02. Uma amizade apropriada e platônica

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Os pratos foram retirados e apareceram pudins. Gateau de chocolate, torta de maçã, frutas cristalizadas e então, bem na frente do assento de Harry, uma torta de melaço do tamanho de uma roda de carroça com o que parecia ser um raio e dois círculos estampados em massa quebrada.

— Olha, é a sua CABEÇA! — Ron explodiu, apontando para a torta. — Ahahahaha...

— Beba um pouco de água — Hermione sibilou. — Meu Deus.

— Ah — Harry disse.

— Encantador. — Severus cortou uma fatia generosa para ele e cobriu com um bocado de creme. — Torta de melaço é a sua favorita, presumo.

Harry olhou para a fatia. — Esta é a coisa mais estranha que já aconteceu comigo — disse ele.

— É um nível bastante alto.

— Sim... — Ele semicerrou os olhos para a torta e depois para Severus. — Tem certeza de que não estou realmente inconsciente na Ala Hospitalar?

— A Ala Hospitalar não está em serviço no momento — Severus respondeu suavemente. — E eu garanto a você, você está de fato sentado ao meu lado, seu professor-barra-amante-barra-mercenário, no Salão Principal, na frente da equipe, prestes a comer uma fatia do seu próprio rosto. — Harry riu.

— Isso é exatamente o que você diria se eu estivesse tendo alucinações com você.

— Ei! — Rony disse. — Quem viu aqueles malditos elfos domésticos enlouquecidos? Meu Deus.

— Quase me acertaram nas pernas — Draco respondeu.

— Eu vi um deles enfiar uma faca no olho de alguém — disse o professor Sinistra em voz baixa. — Em um velho, também. Com grandes orelhas de morcego. — Ela colocou as mãos ao lado da cabeça e as agitou

— Aposto que foi o Monstro! — Ron riu. — Ele era o líder! Bastardo sedento de sangue.

— Espere! — Draco disse de repente, estendendo a mão pedindo silêncio. — Alguém sabe quem era aquele velho com a espada? Aquele com... — ele imitou uma longa barba. — E o... — ele fingiu estar louco. — Eu o trouxe, mas não tenho ideia de quem ele era. Isso está me deixando louco. Quero dizer, aquela espada era mais alta do que ele.

— O quê, pele escura? Meio... entusiasmado? — Bill perguntou, e Charlie começou a rir.

— Oh, ele trouxe a espada... ahahaha...

— Então? — Draco exigiu.

— Esse era o Sr. Silas Jordan — disse Bill, recostando-se na cadeira. — Tipo, o avô de Lee Jordan. Potterwatch começou em seu porão, você sabe. Ele tinha todo o equipamento lá. E deixe-me dizer , ele NÃO gostava do regime do Lorde das Trevas.

— Tinha aquela espada sobre o manto — acrescentou Charlie. — Estou morrendo de vontade de usá-la. — Ele tomou um gole. — Espero que ele tenha conseguido cortar alguém até a morte.

— Ele fez — disse Aberforth. — Foi horrível.

— O que é Potterwatch? — Draco perguntou, e então olhou para Severus com um sorriso malicioso. — Parece trabalho de Snape. — Severus apenas olhou para ele até corar e desviar os olhos. —O que é... hum... o que é Potterwatch?

À medida que as bandejas de sobremesas eram retiradas e as pessoas mais bêbadas à mesa continuavam a beber (com a notável exceção da Professora Trelawney, que parecia ter adormecido com o copo na mão), os olhos de Harry começaram a ficar pesados.

— Há quanto tempo estou acordado? — ele bocejou, encostando-se no ombro de Severus. — Parece uma eternidade.

— Cerca de duas horas e meia — Severus respondeu, apoiando a têmpora no topo da cabeça de Harry. — Prevejo algumas semanas de exaustão reservadas para você, meu amor. Mas tente ficar acordado um pouco mais, se puder. Temos um interrogatório para sofrer.

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