir a água de uma altura tão alta que parecia concreto. E...
Eu disse para pularmos!
— Merda, não sei — disse ele, balançando a cabeça. — Mas não é – não é importante...
Direto para a água antes que perceba que estamos aqui!
— Não é importante? — Severus perguntou, movendo-se para sentar-se contra os travesseiros. — Você está encharcado.
— Não, está tudo bem — Harry respondeu, evitando suas mãos. — Estou bem. Eu só... preciso ir ao banco. — Seus dentes começaram a bater.
— O banco? — Severus perguntou. — Já cuidamos disso.
— Não, isso não, não para mim — disse Harry. — Essa taxa. A taxa de 'danos à propriedade bancária'. Eu só... e se Ron também ganhasse uma? Hermione não tem conta em Gringotes, mas a família de Ron tem. E se eles receberem essa taxa, eu tenho que pagá-la – antes que percebam. Eu vi o cofre deles. Eles não têm nem mil galeões, muito menos dez... — Ele esfregou os braços. — Eu levei Ron comigo - e - ele poderia ter morrido - e F-fred, e - dez mil galeões iriam arruiná-los. Eu tenho que ir. Para o banco. Eu tenho que...
— Tudo bem — Severus disse com firmeza, e segurou seus braços. — Iremos ao banco. Pela manhã. Mas está fechado agora. É meio da noite e o cofre dos Weasley não é uma emergência.
— Mas...
— Não é, Harry — Severus insistiu. — Não é uma emergência. Podemos ir tomar café da manhã no Salão logo de manhã e encontrar alguns Weasleys. Você sabe que haverá pelo menos um. — Ele soltou os braços de Harry e segurou sua nuca com uma das mãos, tirando a franja úmida da testa com a outra. — Você não é responsável por todos. Molly e Arthur são engenhosos, e Bill trabalha em Gringotts, não é? Você mesmo disse isso. Podemos falar com ele, e ele irá verificar, e então ajudaremos se pudermos. Pela manhã.
— Mas e se eles precisarem de d-dinheiro? — Harry perguntou com os olhos arregalados. — Eu tenho todo esse dinheiro. E eles...
— São uma família bruxa totalmente qualificada e perfeitamente capaz. Se eles precisarem de ajuda, nós os ajudaremos, mas Gringotts pode não ter cobrado a mesma multa de Rony. Ele não é o titular da conta, e você é, e só descobrimos essa cobrança hoje à noite, e isso pode esperar mais algumas horas. Agora, deixe-me limpar você? Você está tremendo.
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Pacify | Snarry
FanfictionPacificar: 1. Acalmar a raiva ou a agitação de 2. Reduzir a um estado de submissão Ele cumpriria seu dever. Salvaria Draco, se pudesse. Protegeria os alunos, se e quando a escola caísse nas mãos dos Comensais da Morte. E Potter. No que lhe dizia res...